Número 3 cerca a Seleção nos Jogos, mas técnico diz que acredita mais no trabalho do que na sorte. Vitória contra Coreia do Sul vale vaga na decisão
Nos quatro primeiros títulos do Brasil na Copa do Mundo,
Zagallo tinha o 13 como aliado. Em 2002, Luiz Felipe Scolari usou um
cálculo maluco no vestiário para motivar Ronaldo & cia. antes da
conquista do penta. A "numerologia" tem dado certo para a Seleção e
esbarrou com o time nas Olimpíadas. O 3 anda cercando o time de Mano
Menezes: três gols em cada partida até agora, três jogadores com mais de
23 anos, o capitão usa a camisa 3, o craque balançou a rede três
vezes... A sorte será testada novamente nesta terça-feira contra a
Coreia do Sul pela semifinal, em Manchester, mas o técnico descarta a
superstição para ajudar a levar a equipe à decisão dos Jogos pela
primeira vez desde 1988. A partida começa às 15h45m (de Brasília), com
transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real no
GLOBOESPORTE.COM.
A caminhada rumo ao topo do pódio começou com 3 a 2 sobre o Egito, teve
3 a 1 contra a Bielorrússia, fechou a primeira fase com 3 a 0 sobre a
Nova Zelândia e passou pelas quartas com 3 a 2 em cima de Honduras.
Principal nome do time de Mano, Neymar tem três gols, um a menos que
Leandro Damião. Capitão e referência para os mais jovens, Thiago Silva,
que vestia a 33 no Milan antes de acertar com o Paris Saint-Germain, tem
o 3 nas costas nos Jogos. Como manda a regra do torneio, três atletas
com mais de 23 anos foram chamados: Thiago Silva, o lateral-esquerdo
Marcelo e o atacante Hulk. Mas o treinador garante: superstição não
ganha jogo.
- Diferentemente do técnico lembrado (Zagallo, que acreditava no número 13), eu acredito no trabalho. Não creio que seja o essencial de um profissional acreditar em um número. Não tenho preferência pelo número 3. Tenho preferência por fazer um gol a mais do que o adversário – disse Mano, abrindo um largo sorriso.
Adorador do 13, Zagallo foi bicampeão mundial em 1958 e 1962 como jogador. Depois, comandou a Seleção no tri em 1970 e retornou 24 anos depois para auxiliar Carlos Alberto Parreira no tetra. O caso de Felipão é curioso e pouco conhecido. Até hoje o vestiário do estádio de Yokohama, no Japão, guarda um quadro com contas do técnico no dia da decisão contra a Alemanha em 2002. O total das somas indicava o ano que o Brasil seria campeão, de acordo com os títulos anteriores: "Alemanha: 1974 + 1990 = 3.964; Argentina: 1978 + 1986 = 3.964; Brasil: 1970 + 1994 = 3.964; Brasil: 1962 + 2002 = 3.964". Mas a matemática do treinador falhou na previsão para o hexa, já que a última anotação tinha: "Brasil: 1958 + 2006 = 3.964".
Thiago Silva, o homem de confiança: camisa 3
Para deixar a superstição de lado e fazer um trabalho bem feito dentro de campo, Mano tem Thiago Silva como homem de confiança. O capitão tem sido o responsável por mostrar ao grupo a importância que será para o Brasil a conquista do ouro. Para motivar ainda mais os companheiros, o defensor tem usado o fator psicológico na concentração. Em 2008, o "Monstro" fez parte do time que ficou em terceiro lugar.
- Antes do jogo contra Honduras, eu mostrei a medalha de bronze que ganhei em Pequim. Disse ao grupo que não queria parar ali, que o meu sonho era outro. Para ganhar da Seleção, o adversário vai ter correr mais do que o nosso time. E correr mais do que a Seleção ninguém vai conseguir. Podem até ganhar porque o futebol é assim, mas não será fácil – disse o zagueiro.
Treino tático e mistério na escalação da Seleção
E dos 12 gols marcados, Leandro Damião é o artilheiro do time, com
quatro. Neymar aparece em seguida, com três. Os dois, por sinal, serão
titulares da equipe de Mano Menezes, que fez um treino tático na véspera
do confronto.
O treinador não quis anunciar a escalação de forma antecipada, mas mudanças podem acontecer na equipe, principalmente para melhorar o setor defensivo, que não tem demonstrado segurança nas últimas partidas.
Durante o treino de segunda-feira, Mano conversou com Sandro, Rafael e Juan. Talvez acertando os últimos detalhes do posicionamento para o confronto diante dos sul-coreanos
.- Só vou divulgar a escalação no prazo estipulado pela organização do jogo – disse Mano Menezes, no último domingo, em coletiva realizada em Old Trafford.
Sul-coreanos em busca da dispensa do serviço militar
Para os sul-coreanos chegar à final das Olimpíadas significa mais do
que a possibilidade de disputar a medalha de ouro. A conquista de uma
das três colocações no torneio dá aos atletas o direito de serem
dispensados do serviço militar obrigatório do país.
Os homens entre 19 e 30 anos devem cumprir dois anos de serviço militar obrigatório. Porém, por lei, em caso de medalha nas Olimpíadas ou conquista do ouro nos Jogos Asiáticos, o prêmio é a dispensa.
Thiago Silva comentou o bônus que os atletas sul-coreanos têm para vencer o Brasil, mas afirmou que o time canarinho também tem uma injeção de ânimo para chegar ao tão sonhado ouro.
- É um sonho que temos. Querendo ou não, é uma motivação à parte a dispensa do serviço militar para eles. Mas nós temos que fazer o nosso trabalho. Se eles estão em busca de um objetivo para fugir de uma coisa, nós estamos em busca de uma conquista inédita.
O número da sorte do Brasil nos Jogos: 3 está na camisa do capitão Thiago Silva (Foto:Rafael Ribeiro/CBF)
- Diferentemente do técnico lembrado (Zagallo, que acreditava no número 13), eu acredito no trabalho. Não creio que seja o essencial de um profissional acreditar em um número. Não tenho preferência pelo número 3. Tenho preferência por fazer um gol a mais do que o adversário – disse Mano, abrindo um largo sorriso.
Adorador do 13, Zagallo foi bicampeão mundial em 1958 e 1962 como jogador. Depois, comandou a Seleção no tri em 1970 e retornou 24 anos depois para auxiliar Carlos Alberto Parreira no tetra. O caso de Felipão é curioso e pouco conhecido. Até hoje o vestiário do estádio de Yokohama, no Japão, guarda um quadro com contas do técnico no dia da decisão contra a Alemanha em 2002. O total das somas indicava o ano que o Brasil seria campeão, de acordo com os títulos anteriores: "Alemanha: 1974 + 1990 = 3.964; Argentina: 1978 + 1986 = 3.964; Brasil: 1970 + 1994 = 3.964; Brasil: 1962 + 2002 = 3.964". Mas a matemática do treinador falhou na previsão para o hexa, já que a última anotação tinha: "Brasil: 1958 + 2006 = 3.964".
saiba mais
Com ou sem superstições, o outro finalista das Olimpíadas será
conhecido a partir das 13h, em Londres, no duelo entre México e Japão. A
disputa do terceiro lugar será na sexta, às 15h45m, em Cardiff (País de
Gales). A decisão do ouro está marcada para sábado, às 11h, no Estádio
de Wembley, na capital inglesa. O Brasil já disputou duas finais
olímpicas e teve duas pratas: 1984 e 1988, derrotado por França e União
Soviética, respectivamente. Em 1996 e 2008, a Seleção ficou com o
bronze.Thiago Silva, o homem de confiança: camisa 3
Para deixar a superstição de lado e fazer um trabalho bem feito dentro de campo, Mano tem Thiago Silva como homem de confiança. O capitão tem sido o responsável por mostrar ao grupo a importância que será para o Brasil a conquista do ouro. Para motivar ainda mais os companheiros, o defensor tem usado o fator psicológico na concentração. Em 2008, o "Monstro" fez parte do time que ficou em terceiro lugar.
- Antes do jogo contra Honduras, eu mostrei a medalha de bronze que ganhei em Pequim. Disse ao grupo que não queria parar ali, que o meu sonho era outro. Para ganhar da Seleção, o adversário vai ter correr mais do que o nosso time. E correr mais do que a Seleção ninguém vai conseguir. Podem até ganhar porque o futebol é assim, mas não será fácil – disse o zagueiro.
Treino tático e mistério na escalação da Seleção
Jogadores no último treino antes da semifinal: mistério de Mano (Foto: Rafael Ribeiro / CBF.com)
O treinador não quis anunciar a escalação de forma antecipada, mas mudanças podem acontecer na equipe, principalmente para melhorar o setor defensivo, que não tem demonstrado segurança nas últimas partidas.
Durante o treino de segunda-feira, Mano conversou com Sandro, Rafael e Juan. Talvez acertando os últimos detalhes do posicionamento para o confronto diante dos sul-coreanos
.- Só vou divulgar a escalação no prazo estipulado pela organização do jogo – disse Mano Menezes, no último domingo, em coletiva realizada em Old Trafford.
Sul-coreanos em busca da dispensa do serviço militar
Coreia do Sul eliminou Grã-Bretanha nos
pênaltis (Foto: Agência Reuters)
pênaltis (Foto: Agência Reuters)
Os homens entre 19 e 30 anos devem cumprir dois anos de serviço militar obrigatório. Porém, por lei, em caso de medalha nas Olimpíadas ou conquista do ouro nos Jogos Asiáticos, o prêmio é a dispensa.
Thiago Silva comentou o bônus que os atletas sul-coreanos têm para vencer o Brasil, mas afirmou que o time canarinho também tem uma injeção de ânimo para chegar ao tão sonhado ouro.
- É um sonho que temos. Querendo ou não, é uma motivação à parte a dispensa do serviço militar para eles. Mas nós temos que fazer o nosso trabalho. Se eles estão em busca de um objetivo para fugir de uma coisa, nós estamos em busca de uma conquista inédita.
Gabriel, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Leandro Damião. | Jung; Yun, Kim Y, Hwang e Kim C; Ki, Ji, Nam , Koo e Park J; Park C. |
Técnico: Mano Menezes | Técnico: Hong Myung Bo. |
Data: 7/7/2012. Horário: 15:45 (de Brasília). Local: Old Trafford, em Manchester (Inglaterra). Árbitro: Pavel Královec (Rep. Tcheca). Auxiliares: Martin Wilczek (Rep. Tcheca) e Antonin Kordula (Rep. Tcheca) |
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Transmissão: Acompanhe a partida ao vivo pelo Sportv e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM. FONTE: http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/de-3-em-3-mano-descarta-supersticao-para-levar-brasil-final-apos-24-anos.html |
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