Atacante passa por cima da antipatia da torcida e, com respaldo do grupo e de Oswaldo, dá a volta por cima com o gol do título carioca
Os momentos de dificuldade parecem não amedrontar Rafael Marques. Desde sua chegada ao Botafogo em julho do ano passado, o sofrimento do atacante foi intenso. Indicado pelo técnico Oswaldo de Oliveira, seu adversário quando atuou no Japão, o atacante teve imediatamente seu nome ligado à saída do uruguaio Loco Abreu, ídolo alvinegro, e, com isso, ganhou a antipatia da torcida.
De lá para cá, passou 20 jogos sem fazer gols, chegou a ser colocado de lado na pré-temporada, à espera de uma negociação que não aconteceu. Com a má fase de Bruno Mendes, a falta de confiança em Henrique e a juventude de Sassá, Rafael Marques recebeu uma nova oportunidade e se reergueu até se transformar em herói na conquista do Campeonato Carioca.
- Não fosse o Oswaldo, talvez não teria acontecido isso. Além do título, eu tinha uma meta de poder dar a volta por cima por tudo que aconteceu ao Oswaldo. Mas todos no Botafogo me deram apoio e acreditaram muito em mim - afirmou Rafael Marques.
Sua reestreia foi no empate em 2 a 2 contra o Boavista, quando teve participação nos gols do Botafogo. Desde então, assumiu a posição de titular, conquistou a Taça GUanabara e no dia 16 de março marcou o seu primeiro gol com a camisa do Botafogo, o quarto na goleada de 4 a 0 sobre o Quissamã e o último antes do fechamento do Engenhão.
Rafael Marques marcou quatro gols na vitoriosa campanha alvinegra no Campeonato Carioca (Foto: Satiro Sodré / Agif)
- É continuar trabalhando. Nunca vou deixar de trabalhar, achar que ganhei o mundo. Daqui a uma semana tem Copa do Brasil, que é outro objetivo. É pezinho no chão, comemorar e dar continuidade - disse Rafael Marques
Mesmo em seus melhores momentos, Rafael Marques ainda sofreu com a impaciência da torcida, mas nunca se revoltou contra essa insatisfação ou pela situção no time. Com uma música adaptada de Raul Seixas, dizendo que fará mais um gol, embalou sua virada no clube, conquistando, pelo menos, respeito.
- É um processo normal de um jogador que não jogou muito no ano passado. Você está sempre conhecendo o grupo e era impossível ter esse feeling com a equipe. Aqui, falávamos como o Rafael era bom, estávamos vendo nos treinamentos e, agora, está mostrando isso nos jogos - analisou Seedorf.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/05/de-sobrevivente-heroi-rafael-marques-renasce-das-cinzas.html
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