Eu comento esportes: Ameaça de atentado causa pânico e faz shopping ser evacuado em Sochi

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ameaça de atentado causa pânico e faz shopping ser evacuado em Sochi

Ataques terroristas em Volgogrado fizeram mais de 30 vítimas fatais nesta semana

Por GloboEsporte.comSochi, Rússia

A apenas 35 dias do início dos Jogos de Inverno, Sochi viveu o pânico causado pela ameaça de um atentado terrorista. Nesta sexta-feira, dia em que o presidente Vladimir Putin e o primeiro ministro Dmitry Medvedev chegaram à cidade para esquiar e visitar as instalações do evento esportivo, um alarme falso fez um shopping center localizado a cerca de 30 quilômetros do Parque Olímpico ser evacuado pelas autoridades de segurança. As informações foram divulgadas pela rede russa "TV Rain".

Shopping center é evacuado devido à ameaça

de um atentado em Sochi (Foto:

Reprodução Twitter )

Segundos relatos de internautas nas redes sociais, todas as lojas foram fechadas, e os clientes foram encaminhados para as saídas mais próximas. O susto causou um "engarrafamento" na saída do shopping, já que centenas de pessoas tentaram deixar o local ao mesmo tempo.

Putin e Dmitry Medvedev foram para Sochi esquiar e visitar instalações olímpicas (Foto: Reuters)

Inaugurado em maio de 2012, o "Moremoll" é o maior shopping de Sochi, considerado o "mais ocidental" da cidade por ter lojas de grandes marcas mundiais, com as quais turistas estrangeiros estão familiarizados.

Há cerca de 40 restaurantes e lanchonetes, além de um cinema com oito salas e área de mais de 1.500 metros quadrados para a realização de concertos

Atentados em Volgogrado têm mais de 30 mortos

Nos dias 29 e 30 de dezembro a cidade de Volgogrado, a cerca de 400 quilômetros de Sochi, sofreu dois atentados terroristas. O primeiro, no domingo, foi atribuído a uma mulher bomba. O ataque a uma estação de trem, lotada de passageiros em trânsito devido às festas de fim de ano, deixou 18 vítimas fatais. Na segunda-feira, a explosão de outro artefato dentro de um ônibus elétrico matou outras 15 pessoas e deixou o dobro em número de feridos. Apesar da suspeita do envolvimento de grupos islâmicos, nenhum grupo fundamentalista assumiu, até o momento, a autoria dos ataques.

Putin visitou as vítimas sobreviventes em hospitais da região (Foto: Reuters)

A reação do governo russo foi imediata. O presidente Vladimir Putin prometeu exterminar os terroristas e reforçou o policiamento nas ruas de Sochi, promovendo blitz para automóveis e pedestres. Além de delegar ordens, Putin visitou pessoalmente alguns sobreviventes nos hospitais locais. E até os Estados Unidos deixaram as tensões com o país europeu de lado para oferecerem ajuda, compartilhando informações sobre possíveis ameaças relacionadas ao evento.

No dia 31 de dezembro, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que os ataques terroristas a Volgogrado foram "covardes". Após escrever uma carta a Putin expressando sua tristeza, Bach disse que confia na segurança disponível para a disputa dos Jogos.

- Este foi um ataque vil contra pessoas inocentes, e nossos pensamentos estão com os entes queridos das vítimas. Infelizmente o terrorismo é uma doença global, mas não devemos permitir que ele triunfe. Tenho certeza de que tudo vai ser feito para garantir a segurança dos atletas e dos participantes dos Jogos Olímpicos - garantiu Bach.

Prefeita de uma das vilas olímpicas de Sochi, Yelena Isinbayeva ficou chocada quando soube dos atentados em Volgogrado e se solidarizou com as famílias das vítimas.

- É muito difícil falar sobre o assunto. Estou devastada e chocada. Nenhum familiar ou amigo foi afetado, mas sinto-me muito triste - afirmou, em entrevista à agência de notícias russa ITAR-TASS.