A CRÔNICA
por
Diego Guichard
Um título que valeu por dois. Na tarde deste domingo, o Inter venceu o
Juventude por 4 a 3 nos pênaltis, no Centenário, em Caxias do Sul, e
saboreou a sua supremacia durante todo o Gauchão. Com a vitória, a
equipe do técnico Dunga, que já havia conquistado o primeiro turno,
também levou para casa a Taça Farroupilha e, de quebra, o direito de
soltar o grito de tricampeão.
A tranquilidade em erguer a taça sem a necessidade de dois jogos finais não foi vista no jogo contra o Juventude. Pelo contrário. Foi uma batalha. Houve equilíbrio durante praticamente toda a disputa, que terminou em 0 a 0, e teve de ser decidida nos pênaltis. Nas cobranças, a maior qualidade e tranquilidade do Inter prevaleceu. Moisés errou o último pênalti e deu o título ao adversário.
Com o 42º título de Estadual assegurado, o Inter agora volta o foco para as competições nacionais. Se prepara para a Copa do Brasil e Brasileirão, enquanto o Juventude inicia os trabalhos visando à disputa da Série D, não sem antes reclamar com intensidade de um gol anulado pelo árbitro Márcio Chagas da Silva, ainda no primeiro tempo.
Primeiro tempo truncando
Assim que o árbitro Márcio Chagas da Silva deu o apito inicial, o time de Dunga projetou-se ao ataque, tentando ocupar o setor ofensivo. Em campo, Dunga escalava o que tinha de melhor: D’Alessandro, Diego Forlán, Damião e companhia.
Só que a ofensividade não está restritamente ligada à efetividade. Do lado Alviverde, Lisca surpreendeu ao colocar o volante Gustavo na vaga do meia Rogerinho. Estava ali claramente armada uma retranca. Só que não se tratava de uma estratégia sem fundamente. O treinador colocava os dez jogadores de linha para marcar. Até mesmo os avançados Bergson e Zulu auxiliavam, fechando as subidas dos laterais Gabriel e Fabrício.
Bronca do Ju
Nesse sistema de erro e acerto, o Ju trabalhava em cima dos erros colorados, cedendo a maior posse de bola ao adversário. Primeiro, aos 10 minutos, Willians acabou desarmado por Bergson na saída de bola. Do lance, surgiu um escanteio. E nesse cruzamento, o lance mais polêmico na partida. O zagueiro Rafael Pereira testou com competência e chegou a comemorar a abertura do placar. Só que Márcio Chagas entendia a marcação de falta em cima de Willians, anulando o gol.
A resposta colorada saiu em lance despretensioso aos 12. Gabriel cruzou em curva, de tal forma que a bola foi em direção a meta. Atento, Fernando se espichou todo para evitar o prejuízo e acabou se colidindo com a própria trave. Seguiu no jogo, após atendimento médico.
O jogo era truncado, quase sem espaços. Aos 15, Bergson arriscou de fora da área. Muriel defendeu, sem problema. Instantes depois, o mesmo Bergson interceptou saída errada de Gabriel e cruzou para a área. Por detalhe, Zulu chegou atrasado.
Se a partida era morna em campo, esquentou com um princípio de
confusão. Willians sofreu falta na lateral de Bergson, e houve
empurra-empurra. D'Alessandro e Lisca discutiram na lateral, mas o juiz
mandou seguir.
Até o fim do primeiro tempo, não foram criadas oportunidades realmente claras. Pelo Inter, Rodrigo Moledo aproveitou cruzamento de Fabrício, mas desviou alto. Só que o Juventude saiu na bronca para o intervalo. O descontentamento estava no semblante fechado e tom de vez do técnico Lisca.
- Nós já sabíamos – resumiu.
Segundo tempo
Parte da torcida do Inter deu mal exemplo durante o intervalo. Houve briga entre torcidas e a Brigada Militar teve de intervir. Mas quando a bola voltou a rolar, os ânimos se acalmavam.
O panorama da partida seguida o mesmo: o Inter com iniciativa e o Juventude nos contra-golpes, de forma inteligente. Aos dois minutos, Fred tentou da intermediária. Bem colocado, Fernando defendeu.
E então veio o lance de Muriel na partida. Depois de cobrança de falta, Diogo ajeitou de cabeça e Zulo bateu como recomenda o manual de centroavantes: com força e velocidade. Só não contava com o braço salvador do camisa 1 do Inter, que se jogava no gramado e operava lance digno de beatificação.
Só que o Juventude recuava em excesso, se defendendo com duas linhas, deixando somente Zulu como referência ofensiva. Já o Inter ciscava, girava, mas pouco finalizava. Veio então um problema para Dunga. Damião caiu no gramado, chorando de dor. Teve de ser substituído por Caio. Ou seja, o treinador mudava o estilo de jogo: centralizava Forlán e abria lances de velocidade com o atleta recém ingresso. Do lado alviverde, Rogerinho entrava na vaga de Bergson.
A partida esquentou e ganhou intensidade nos minutos finais. Por duas vezes, Fernando salvou a equipe de Lisca. Após cruzamento de Forlán, Fabrício cabeceou e o goleiro fez grande defesa. Na sequência, Fred girou na intermediária e fez uma pancada precisa. Mais uma vez, o arqueiro espalmou.
O Inter tomou conta do jogo, amassou o adversário, mas a bola não entrou. Com isso, veio o drama dos pênaltis. E a angústia só aumentou para os colorados. O ídolo D'Alessandro cobrou o primeiro e perdeu. Mas depois Juan, Forlán, Fabrício e Caio marcaram e ainda contaram com o erro de Moisés para coroar a campanha com a taça.
A tranquilidade em erguer a taça sem a necessidade de dois jogos finais não foi vista no jogo contra o Juventude. Pelo contrário. Foi uma batalha. Houve equilíbrio durante praticamente toda a disputa, que terminou em 0 a 0, e teve de ser decidida nos pênaltis. Nas cobranças, a maior qualidade e tranquilidade do Inter prevaleceu. Moisés errou o último pênalti e deu o título ao adversário.
Com o 42º título de Estadual assegurado, o Inter agora volta o foco para as competições nacionais. Se prepara para a Copa do Brasil e Brasileirão, enquanto o Juventude inicia os trabalhos visando à disputa da Série D, não sem antes reclamar com intensidade de um gol anulado pelo árbitro Márcio Chagas da Silva, ainda no primeiro tempo.
Primeiro tempo truncando
Assim que o árbitro Márcio Chagas da Silva deu o apito inicial, o time de Dunga projetou-se ao ataque, tentando ocupar o setor ofensivo. Em campo, Dunga escalava o que tinha de melhor: D’Alessandro, Diego Forlán, Damião e companhia.
Só que a ofensividade não está restritamente ligada à efetividade. Do lado Alviverde, Lisca surpreendeu ao colocar o volante Gustavo na vaga do meia Rogerinho. Estava ali claramente armada uma retranca. Só que não se tratava de uma estratégia sem fundamente. O treinador colocava os dez jogadores de linha para marcar. Até mesmo os avançados Bergson e Zulu auxiliavam, fechando as subidas dos laterais Gabriel e Fabrício.
Bronca do Ju
Nesse sistema de erro e acerto, o Ju trabalhava em cima dos erros colorados, cedendo a maior posse de bola ao adversário. Primeiro, aos 10 minutos, Willians acabou desarmado por Bergson na saída de bola. Do lance, surgiu um escanteio. E nesse cruzamento, o lance mais polêmico na partida. O zagueiro Rafael Pereira testou com competência e chegou a comemorar a abertura do placar. Só que Márcio Chagas entendia a marcação de falta em cima de Willians, anulando o gol.
A resposta colorada saiu em lance despretensioso aos 12. Gabriel cruzou em curva, de tal forma que a bola foi em direção a meta. Atento, Fernando se espichou todo para evitar o prejuízo e acabou se colidindo com a própria trave. Seguiu no jogo, após atendimento médico.
O jogo era truncado, quase sem espaços. Aos 15, Bergson arriscou de fora da área. Muriel defendeu, sem problema. Instantes depois, o mesmo Bergson interceptou saída errada de Gabriel e cruzou para a área. Por detalhe, Zulu chegou atrasado.
Leandro Damião disputa a bola com o zagueiro do Juventude (Foto: Itamar Aguiar / Futura Press)
Até o fim do primeiro tempo, não foram criadas oportunidades realmente claras. Pelo Inter, Rodrigo Moledo aproveitou cruzamento de Fabrício, mas desviou alto. Só que o Juventude saiu na bronca para o intervalo. O descontentamento estava no semblante fechado e tom de vez do técnico Lisca.
- Nós já sabíamos – resumiu.
Segundo tempo
Parte da torcida do Inter deu mal exemplo durante o intervalo. Houve briga entre torcidas e a Brigada Militar teve de intervir. Mas quando a bola voltou a rolar, os ânimos se acalmavam.
O panorama da partida seguida o mesmo: o Inter com iniciativa e o Juventude nos contra-golpes, de forma inteligente. Aos dois minutos, Fred tentou da intermediária. Bem colocado, Fernando defendeu.
E então veio o lance de Muriel na partida. Depois de cobrança de falta, Diogo ajeitou de cabeça e Zulo bateu como recomenda o manual de centroavantes: com força e velocidade. Só não contava com o braço salvador do camisa 1 do Inter, que se jogava no gramado e operava lance digno de beatificação.
Só que o Juventude recuava em excesso, se defendendo com duas linhas, deixando somente Zulu como referência ofensiva. Já o Inter ciscava, girava, mas pouco finalizava. Veio então um problema para Dunga. Damião caiu no gramado, chorando de dor. Teve de ser substituído por Caio. Ou seja, o treinador mudava o estilo de jogo: centralizava Forlán e abria lances de velocidade com o atleta recém ingresso. Do lado alviverde, Rogerinho entrava na vaga de Bergson.
A partida esquentou e ganhou intensidade nos minutos finais. Por duas vezes, Fernando salvou a equipe de Lisca. Após cruzamento de Forlán, Fabrício cabeceou e o goleiro fez grande defesa. Na sequência, Fred girou na intermediária e fez uma pancada precisa. Mais uma vez, o arqueiro espalmou.
O Inter tomou conta do jogo, amassou o adversário, mas a bola não entrou. Com isso, veio o drama dos pênaltis. E a angústia só aumentou para os colorados. O ídolo D'Alessandro cobrou o primeiro e perdeu. Mas depois Juan, Forlán, Fabrício e Caio marcaram e ainda contaram com o erro de Moisés para coroar a campanha com a taça.
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