Com gol do ex-botafoguense Elkeson, time chinês fica no 1 a 1 com o Seoul FC e consegue primeiro título continental três anos e meio depois de ser rebaixado
O
novo campeão asiático tem uma forte pitada brasileira. Conduzido pelo
trio Elkeson, Muriqui e o quase-brasuca Conca, o Guangzhou Evergrande
conquistou seu primeiro título continental neste sábado ao empatar em 1 a
1 com o Seoul FC, da Coreia do Sul, na final da Liga dos Campeões da
Ásia. Como havia empatado a primeira partida em 2 a 2, o time chinês
levou a melhor pelo número de gols marcados fora de casa e agora tem
vaga garantida no Mundial de Clubes, em dezembro, no Marrocos. Elkeson
marcou para o Guangzhou após assistência de Muriqui, enquanto Damjanovic
fez para o Seoul.
O título asiático coroa um projeto ambicioso do Guangzhou, que recebeu enorme investimento de uma construtora da região em 2010, quando caiu para a segunda divisão chinesa por envolvimento em um escândalo de manipulação de resultados. Deixando para trás a previsão inicial de conquistar a Ásia em cinco anos, o Evergrande chegará a seu primeiro Mundial de Clubes apenas três temporadas depois de ser rebaixado e com um tricampeonato nacional na bagagem.
A glória conquistada pela equipe neste sábado também é muito representativa para o futebol chinês, que volta a ser campeão asiático após 23 anos de jejum - em 1990, o Liaoning FC levou o único título da Liga dos Campeões da Ásia da história do país, até então. No Mundial de dezembro, o Guangzhou Evergrande enfrentará o campeão africano (ainda não definido) nas quartas de final e, caso avance, terá pela frente o temido Bayern de Munique.
O jogo
O primeiro tempo foi dominado pelos donos da casa, que criaram boas chances de gol, mas não mostraram boa pontaria. Trocando passes, o Guangzhou chegava à área facilmente, animando a torcida. Em uma das melhores oportunidades do primeiro tempo, aos 15, Conca recebeu na área e chutou a bola ao lado da baliza.
O
domínio chinês pareceu que continuaria na etapa final, quando o
Guangzhou voltou muito concentrado e logo criou uma jogada perigosa,
desperdiçada por Muriqui. E, aos 13, as redes estufaram: Elkeson recebeu
lançamento de Muriqui em velocidade, invadiu a área e chutou colocado,
na saída do goleiro, abrindo o placar.
Mas, precisando marcar dois gols para ficar com o título, o Seoul não se encolheu e passou a jogar melhor. Quatro minutos depois do gol de Elkeson, Damjanovic conduziu a bola na entrada da área, aproveitou o espaço dado pela defesa e chutou rasteiro, empatando a partida.
A partir daí, os coreanos passaram a pressionar bastante e a utilizar as laterais do campo para armar as jogadas. O Guangzhou se encolheu, e a defesa mostrou bastante insegurança - enquanto o Seoul não conseguia acertar a pontaria. Satisfeita com o resultado, a torcida presente ao estádio Tianhe fazia festa a cada contra-ataque e pôde comemorar aliviada ao apito final.
Na premiação dos vencedores, Muriqui - um dos primeiros brasileiros a desbravar o mercado asiático
- recebeu o troféu pela artilharia do torneio (com 13 gols) e também
foi eleito o melhor jogador da Liga dos Campeões, sendo ovacionado pela
torcida chinesa.
- Esse título tem um sabor muito especial para mim já que, com a ajuda de toda equipe, consegui terminar a competição como artilheiro. Agora é celebrar juntos com os torcedores. Nosso time soube aproveitar a vantagem que tivemos com o empate fora de casa. Jogamos para vencer e tivemos oportunidades para isso, mas toda final é nervosa e o resultado ficou de bom tamanho - declarou Muriqui após o jogo.
Mais
novato no Guangzhou, Elkeson caiu nas graças da torcida rapidamente e
mostrou seu papel decisivo durante toda a temporada. Por isso, garantiu
que o título continental trouxe muita emoção.
- Não tenho palavras para demostrar o que estou sentindo. Quando cheguei na China, não tinha ideia de como o torcedor daqui é apaixonado e apoia a todo momento. Só tenho que agradecer não só a força que veio da arquibancada, mas também aos meus companheiros e comissão técnica por me proporcionarem mais uma conquista na minha carreira. Carregarei sempre na minha memória este momento.
Perto de encerrar sua passagem pelo futebol chinês, Darío Conca lembrou do técnico Marcello Lippi, que mudou seu destino no Guangzhou, uma vez que o argentino tinha má relação com o treinador anterior.
- Fico muito feliz não só pela conquista do Guangzhou, mas também pelo resgate que foi feito no clube pouco tempo depois de ter sido rebaixado. Hoje o futebol chinês conseguiu colocar seu nome no cenário mundial e, com isso, vai ter a oportunidade de disputar um mundial de clubes.
Tenho certeza que o torcedor jamais esquecerá este momento. Dedico esta conquista não só aos torcedores, mas também a minha família e ao nosso treinador Marcello Lippi.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2013/11/guangzhou-empata-conquista-titulo-asiatico-e-garante-vaga-no-mundial.html
Elkeson abraça Muriqui: gol decisivo para o título
do Guangzhou (Foto: Reuters)
O título asiático coroa um projeto ambicioso do Guangzhou, que recebeu enorme investimento de uma construtora da região em 2010, quando caiu para a segunda divisão chinesa por envolvimento em um escândalo de manipulação de resultados. Deixando para trás a previsão inicial de conquistar a Ásia em cinco anos, o Evergrande chegará a seu primeiro Mundial de Clubes apenas três temporadas depois de ser rebaixado e com um tricampeonato nacional na bagagem.
A glória conquistada pela equipe neste sábado também é muito representativa para o futebol chinês, que volta a ser campeão asiático após 23 anos de jejum - em 1990, o Liaoning FC levou o único título da Liga dos Campeões da Ásia da história do país, até então. No Mundial de dezembro, o Guangzhou Evergrande enfrentará o campeão africano (ainda não definido) nas quartas de final e, caso avance, terá pela frente o temido Bayern de Munique.
Marcelo Lippi ergue o troféu com o capitão Zheng Zhi
(Foto: Getty Images)
O jogo
O primeiro tempo foi dominado pelos donos da casa, que criaram boas chances de gol, mas não mostraram boa pontaria. Trocando passes, o Guangzhou chegava à área facilmente, animando a torcida. Em uma das melhores oportunidades do primeiro tempo, aos 15, Conca recebeu na área e chutou a bola ao lado da baliza.
Muriqui: eleito o melhor jogador do Campeonato e artilheiro com 13 gols (Foto: Getty Images)
Mas, precisando marcar dois gols para ficar com o título, o Seoul não se encolheu e passou a jogar melhor. Quatro minutos depois do gol de Elkeson, Damjanovic conduziu a bola na entrada da área, aproveitou o espaço dado pela defesa e chutou rasteiro, empatando a partida.
A partir daí, os coreanos passaram a pressionar bastante e a utilizar as laterais do campo para armar as jogadas. O Guangzhou se encolheu, e a defesa mostrou bastante insegurança - enquanto o Seoul não conseguia acertar a pontaria. Satisfeita com o resultado, a torcida presente ao estádio Tianhe fazia festa a cada contra-ataque e pôde comemorar aliviada ao apito final.
Lippi, no meio, e Conca, com a criança no colo, comemoram
o título do Guangzhou Evergrande (Foto: Reuters)
- Esse título tem um sabor muito especial para mim já que, com a ajuda de toda equipe, consegui terminar a competição como artilheiro. Agora é celebrar juntos com os torcedores. Nosso time soube aproveitar a vantagem que tivemos com o empate fora de casa. Jogamos para vencer e tivemos oportunidades para isso, mas toda final é nervosa e o resultado ficou de bom tamanho - declarou Muriqui após o jogo.
Após o jogo, Conca, Muriqui e Elkeson posa com o troféu
(Foto: Arquivo Pessoal)
- Não tenho palavras para demostrar o que estou sentindo. Quando cheguei na China, não tinha ideia de como o torcedor daqui é apaixonado e apoia a todo momento. Só tenho que agradecer não só a força que veio da arquibancada, mas também aos meus companheiros e comissão técnica por me proporcionarem mais uma conquista na minha carreira. Carregarei sempre na minha memória este momento.
Elkeson ao lado de Marcello Lippi (Foto: Arquivo Pessoal)
Perto de encerrar sua passagem pelo futebol chinês, Darío Conca lembrou do técnico Marcello Lippi, que mudou seu destino no Guangzhou, uma vez que o argentino tinha má relação com o treinador anterior.
- Fico muito feliz não só pela conquista do Guangzhou, mas também pelo resgate que foi feito no clube pouco tempo depois de ter sido rebaixado. Hoje o futebol chinês conseguiu colocar seu nome no cenário mundial e, com isso, vai ter a oportunidade de disputar um mundial de clubes.
Tenho certeza que o torcedor jamais esquecerá este momento. Dedico esta conquista não só aos torcedores, mas também a minha família e ao nosso treinador Marcello Lippi.
Marcello Lippi é jogado para o alto na comemoração
do título do Guangzhou Evergrande (Foto: Reuters)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2013/11/guangzhou-empata-conquista-titulo-asiatico-e-garante-vaga-no-mundial.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário