Colorado faz grande segundo tempo, vira sobre o Grêmio com 2 a 1 na primeira final e e pode perder por 1 a 0 como mandante no dia 13 de abril para se tornar tetra gaúcho
A
rivalidade entre Grêmio e Inter deu provas na tarde cinzenta deste
domingo de que, 105 anos e 399 clássicos depois, ainda é possível fazer
diferente. Para que retrancas, mistérios e violência? O Gre-Nal pode ser
bem mais que isso. E foi. Embora decisivo, valendo a primeira das
partidas finais do Gauchão, tricolores e colorados se mostraram
ofensivos, atrevidos e fizeram valer o ingresso dos 39.874 que rumaram à
Arena. Para ver, sobretudo, a redenção de um centroavante, que nunca
havia marcado gol nesse duelo. Em menos de 45 minutos, fincou pé na
história ao anotar dois, virar o jogo e dar à Arena o seu primeiro
vencedor após três Gre-Nais. Rafael Moura foi o herói vermelho no 2 a 1
do clássico 400, placar que permite ao time de Abel Braga perder por 1 a
0, na volta, para ser tetracampeão gaúcho.
Os
três gols saíram das cabeças dos centroavantes, que vivem grande fase
neste ano, após um 2013 para esquecer. Barcos anotou o primeiro, logo
aos 14 minutos, isolando-se cada vez mais na artilharia do estadual, 13
tentos. Rafael Moura empatou ao seis do segundo tempo, vencendo um quase
intransponível Marcelo Grohe. Com a mesma receita, construiu o 2 a 1,
aos 27, seu oitavo gol em oito partidas na temporada.
Em termos históricos, o Gre-Nal 400 traz a 150ª vitória do Inter, em confrontos iniciados em 1909, contra 125 do Grêmio, que não triunfa há seis duelos - o último fora em 26 de agosto de 2012, pelo Brasileiro.
Antes do Gre-Nal 401, no entanto, há muito o que se fazer. O Grêmio viaja já no início da manhã de segunda para a Colômbia, onde tenta, diante do Nacional de Medellín, classificação antecipada para as oitavas da Libertadores. No domingo, é dia de o Inter reinaugurar o Beira-Rio, em amistoso contra o Peñarol.
Até a chuva ajudou um belo Gre-Nal
O único fator que poderia tisnar o encanto de um Gre-Nal promissor era a chuva. Até a água, com potencial de cair a qualquer momento, resolveu respeitar um clássico cheio de predicados. E manter o alto nível do espetáculo. Para começar, era um embate histórico, de número 400 em 105 anos de rivalidade. Embora a vantagem geral do Colorado, de então 149 vitórias contra 125 do rival, o Grêmio dominava os Gre-Nais centenários, jamais perdendo os de número 100, 200 e 300.
Frieza dos números à parte, o clima que antecedia o duelo também indicava um jogo alegre, para frente, sem retranca. Em campo, os velhos amigos Enderson Moreira e Abel Braga confirmaram essa impressão. Sem mistérios, mesmo numa decisão, mandaram seus times, de força máxima, ao ataque desde o apito seminal de Leandro Vuaden. Em dez minutos, as tábuas de scout já computavam quatro finalizações perigosas, duas para casa time.
Milagre de Grohe, gol de Barcos
Dudu
abriu os trabalhos ao três minutos. Willians respondeu aos cinco. Mas
foi Alex, aos sete minutos, quem mais levou perigo. Recebeu cruzamento
preciso de Rafael Moura e, sem marcação, fincado na grama da Arena,
cabeceou. O gol era certo. Se não fosse Marcelo Grohe, em recuperação
fantástica, defesa monumental. O mesmo não conseguiu fazer seu
ex-companheiro de clube. Desta vez vestindo vermelho e bastante acossado
pelos gremistas, Dida se esticou, mas acabou vencido. Após cruzamento
de Pará, Barcos fuzilou de cabeça. Ao direcionar a bola direto no
ângulo. Mostrou como se faz: 1 a 0, aos 14 minutos.
O gol acalmou um clássico até então jogado num ritmo frenético. Que nem parecia alguns Gre-Nais recentes, de andar vagaroso e sem emoções. Ao menos no primeiro, honrou o título de 400º embate. Porque também não faltaram os habituais lances ríspidos. Riveros sobre D'Ale, Willians em cima de Riveros e, por último, encontrão forte de Barcos com Dida. O único amarelo, no entanto, sobrou para o volante colorado, que só visou às pernas do paraguaio.
- O gol é importante. Começamos com intensidade, mas reduzimos o ritmo no final - admite Barcos, artilheiro absoluto do estadual, com 13 gols em 12 jogos.
- Teve chances dos dois lados. Infelizmente, no cruzamento, ficamos parados e conseguiram fazer o gol - analisou D'Alessandro, bastante calmo aos microfones, embora, em campo, tenha dado até bronca, aos berros, em Paulão após vacilo do zagueiro.
Virada à la Alan Patrick e Rafael Moura
O Inter voltou diferente do vestiário. Com Ernando na vaga do lesionado Juan e Alan Patrick no lugar do inoperante Jorge Henrique. E voltou melhor. Aos seis minutos, a recompensa pela evolução. Alex encontrou Aránguiz livre na área, que cruzou para Rafael Moura mostrar que também sabe cabecear com categoria. Sozinho, empatou em 1 a 1, fazendo os 1,5 mil colorados se voltarem aos campos e esquecer uma briga entre próprios torcedores na área externa às cadeiras.
Até porque nada seria mais interessante aos colorados do que acompanhar a supremacia do time na etapa final. O Grêmio parecia não acreditar, enquanto apenas observava as trocas de passes envolventes do time de Abel. Numa delas, Aránguiz entrou livre e Marcelo Grohe salvou, mais uma vez. Aos 27, no entanto, Rafael Moura não iria desperdiçar. Nem precisou se erguer do chão. Inclinou-se para frente, meteu a cabelo e balançou a rede: 2 a 1, em cruzamento de Fabrício após jogada iniciada por Alan Patrick, o mais titular dos reservas do Inter.
Enderson Moreira tentou de tudo. Alan Ruiz, Jean Deretti e Maxi Rodríguez entraram. Um trio de meias para tentar fazer o que, em nenhum momento, a estrela Luan conseguira. Apesar da quantidade triplicada, o resultado se mostrou inócuo. Um resultado sem reparos, fruto de 45 minutos soberanos de um clube que quer fazer de tudo para seguir mandando no
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/campeonato-gaucho/noticia/2014/03/virada-para-historia-he-man-brilha-e-inter-vence-o-gre-nal-400-na-arena.html
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Em termos históricos, o Gre-Nal 400 traz a 150ª vitória do Inter, em confrontos iniciados em 1909, contra 125 do Grêmio, que não triunfa há seis duelos - o último fora em 26 de agosto de 2012, pelo Brasileiro.
Antes do Gre-Nal 401, no entanto, há muito o que se fazer. O Grêmio viaja já no início da manhã de segunda para a Colômbia, onde tenta, diante do Nacional de Medellín, classificação antecipada para as oitavas da Libertadores. No domingo, é dia de o Inter reinaugurar o Beira-Rio, em amistoso contra o Peñarol.
Rafael Moura se abaixa e faz 2 a 1 na
Arena (Foto: Diego Guichard/
Globoesporte.com)
O único fator que poderia tisnar o encanto de um Gre-Nal promissor era a chuva. Até a água, com potencial de cair a qualquer momento, resolveu respeitar um clássico cheio de predicados. E manter o alto nível do espetáculo. Para começar, era um embate histórico, de número 400 em 105 anos de rivalidade. Embora a vantagem geral do Colorado, de então 149 vitórias contra 125 do rival, o Grêmio dominava os Gre-Nais centenários, jamais perdendo os de número 100, 200 e 300.
Frieza dos números à parte, o clima que antecedia o duelo também indicava um jogo alegre, para frente, sem retranca. Em campo, os velhos amigos Enderson Moreira e Abel Braga confirmaram essa impressão. Sem mistérios, mesmo numa decisão, mandaram seus times, de força máxima, ao ataque desde o apito seminal de Leandro Vuaden. Em dez minutos, as tábuas de scout já computavam quatro finalizações perigosas, duas para casa time.
Milagre de Grohe, gol de Barcos
Dida não alcança cabeceio de Barcos no 1º tempo(Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
O gol acalmou um clássico até então jogado num ritmo frenético. Que nem parecia alguns Gre-Nais recentes, de andar vagaroso e sem emoções. Ao menos no primeiro, honrou o título de 400º embate. Porque também não faltaram os habituais lances ríspidos. Riveros sobre D'Ale, Willians em cima de Riveros e, por último, encontrão forte de Barcos com Dida. O único amarelo, no entanto, sobrou para o volante colorado, que só visou às pernas do paraguaio.
- O gol é importante. Começamos com intensidade, mas reduzimos o ritmo no final - admite Barcos, artilheiro absoluto do estadual, com 13 gols em 12 jogos.
- Teve chances dos dois lados. Infelizmente, no cruzamento, ficamos parados e conseguiram fazer o gol - analisou D'Alessandro, bastante calmo aos microfones, embora, em campo, tenha dado até bronca, aos berros, em Paulão após vacilo do zagueiro.
Rafael Moura comemora gol que deu a
vitória ao Inter (Foto: Luciano Leon/
Agência Estado)
O Inter voltou diferente do vestiário. Com Ernando na vaga do lesionado Juan e Alan Patrick no lugar do inoperante Jorge Henrique. E voltou melhor. Aos seis minutos, a recompensa pela evolução. Alex encontrou Aránguiz livre na área, que cruzou para Rafael Moura mostrar que também sabe cabecear com categoria. Sozinho, empatou em 1 a 1, fazendo os 1,5 mil colorados se voltarem aos campos e esquecer uma briga entre próprios torcedores na área externa às cadeiras.
Até porque nada seria mais interessante aos colorados do que acompanhar a supremacia do time na etapa final. O Grêmio parecia não acreditar, enquanto apenas observava as trocas de passes envolventes do time de Abel. Numa delas, Aránguiz entrou livre e Marcelo Grohe salvou, mais uma vez. Aos 27, no entanto, Rafael Moura não iria desperdiçar. Nem precisou se erguer do chão. Inclinou-se para frente, meteu a cabelo e balançou a rede: 2 a 1, em cruzamento de Fabrício após jogada iniciada por Alan Patrick, o mais titular dos reservas do Inter.
Enderson Moreira tentou de tudo. Alan Ruiz, Jean Deretti e Maxi Rodríguez entraram. Um trio de meias para tentar fazer o que, em nenhum momento, a estrela Luan conseguira. Apesar da quantidade triplicada, o resultado se mostrou inócuo. Um resultado sem reparos, fruto de 45 minutos soberanos de um clube que quer fazer de tudo para seguir mandando no
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/campeonato-gaucho/noticia/2014/03/virada-para-historia-he-man-brilha-e-inter-vence-o-gre-nal-400-na-arena.html
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