Maria Amélia Villas-Bôas atinge idade máxima para trabalhar na quadra e assumirá funções de supervisão no Circuito Brasileiro e no Mundial da FIVB
O Rio de Janeiro abriu e fechou um ciclo na vida de Maria Amélia
Villas-Bôas. Na cidade onde nasceu, a carioca entrou para o quadro da
Federação Internacional de Vôlei e agora, 25 anos depois, está
aposentando o apito como a principal árbitra do país. Com três
Olimpíadas no currículo, incluindo as finais femininas dos Jogos de
Pequim e Londres, ela se prepara agora para um novo desafio. Como
atingiu a idade limite de 55 anos para apitar em quadra, trocará o
contato direto com os atletas pela coordenação e supervisão de outros
juízes em etapas no Brasil e no exterior.
Maria Amélia já havia trabalhado como instrutora do curso de formação
da FIVB e coordenou algumas etapas do Circuito Brasileiro 2012/13. No
Rio de Janeiro, deu sua última contribuição na decisão do título
masculino, vencido por Pedro Solberg e Bruno Schmidt. Pela carga de
emoção e pela homenagem que recebeu da Confederação Brasileira de Vôlei,
colocou a partida entre as mais especiais de sua carreira, junto com o
jogo de estreia e sua despedida olímpica.
Antes dos Jogos de Londres, Maria considerava que sua maior alegria em uma arena de vôlei de praia tinha sido como torcedora, quando assistiu à final verde-amarela dos Jogos de Atlanta entre Jackie Silva/Sandra Pires e Adriana Samuel/Mônica. Na capital britânica, considerava a presença de pelo menos uma dupla brasileira de cada naipe na final tão certa que já havia abandonado o sonho de se despedir no cenário internacional em uma decisão olímpica. Assistiu à queda de Juliana e Larissa nas semifinais e, incrédula, soube que caberia a ela a missão de apitar o confronto pelo ouro entre as americanas Kessy/Ross e Walsh/May.
- Minha expectativa não era de apitar a final porque tinha certeza
absoluta de que o Brasil iria. Comecei a ver o jogo das meninas (Juliana
e Larissa), mas sai quando começou a chover e, pela televisão, as vi
perderem o tie-break. Fiquei muito triste por elas, mas ali vi que tinha
chance. Quando fui escalada, a emoção foi realmente muito forte. Nunca
vou esquecer. Superou Atlanta.
Além das lembranças, a árbitra também guarda alguns objetos que ganhou de atletas. Neste ano de despedidas, recebeu o reconhecimento de alguns dos principais nomes do esporte nacional e internacional. No Grand Slam de Gstaad, na Suíça, ganhou da tricampeã olímpica Kerry Walsh uma viseira autografada por ela e pela parceira Misty May. Das mãos de Emanuel, recebeu uma camisa e, do parceiro Alison, flores. Talita, cuja carreira acompanhou desde o princípio, a presenteou com um top autografado em cada uma das Olimpíadas que disputou.
- Esse é o tipo de coisa que toca muito a gente. Saber que você é querida por aqueles que te cercam e que eles guardam esse carinho. O Emanuel, quando me entregou, agradeceu por aturá-lo por 25 anos. Esse é o verdadeiro presente.
Maria Amélia recebe homenagem após a final masculina no Rio (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
Antes dos Jogos de Londres, Maria considerava que sua maior alegria em uma arena de vôlei de praia tinha sido como torcedora, quando assistiu à final verde-amarela dos Jogos de Atlanta entre Jackie Silva/Sandra Pires e Adriana Samuel/Mônica. Na capital britânica, considerava a presença de pelo menos uma dupla brasileira de cada naipe na final tão certa que já havia abandonado o sonho de se despedir no cenário internacional em uma decisão olímpica. Assistiu à queda de Juliana e Larissa nas semifinais e, incrédula, soube que caberia a ela a missão de apitar o confronto pelo ouro entre as americanas Kessy/Ross e Walsh/May.
Maria mostra os presentes dados por Emanuel e
Alison na Suíça (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Alison na Suíça (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Além das lembranças, a árbitra também guarda alguns objetos que ganhou de atletas. Neste ano de despedidas, recebeu o reconhecimento de alguns dos principais nomes do esporte nacional e internacional. No Grand Slam de Gstaad, na Suíça, ganhou da tricampeã olímpica Kerry Walsh uma viseira autografada por ela e pela parceira Misty May. Das mãos de Emanuel, recebeu uma camisa e, do parceiro Alison, flores. Talita, cuja carreira acompanhou desde o princípio, a presenteou com um top autografado em cada uma das Olimpíadas que disputou.
- Esse é o tipo de coisa que toca muito a gente. Saber que você é querida por aqueles que te cercam e que eles guardam esse carinho. O Emanuel, quando me entregou, agradeceu por aturá-lo por 25 anos. Esse é o verdadeiro presente.
Moisés reclama com Maria Amélia, mas árbitra não muda marcação (Foto: Helena Rebello/Globo.com)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário