A CRÔNICA
Seria demasiada ousadia enfrentar o time do Papa Francisco em seu
reduto lotado com um zagueiro que pouco jogara até então e um volante
reserva improvisado como lateral. Não houve perdão. Desfalcado, sob
pressão e desconfiança, o Grêmio amargou nova derrota, desta vez para o
San Lorenzo, no caldeirão do Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, pelo
primeiro duelo das oitavas da Libertadores, na noite desta quarta-feira.
O 1 a 0 não soa catastrófico, até porque o time pressionou muito pelo
empate e ainda pode ser revertido na próxima quarta na Arena, mas,
somado aos últimos resultados, em nada ajuda a aliviar a pressão sobre
Enderson Moreira, que contou até com cobrança de torcedores no saguão do
hotel, horas antes.
Sem Rhodolfo e Wendell, pilares da melhor defesa da Libertadores, o Grêmio, dono da segunda melhor campanha geral, mas combalido pelo insucesso no Gauchão, não fazia má partida quando acabou se desconcentrando no início do segundo tempo. Embora tímido no ataque, a defesa estava firme. Até assistir a uma troca de passes que terminou nos pés da joia de Almagro, o esperto Ángel Correa. A bola roçou a rede de Marcelo Grohe, aos seis minutos. Proporcionando tudo que o limitado time de Edgardo Bauza queria: espaço para seguir assustando em contragolpes. Enquanto isso, o Tricolor acumulava ataques perigosos, mas sem resultado, como fora no último jogo, pelo Brasileiro.
Precisará de uma vitória por dois gols de diferença ou devolver o 1 a 0 e decidir nos pênaltis. Qualquer triunfo gremista por um gol de diferença, mas levando gol, é insuficiente. Antes do novo embate no dia 30, às 22h, em Porto Alegre, o Grêmio tem o Nacional pela frente, no qual também precisa se recuperar, pois perdera na estreia, para o Atlético-PR. O Tricolor recebe o Atlético-MG, que também está envolvido nas oitavas do torneio continental. Assim como os gaúchos, os mineiros perderam para o Atlético Nacional de Medellín - assim, não há mais invictos nesta edição da Libertadores.
Tudo sob controle
Abalado pela goleada no Gre-Nal do Gauchão e pelo revés na estreia do Brasileiro, o desfalcado Grêmio começou a partida vacilante. Aos dois minutos, Léo Gago arrancou a bandeira de escanteio em vez de acertar a bola. Bisonho, o lance, no entanto, resumiu apenas a atuação ruim do volante improvisado como lateral-esquerdo na vaga de Wendell, lesionado. Porque o time de Enderson Moreira se mostrou melhor que isso, bastante seguro, forte na marcação e fez jus à merecida fama de melhor defesa da Libertadores, com um gol sofrido. Os quase 40 mil "cuervos" do San Lorenzo pareciam não incomodar Pedro Geromel, zagueiro que entrou na vaga de Rhodolfo, alijado por lesão muscular.
Houve momentos de perigo, claro. Um chute sobre o travessão, de Matos, logo no início e um cabeceio com perigo, de Gentiletti, após escanteio. E só. Antes dúvida por dores, Marcelo Grohe não praticou defesa. O Grêmio soube marcar, catimbar e reclamar muito do árbitro Enrique Osses, chileno que estará na Copa. Faltou mais contundência no ataque, só finalizou - e mal - com Pará, aos 19 minutos. Dudu foi a ilha de velocidade e criação, como é de costume. Barcos sumiu. E Zé Roberto ficou devendo, embora sustente o espírito de liderança que o fez reunir o time numa roda antes de a bola rolar, em discurso acalorado por motivação.
Gol de joia e erro de Barcos
Zé até melhorou no início do segundo tempo, ao deixar Ramiro na cara do gol. Mas o volante não conseguiu vencer Torrico. A resposta foi imediata e amarga. A defesa azul estacou e observou a troca de passes até Ángel Correa, o garoto "abençoado" pelo Papa, fuzilar Grohe, aos seis minutos. Nesse exato momento, a esperança do Grêmio se preparava para entrar. Com mão fraturada e tudo, Luan ingressou.
Foi ele, inclusive, quem puxou importante contragolpe, que acabou cortado e caindo nos pés de Pará. O cruzamento parou no pé de Buffarini, que recuou para o goleiro. Torrico pegou a bola com a mão. Falta na risca da pequena área. Eram 34 minutos do segundo tempo. O time do Papa, quem diria, fora benevolente, estendeu a mão e o argentino do Grêmio não aproveitou. Barcos isolou. A pressão tricolor seguiu, mas inócua. A reação e os gols terão que surgir na Arena.
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Sem Rhodolfo e Wendell, pilares da melhor defesa da Libertadores, o Grêmio, dono da segunda melhor campanha geral, mas combalido pelo insucesso no Gauchão, não fazia má partida quando acabou se desconcentrando no início do segundo tempo. Embora tímido no ataque, a defesa estava firme. Até assistir a uma troca de passes que terminou nos pés da joia de Almagro, o esperto Ángel Correa. A bola roçou a rede de Marcelo Grohe, aos seis minutos. Proporcionando tudo que o limitado time de Edgardo Bauza queria: espaço para seguir assustando em contragolpes. Enquanto isso, o Tricolor acumulava ataques perigosos, mas sem resultado, como fora no último jogo, pelo Brasileiro.
Precisará de uma vitória por dois gols de diferença ou devolver o 1 a 0 e decidir nos pênaltis. Qualquer triunfo gremista por um gol de diferença, mas levando gol, é insuficiente. Antes do novo embate no dia 30, às 22h, em Porto Alegre, o Grêmio tem o Nacional pela frente, no qual também precisa se recuperar, pois perdera na estreia, para o Atlético-PR. O Tricolor recebe o Atlético-MG, que também está envolvido nas oitavas do torneio continental. Assim como os gaúchos, os mineiros perderam para o Atlético Nacional de Medellín - assim, não há mais invictos nesta edição da Libertadores.
Barcos e Juan Mercier disputam a bola
no Nuevo Gasómetro (Foto: Reuters)
Abalado pela goleada no Gre-Nal do Gauchão e pelo revés na estreia do Brasileiro, o desfalcado Grêmio começou a partida vacilante. Aos dois minutos, Léo Gago arrancou a bandeira de escanteio em vez de acertar a bola. Bisonho, o lance, no entanto, resumiu apenas a atuação ruim do volante improvisado como lateral-esquerdo na vaga de Wendell, lesionado. Porque o time de Enderson Moreira se mostrou melhor que isso, bastante seguro, forte na marcação e fez jus à merecida fama de melhor defesa da Libertadores, com um gol sofrido. Os quase 40 mil "cuervos" do San Lorenzo pareciam não incomodar Pedro Geromel, zagueiro que entrou na vaga de Rhodolfo, alijado por lesão muscular.
Houve momentos de perigo, claro. Um chute sobre o travessão, de Matos, logo no início e um cabeceio com perigo, de Gentiletti, após escanteio. E só. Antes dúvida por dores, Marcelo Grohe não praticou defesa. O Grêmio soube marcar, catimbar e reclamar muito do árbitro Enrique Osses, chileno que estará na Copa. Faltou mais contundência no ataque, só finalizou - e mal - com Pará, aos 19 minutos. Dudu foi a ilha de velocidade e criação, como é de costume. Barcos sumiu. E Zé Roberto ficou devendo, embora sustente o espírito de liderança que o fez reunir o time numa roda antes de a bola rolar, em discurso acalorado por motivação.
Gol de joia e erro de Barcos
Zé até melhorou no início do segundo tempo, ao deixar Ramiro na cara do gol. Mas o volante não conseguiu vencer Torrico. A resposta foi imediata e amarga. A defesa azul estacou e observou a troca de passes até Ángel Correa, o garoto "abençoado" pelo Papa, fuzilar Grohe, aos seis minutos. Nesse exato momento, a esperança do Grêmio se preparava para entrar. Com mão fraturada e tudo, Luan ingressou.
Foi ele, inclusive, quem puxou importante contragolpe, que acabou cortado e caindo nos pés de Pará. O cruzamento parou no pé de Buffarini, que recuou para o goleiro. Torrico pegou a bola com a mão. Falta na risca da pequena área. Eram 34 minutos do segundo tempo. O time do Papa, quem diria, fora benevolente, estendeu a mão e o argentino do Grêmio não aproveitou. Barcos isolou. A pressão tricolor seguiu, mas inócua. A reação e os gols terão que surgir na Arena.
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