A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
A confirmação da escalação de Elias só aconteceu minutos antes da
partida e foi comemorada na arquibancada como um gol. Mano Menezes
resolveu apostar no volante, que sentia dores na coxa mas foi decisivo.
Fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro aos 43 minutos do
segundo tempo, resultado preciso que levou o Flamengo às quartas de
final da Copa do Brasil para enfrentar o Botafogo, depois da derrota por
2 a 1 na partida de ida, em Belo Horizonte.
O empurrão decisivo no segundo tempo foi dado pela torcida, que levou o time à frente no maior público em jogos de clubes do novo Maracanã: 47.103 pagantes, com renda de R$ 2.266.070.
Depois do apito final, a festa passou da arquibancada para o campo, com os jogadores acompanhando os gritos de "que torcida é essa" e "o Maraca é nosso". Pela primeira vez desde que estádio reabriu, a torcida rubro-negra parece ter mesmo voltado para casa.
Elias, que chorou após marcar o gol, levou seu terceiro cartão amarelo na competição e está fora do primeiro jogo das quartas. Por isso, disse que o árbitro Jailson Macedo Freitas "acabou um pouquinho" com a sua noite.
- É um gol muito importante, não tem como explicar. Chorei bastante e não sabia para onde correr.
No Cruzeiro, o zagueiro Dedé foi sucinto e lamentou o lance que decidiu o jogo:
- Elias veio por trás, como homem-surpresa. É a forma dele de jogar. Vamos para o Brasileiro
A chance para os mineiros se reerguerem será novamente contra cariocas. Enfrentam o Vasco pela 17ª rodada do nacional, às 18h30m de domingo. No mesmo dia, mas às 16h, o Flamengo encara o Corinthians no Pacaembu.
Fábio pouco trabalha
A dificuldade de criação do Flamengo, um problema crônico nas últimas partidas, ficou mais evidente com a necessidade de conseguir uma vitória para se classificar. Não que o Cruzeiro jogasse fechado. Os times de Marcelo Oliveira, por hábito, não são armados desta forma. Mas, ainda assim, Fábio pouco foi incomodado. Na verdade, não houve uma defesa sequer na etapa inicial. A Raposa, com vantagem do empate, jogava com segurança, procurando se expor pouco e sair em velocidade. Os contra-ataques não foram muitos, mas deram boas chances. A primeira com Willian, que concluiu de dentro da área, e Felipe espalmou de forma atabalhoada para escanteio. Na cobrança, Dedé cabeceou, e João Paulo salvou em cima da linha.
Por necessidade, o Rubro-Negro ficou mais com a bola nos primeiros 45 minutos (55% a 45%), mas tirou pouco proveito disso. Elias, o principal nome na temporada, entrou no sacrifício. Só foi escalado após um teste no vestiário, mas era claro que não estava 100%. Carlos Eduardo, sumido do jogo, não colaborou, assim como Rafinha, que correu muito e pouco produziu. Bem postado, o Cruzeiro parecia deixar o Flamengo cansar, rodando de um lado para o outro da área. Procurava retomar a bola em sua intermediária e, rapidamente, saía com Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro e Willian.
Fla cresce, e Elias decreta a classificação
Como Cáceres sentiu um lesão em choque, Mano resolveu aproveitar a substituição forçada e arriscou um pouco mais, lançando o atacante Paulinho, que ocupou a lateral, passando Luiz Antonio para o meio-campo. O Flamengo ficou mais incisivo e, pela primeira vez no jogo, pressionou o Cruzeiro, que se defendia bem. A torcida se animou e começou a jogar junto. Marcelo Oliveira se impacientou no banco, pedindo para seus jogadores tentarem segurar a bola, sem sucesso. A Raposa cedia espaços, e o Flamengo quase marcou aos 16, em cabeçada de Elias que passou rente à trave.
Pouco depois Carlos Eduardo marcou, mas o árbitro já havia assinalado falta de Marcelo Moreno em Fábio pelo alto. Marcelo Oliveira trocou Borges por Vinícius Araújo para tentar dar mais presença de ataque. Logo depois colocou Martinuccio na vaga de Éverton Ribeiro, e o argentino em seu primeiro lance fez o gol, mas a arbitragem acertou ao marcar impedimento. Vinícius Araújo teve a chance de garantir a classificação, entrou sozinho, mas errou no drible em Felipe e saiu com bola e tudo pela linha de fundo. A punição veio aos 43 minutos, em formato de festa para os rubro-negros. Paulinho cruzou da direita, e Elias colocou o time nas quartas de final.
O empurrão decisivo no segundo tempo foi dado pela torcida, que levou o time à frente no maior público em jogos de clubes do novo Maracanã: 47.103 pagantes, com renda de R$ 2.266.070.
Depois do apito final, a festa passou da arquibancada para o campo, com os jogadores acompanhando os gritos de "que torcida é essa" e "o Maraca é nosso". Pela primeira vez desde que estádio reabriu, a torcida rubro-negra parece ter mesmo voltado para casa.
saiba mais
Os jogos contra o Botafogo estão previstos para as semanas de 23 e 30
de outubro, com a ordem dos confrontos ainda a ser sorteada pela CBF. Se
forem realizados no mesmo estádio, não haverá vantagem do gol fora de
casa, segundo o regulamento da Copa do Brasil.Elias, que chorou após marcar o gol, levou seu terceiro cartão amarelo na competição e está fora do primeiro jogo das quartas. Por isso, disse que o árbitro Jailson Macedo Freitas "acabou um pouquinho" com a sua noite.
- É um gol muito importante, não tem como explicar. Chorei bastante e não sabia para onde correr.
No Cruzeiro, o zagueiro Dedé foi sucinto e lamentou o lance que decidiu o jogo:
- Elias veio por trás, como homem-surpresa. É a forma dele de jogar. Vamos para o Brasileiro
A chance para os mineiros se reerguerem será novamente contra cariocas. Enfrentam o Vasco pela 17ª rodada do nacional, às 18h30m de domingo. No mesmo dia, mas às 16h, o Flamengo encara o Corinthians no Pacaembu.
André Santos e Elias repetem coreografia da torcida após o jogo (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)
A dificuldade de criação do Flamengo, um problema crônico nas últimas partidas, ficou mais evidente com a necessidade de conseguir uma vitória para se classificar. Não que o Cruzeiro jogasse fechado. Os times de Marcelo Oliveira, por hábito, não são armados desta forma. Mas, ainda assim, Fábio pouco foi incomodado. Na verdade, não houve uma defesa sequer na etapa inicial. A Raposa, com vantagem do empate, jogava com segurança, procurando se expor pouco e sair em velocidade. Os contra-ataques não foram muitos, mas deram boas chances. A primeira com Willian, que concluiu de dentro da área, e Felipe espalmou de forma atabalhoada para escanteio. Na cobrança, Dedé cabeceou, e João Paulo salvou em cima da linha.
Por necessidade, o Rubro-Negro ficou mais com a bola nos primeiros 45 minutos (55% a 45%), mas tirou pouco proveito disso. Elias, o principal nome na temporada, entrou no sacrifício. Só foi escalado após um teste no vestiário, mas era claro que não estava 100%. Carlos Eduardo, sumido do jogo, não colaborou, assim como Rafinha, que correu muito e pouco produziu. Bem postado, o Cruzeiro parecia deixar o Flamengo cansar, rodando de um lado para o outro da área. Procurava retomar a bola em sua intermediária e, rapidamente, saía com Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro e Willian.
Quem chega primeiro? Dedé e Moreno disputam lance no Maracanã (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)
Como Cáceres sentiu um lesão em choque, Mano resolveu aproveitar a substituição forçada e arriscou um pouco mais, lançando o atacante Paulinho, que ocupou a lateral, passando Luiz Antonio para o meio-campo. O Flamengo ficou mais incisivo e, pela primeira vez no jogo, pressionou o Cruzeiro, que se defendia bem. A torcida se animou e começou a jogar junto. Marcelo Oliveira se impacientou no banco, pedindo para seus jogadores tentarem segurar a bola, sem sucesso. A Raposa cedia espaços, e o Flamengo quase marcou aos 16, em cabeçada de Elias que passou rente à trave.
Pouco depois Carlos Eduardo marcou, mas o árbitro já havia assinalado falta de Marcelo Moreno em Fábio pelo alto. Marcelo Oliveira trocou Borges por Vinícius Araújo para tentar dar mais presença de ataque. Logo depois colocou Martinuccio na vaga de Éverton Ribeiro, e o argentino em seu primeiro lance fez o gol, mas a arbitragem acertou ao marcar impedimento. Vinícius Araújo teve a chance de garantir a classificação, entrou sozinho, mas errou no drible em Felipe e saiu com bola e tudo pela linha de fundo. A punição veio aos 43 minutos, em formato de festa para os rubro-negros. Paulinho cruzou da direita, e Elias colocou o time nas quartas de final.
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