A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro e Rodrigo Faber
A partida pouco valia para Corinthians e Internacional. Sem pretensões
no Campeonato Brasileiro, ambas as equipes foram coadjuvantes em uma
noite especial para o Alvinegro. Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, técnico
alvinegro desde outubro de 2010, fez sua despedida no Pacaembu, palco
onde conquistou três dos cinco títulos - é o treinador mais vitorioso da
história do Timão - em um empate sem gols, na noite deste sábado, pela
penúltima rodada do Brasileirão. A idolatria da Fiel pelo comandante
tomou espaço. Jogo em si ficou em segundo plano.
– Olê, olê, olê... Tite, Tite... – entoava a torcida.
Os jogadores do Corinthians ressaltaram a necessidade de vitória para que o adeus de Tite se tornasse ainda mais digno na capital paulista. Além dele, o capitão Alessandro também fez sua última partida como jogador profissional diante da Fiel, já que se aposentará ao fim desta temporada. Porém, o que se viu foi a mesma equipe apática e pouco criativa de 2013. O time dos 17 empates em 37 jogos disputados no Campeonato Brasileiro. Dos dez 0 a 0 na competição.
Com a missão de estragar a festa de 33.201 pagantes para seus ídolos, o Internacional teve boas chances de sair com os três pontos de São Paulo. Especialmente no primeiro tempo, os visitantes incomodaram o Timão e, por pouco, não abriram o placar. Porém, quando perdeu Willians, expulso, no início do segundo tempo, a equipe gaúcha fez apenas o suficiente para administrar o empate.
O Corinthians termina a temporada no próximo sábado, contra o lanterna e já rebaixado Náutico, em partida ainda sem horário determinado pela CBF, na Arena Pernambuco. Já o Internacional fecha 2013 diante da torcida colorada, no próximo domingo, às 17h (horário de Brasília), contra a Ponte Preta, no estádio Centenário, em Caxias do Sul.
Timão apático e Inter perigoso
A noite era especial para o Timão, mas a animação das arquibancadas passou longe das duas equipes na etapa inicial. Entre muitas divididas e entradas duras, prevaleceu a marcação forte. Especialmente do Internacional, que neutralizou o Corinthians. As chances alvinegras se resumiram a um chute frustrado de Romarinho e a uma falta cobrada por Renato Augusto, que ficou na barreira.
A estratégia do Colorado foi clara: se segurar o máximo possível e buscar o gol nos últimos minutos. Toda a cautela do esquema montado por Clemer se transformou em ousadia a partir dos 30. Primeiro, o goleiro Walter assustou a Fiel ao sair errado do gol e quase permitir que Índio abrisse o placar de cabeça. Depois, salvou cara a cara com Damião, em um cochilo da melhor defesa do Campeonato Brasileiro.
Principal defeito do Corinthians neste Brasileirão, a falta de criatividade do meio-campo voltou a dar as caras. Com Renato Augusto como referência e Emerson isolado, a equipe passava longe de ameaçar o Inter. Os gaúchos chegavam mais perto de inaugurar o marcador.
- As homenagens foram feitas. A vitória é uma obrigação - sentenciou Sheik, na saída do gramado.
Empate em ritmo de festa
Tudo apontava para um jogo quente antes do intervalo. Bate-boca, reclamações com o juiz, ânimos exaltados... Na etapa complementar, foram necessários menos de 10 minutos para surgir a primeira discussão. O volante Willians, que já havia recebido o cartão amarelo no primeiro tempo, exagerou na reclamação após falta marcada sobre Emerson e acabou expulso pelo árbitro Felipe Gomes da Silva.
Com Alexandre Pato no lugar de Danilo, o Timão começou a incomodar mais. Empurrou o Internacional para trás e passou a comandar as ações. Com um a menos, o time gaúcho apostava em passes longos para Leandro Damião, isolado no campo de ataque. Tite também sacou Renato Augusto para jogar Douglas, mas a resposta da equipe foi pouco relevante. Com fôlego, o Colorado segurava a igualdade.
A torcida corintiana não desistiu até o último minuto. Gritou, incentivou, acreditou que era possível fechar a trajetória de dois grandes ídolos do clube de maneira perfeita... Não deu. Ainda assim, o clima após o apito final era de festa. Nada estragaria o adeus ao técnico que mais vitorioso do clube. No duelo entre Timão e Colorado, venceu Tite.
– Olê, olê, olê... Tite, Tite... – entoava a torcida.
Os jogadores do Corinthians ressaltaram a necessidade de vitória para que o adeus de Tite se tornasse ainda mais digno na capital paulista. Além dele, o capitão Alessandro também fez sua última partida como jogador profissional diante da Fiel, já que se aposentará ao fim desta temporada. Porém, o que se viu foi a mesma equipe apática e pouco criativa de 2013. O time dos 17 empates em 37 jogos disputados no Campeonato Brasileiro. Dos dez 0 a 0 na competição.
Com a missão de estragar a festa de 33.201 pagantes para seus ídolos, o Internacional teve boas chances de sair com os três pontos de São Paulo. Especialmente no primeiro tempo, os visitantes incomodaram o Timão e, por pouco, não abriram o placar. Porém, quando perdeu Willians, expulso, no início do segundo tempo, a equipe gaúcha fez apenas o suficiente para administrar o empate.
O Corinthians termina a temporada no próximo sábado, contra o lanterna e já rebaixado Náutico, em partida ainda sem horário determinado pela CBF, na Arena Pernambuco. Já o Internacional fecha 2013 diante da torcida colorada, no próximo domingo, às 17h (horário de Brasília), contra a Ponte Preta, no estádio Centenário, em Caxias do Sul.
Torcida faz homenagens a Tite no Pacaembu
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A noite era especial para o Timão, mas a animação das arquibancadas passou longe das duas equipes na etapa inicial. Entre muitas divididas e entradas duras, prevaleceu a marcação forte. Especialmente do Internacional, que neutralizou o Corinthians. As chances alvinegras se resumiram a um chute frustrado de Romarinho e a uma falta cobrada por Renato Augusto, que ficou na barreira.
A estratégia do Colorado foi clara: se segurar o máximo possível e buscar o gol nos últimos minutos. Toda a cautela do esquema montado por Clemer se transformou em ousadia a partir dos 30. Primeiro, o goleiro Walter assustou a Fiel ao sair errado do gol e quase permitir que Índio abrisse o placar de cabeça. Depois, salvou cara a cara com Damião, em um cochilo da melhor defesa do Campeonato Brasileiro.
Principal defeito do Corinthians neste Brasileirão, a falta de criatividade do meio-campo voltou a dar as caras. Com Renato Augusto como referência e Emerson isolado, a equipe passava longe de ameaçar o Inter. Os gaúchos chegavam mais perto de inaugurar o marcador.
- As homenagens foram feitas. A vitória é uma obrigação - sentenciou Sheik, na saída do gramado.
Com a bola rolando, o Inter foi bem na defesa e segurou o
Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Tudo apontava para um jogo quente antes do intervalo. Bate-boca, reclamações com o juiz, ânimos exaltados... Na etapa complementar, foram necessários menos de 10 minutos para surgir a primeira discussão. O volante Willians, que já havia recebido o cartão amarelo no primeiro tempo, exagerou na reclamação após falta marcada sobre Emerson e acabou expulso pelo árbitro Felipe Gomes da Silva.
Com Alexandre Pato no lugar de Danilo, o Timão começou a incomodar mais. Empurrou o Internacional para trás e passou a comandar as ações. Com um a menos, o time gaúcho apostava em passes longos para Leandro Damião, isolado no campo de ataque. Tite também sacou Renato Augusto para jogar Douglas, mas a resposta da equipe foi pouco relevante. Com fôlego, o Colorado segurava a igualdade.
A torcida corintiana não desistiu até o último minuto. Gritou, incentivou, acreditou que era possível fechar a trajetória de dois grandes ídolos do clube de maneira perfeita... Não deu. Ainda assim, o clima após o apito final era de festa. Nada estragaria o adeus ao técnico que mais vitorioso do clube. No duelo entre Timão e Colorado, venceu Tite.
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2013/30-11-2013/corinthians-internacional.html
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