Técnico português responde a provocações da torcida do City com acenos durante a derrota pelas oitavas de final da Copa da Inglaterra e só elogia diretamente Hazard
Quando levou a melhor, convincentemente também, Mourinho ganhou elogios da imprensa esportiva europeia, que estampou o seu rosto na capa dos jornais com a alcunha de "melhor treinador do mundo". A proeza do português não foi apagada da memória, mas a resposta de Pellegrini apimentou a competição entre os dois times e sobretudo entre os ex-técnicos do Real Madrid.
Mourinho reclama durante o clássico entre
Chelsea e Manchester City: alvo de
provocações preferido da torcida (Foto: AP)
Na
tarde fria de sábado em Manchester, os dois rivais travaram uma nova
batalha, no mesmo estádio, mas com ideias de jogo muito diferentes. O
chileno respondeu, em campo, com elegância às provocações de Mourinho
durante a semana, e o público do Ethiad Stadium ainda infernizou a vida
do português. Chateado com a derrota, o técnico do Chelsea abandonou o
estádio visivelmente decepcionado com o seu time, que atuou sem
intensidade e garra. Mas defendeu os jogadores diante dos jornalistas e
voltou a enaltecer a vitória do dia 3 de fevereiro.
-
É muito simples de analisar, o melhor time venceu. O City jogou melhor
do que nós, mereceram ganhar. Acho que isso apenas dá mais crédito para
os meus jogadores por terem ganhado aqui pelo Inglês há duas semanas e
por ter vencido do City duas vezes na temporada. É um bom time, difícil
de ser batido. O árbitro foi mal no segundo tempo? Sim, mas mesmo se ele
fosse perfeito nós ainda teríamos perdido. Mesmo se admitirmos que o
segundo gol foi em impedimento, o City ainda venceria por 1 a 0 - disse
Mourinho na entrevista coletiva depois da partida.
Mourinho com cara de poucos amigos durante a partida em Manchester (Foto: AFP)
“No
way José”, escrevia a imprensa inglesa na véspera da partida, lembrando
que Pellegrini disse que não iria se envolver nos jogos psicológicos de
Mou e preferia responder em campo. Assim foi. O técnico luso
praticamente repetiu a escalação utilizada na partida contra os citizens
no Campeonato Inglês, com a exceção de John Terry, substituído no
centro da defesa por David Luiz. Obi Mikel entrou no meio de campo, no
lugar do camisa 4. Willian e Ramires foram titulares. Oscar voltou a ser
barrado do clássico. Situação que parece incomodar o armador da seleção
brasileira, que na zona mista do Ethiad Stadium se recusou a falar com
os jornalistas, justificando que não havia jogado. Na verdade, entrou em
campo, mas apenas nos minutos finais, o que visivelmente não agradou o
camisa 11 dos Blues.
O Chelsea não tinha alma, e os
aplausos e gritos de incentivo de Mourinho não surtiram efeito. Pelo
contrário, o City cresceu ao longo do jogo e exibiu um bom futebol. Yaya
Touré conseguiu a liberdade que não lhe tinha sido concedida no último
duelo com os Blues e conduziu o meio de campo dos homens de Pellegrini. O
time anfitrião conseguiu boas e rápidas trocas de bola e construiu
belas jogadas de ataque, levando a torcida ao delírio.
O
chileno saboreou cada instante da vingança sobre o português, com
sorrisos e aplausos no banco de reservas. A torcida também não perdeu a
oportunidade para provocar Mourinho. Os gritos contra o português
começaram logo aos 15 minutos de partida, depois de Jovetic abrir o
placar, e continuaram durante todo o confronto. De um lado, a torcida do
Chelsea, que tem apenas dois coros, ambos dedicados ao técnico luso. No
outro canto do estádio, os citizens, em maioria, responderam com o
mesmo ritmo, mas com letra bem diferente, ofensiva ao treinador. Do
banco, o Mou, que assistiu a todo o jogo em pé, fazendo anotações no seu
caderno, não desviava o olhar, mas levantava a mão e acenava
respondendo às provocações.
Também
não faltaram vaias, sempre que o português se lamentava com o árbitro. A
poucos minutos do fim e sem muito a fazer, Mou voltou a mexer e pediu a
Oscar que se apressasse no aquecimento. Com cara de poucos amigos, o
meia entrou no lugar de Willian. O Chelsea passou do 4-3-3 para o
4-2-1-3, com o camisa 11 logo atrás dos dois alas e do único
centroavante, que era Torres.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/2014/02/mourinho-cai-na-pilha-em-manchester-e-perde-duelo-com-manuel-pellegrini.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário