terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Com atraso, gastos públicos do Rio 2016 são divulgados nesta terça

Documento que informa responsabilidade de cada nível de governo com obras de locais de competição e de infra estrutura será conhecido após cobranças do TCU

Por Rio de Janeiro

General Fernando Azevedo e Silva, presidente da APO (Foto: Leonardo Filipo) 
General Fernando Azevedo e Silva, presidente 
da APO: prazo curto para reorganizar entidade 
e elaborar Matriz (Foto: Leonardo Filipo)
 
Após atrasos e cobranças do Tribunal de Contas da União, finalmente será conhecida na manhã desta terça-feira a segunda parte do orçamento das Olímpíadas e Paralimpíadas do Rio. A Autoridade Pública Olímpica (APO) vai divulgar a Matriz de Responsabilidades, documento que determina os gastos do governo em projetos associados aos Jogos, como construção ou reforma dos locais de competição e de infra estrutura da cidade, as atribuições de cada esfera de poder e seus respectivos prazos para conclusão. Na última quinta-feira, o Comitê Rio 2016 divulgou um gasto de R$ 7 bilhões na organização das competições

De acordo com o dossiê de candidatura do Rio, de 2008, as Olimpíadas custarão R$ 28 bilhões, sendo R$ 24 bilhões de recursos públicos. Números diferentes deverão ser divulgados na sede da APO, no centro do Rio. 



saiba mais
A divulgação da Matriz de Responsabilidade foi cobrada no final do ano passado pelo TCU, que chegou a dar dois prazos para a APO. A entidade tem como principal função coordenar e fiscalizar o trabalho dos três níveis de governo e do Comitê Rio 2016. Esvaziada pela prefeitura e pelo governo do Rio, a APO ficou sem comando em agosto de 2013, quando Márcio Fortes deixou a presidência. O cargo foi ocupado em novembro pelo general Fernando Azevedo e Silva, que recebeu como primeira missão justamente a divulgação do documento.

Londres apresentou a Matriz de Responsabilidade antes dos 1.000 dias para os Jogos. A conta foi atualizada duas vezes. Já o Rio 2016 vai revelar o valor dos Jogos a 918 dias da cerimônia de abertura no Maracanã. Segunda maior área da competição, o Complexo Esportivo de Deodoro é a área que mais preocupa, já que as obras de construção e reforma só devem começar no segundo semestre deste ano, após as licitações. Dessa forma, os valores dos gastos ainda sofrerão ajustes.  

Tiro Deodoro Legados do Pan  (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com) 
Stand de tiro em Deodoro: obras de reforma e 
construção só no segundo semestre (Foto: 
Alexandre Durão / Globoesporte.com)
 
Na última quinta, o Comitê Organizador Rio 2016 divulgou um gasto de R$ 7 bilhões na organização dos Jogos. Os recursos vêm de patrocinadores locais e internacionais, da contribuição do Comitê Olímpico Internacional (COI) com os direitos de transmissão, da venda de ingressos e do licenciamento da marca. Deste valor, 30% ainda faltam ser captados. Este dinheiro será gasto, por exemplo, para organizar as quatro cerimônias de abertura e de encerramento e os 832 eventos esportivos; servir 4 milhões de refeições; treinar 70 mil voluntários e pagar os salários de 7 mil funcionários do Comitê (atualmente são 600). Só de tecnologia serão 16 mil celulares e 12 mil computadores conectados a 80 mil pontos de rede e 7 mil redes de wi-fi. No transporte serão 5.000 veículos e 2.000 ônibus.

Na segunda quinzena de março, os três níveis de governo vão anunciar o plano de antecipação e ampliação dos investimentos federais, estaduais e municipais em políticas públicas relacionados ao projeto olímpico, na cidade do Rio e no país. 


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2014/01/com-atraso-gastos-publicos-das-olimpiadas-sao-divulgados-nesta-terca.html

Nenhum comentário: