Médico anestesista Gilberto Carvalho ainda cita possíveis convulsões, além de movimentos involuntários durante processo que passará piloto alemão
- Existem outros tipos de sedativos mais profundos que são como anestésicos, que pretendem mesmo diminuir a função do cérebro por longo período, diminuindo o consumo de oxigênio do cérebro nesse período. Essas são drogas que são usadas em situações críticas como essa - explica o neurocirurgião Charles André.
Mas os sedativos têm pelo menos um efeito desagradável: eles podem afetar a memória recente de Schumacher, que se acidentou no dia 29 de dezembro quando esquiava na estação de Méribel, nos alpes franceses. O piloto escolheu uma pista não sinalizada, escorregou em uma pedra e acabou batendo a cabeça em uma rocha.
Michael Schumacher sofreu um acidente de esqui
no dia 29 de dezembro, na França (Reprodução)
no dia 29 de dezembro, na França (Reprodução)
Mas além de afetar a memória, outro problema, talvez maior, é que, segundo os médicos, é nesse momento que pode haver uma reação negativa do corpo à retirada dos sedativos.
- O corpo começa a ter movimentos involuntários, começa a reagir ao fato de estar amarrado, e assim até ele despertar. Nesse momento é comum e previsível que ele tenha abalos, movimentos involuntários, que faça até ter uma crise convulsiva dependendo da resposta do cérebro a isso tudo - contou Gilberto Carvalho.
Nesses casos, o paciente precisa ser novamente sedado. Para os fãs pode parecer um caminho lento, mas os especialistas garantem que tudo isso faz parte de uma recuperação a longo prazo. Só não é possível saber como o heptacampeão mundial vai reagir nas próximas semanas.
Sabine Kehm admitiu que o processo de saída
do coma foi iniciado com Schumacher (Reuters)
do coma foi iniciado com Schumacher (Reuters)
Nesta quinta-feira, a assessora do heptacampeão da Fórmula 1, Sabine Kehm, enviou um comunicado explicando que a família e os médicos do Hospital de Grenoble haviam combinado de comunicar à imprensa apenas quando o procedimento de saída do coma fosse concluído. Porém, com o vazamento do jornal francês L’Equipe, Sabine optou por confirmar a informação. O procedimento de retirada do coma consiste na redução gradual dos medicamentos de sedação até que o paciente acorde naturalmente, o que leva em média de duas a quatro semanas. A porta-voz avisou que não serão dadas informações sobre o decorrer do processo, sugerindo que um novo comunicado será feito apenas quando Schumi acordar.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2014/01/especialista-preve-perda-de-memoria-em-saida-de-schumacher-do-coma.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário