Dirigente esclarece atuação do clube paulista no tratamento do ponteiro, que operou o ombro direito e ficará seis meses no estaleiro
Murilo foi operado na sexta-feira, dia em que completou 32 anos (Foto: Reprodução Instragram)
- Estranhei muito, porque estamos pagando o tratamento dele ainda. Ele está totalmente amparado pelo Sesi-SP. Até porque, apenas o vínculo de direito de imagem dele é que não foi renovado. Ele ainda tem contrato conosco como atleta, com todos os direitos garantidos pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho). Tentei falar com o Murilo para esclarecer tudo, mas não consegui por causa da cirurgia - disse Montanaro.
Segundo o gestor, Murilo ainda receberá salários do Sesi-SP até que tenha condições de voltar a atuar, como exige as leis trabalhistas. Montanaro ainda afirma que o ponteiro tem direito a 13º salário, fundo de garantia, alimentação e um plano muito bom de saúde, que se estende para a esposa, a jogadora Jaqueline.
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- Depois que não renovamos o contrato de imagem, ele disse que não
sabia se faria a cirurgia com o Sesi-SP ou pediria ao Ary (Graça,
presidente da Confederação Brasileira de Voleibol). Depois tomou a
decisão de fazer conosco. Ele escolheu o médico, o Dr. Sérgio Cechin, um
dos maiores especialistas da área. Foi operado no Hospital Sírio
Libanês, uma referência em São Paulo. Isso é uma prática para todos os
nossos atletas. Nós oferecemos mais do que o plano de saúde dele cobre e
colocamos todos os nossos especialistas em medicina esportiva à
disposição dele, que mora a duas quadras do Sesi-SP - disse Montanaro.Horas antes da cirurgia no ombro, Murilo disse ter o apoio de diversos amigos e clubes, independentemente de questões contratuais, para realizar seu tratamento. No entanto, o Sesi-SP não entrou na lista do jogador, que lamentou não continuar no elenco do clube paulista, apesar de ter adiado a operação justamente para defender a equipe na temporada 2012/2013 da Superliga. Murilo contou que o único argumento do Sesi-SP para não renovar o vínculo foi o fato de a reabilitação do jogador ser longa, só que ele acredita haver outros fatores na equação, como a saída do técnico Giovane Gávio.
- Tenho um carinho enorme pelo Murilo. Não só em função da cirurgia que não renovamos. O tratamento leva muito tempo, não poderíamos contar com ele. Teríamos de renovar por dois anos para valer a pena. Ele tem custo alto por ser um dos melhores do mundo e conta como sete pontos no ranking da Superliga, que é o máximo. Cada time só pode ter três jogadores assim (e não pode somar mais de 32 pontos no total). Ele tomaria o lugar de outro atleta – explicou Montanaro.
Apesar do desentendimento, o dirigente abriu as portas do Sesi-SP para Murilo, não só para seu tratamento, como para um futuro retorno ao time.
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