sexta-feira, 8 de maio de 2015

Ex-diretor critica gastos com futebol e vê Timão obrigado a vender jogadores

Em publicação nas redes sociais, Raul Corrêa da Silva lembra que Timão desembolsa 10% de seu orçamento para pagar salários dos reservas Dracena, Cristian e Love


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São Paulo

 
Estevam Pereira e Raul Corrêa da Silva reunião Coritnthians (Foto: Rodrigo Faber)Raul Corrêa da Silva durante evento no Corinthians (Foto: Rodrigo Faber)


Ex-diretor de finanças do Corinthians, Raul Corrêa da Silva usou uma rede social para comentar os problemas de caixa vividos pelo Timão nos últimos meses. Responsável pelos cofres nas gestões de Andrés Sanchez e Mário Gobbi Filho, ele culpou o alto investimento na contratação de jogadores pela crise.

– O aperto financeiro atual é fruto de investimento pela diretoria de futebol, cerca de 120 milhões em dois anos – escreveu.

Silva ainda lembrou que o Corinthians vem gastando com jogadores que estão sendo pouco aproveitados pelo técnico Tite até o momento. No início do ano, o Timão acertou as vindas do zagueiro Edu Dracena, do volante Cristian e do atacante Vagner Love, todos com salários elevados. 
Nenhum deles é titular.

– Como é difícil reduzir despesas, precisamos evitar que ela cresça. Por exemplo, neste ano foram contratados três reservas que juntos são quase 10% do orçamento. Nos últimos anos foram outros nomes. Isso arrebenta qualquer planejamento financeiro – postou.

O ex-dirigente ainda se manifestou favorável à venda de jogadores para equilibrar as contas novamente. Em 2015, o Corinthians negociou o meio-campista Lodeiro com o Boca Juniors. O zagueiro Gil, em alta desde o ano passado, é um dos cotados a deixar o clube na janela de transferências do meio da temporada.

- O orçamento do Corinthians, que está no site desde dezembro, demonstra a necessidade de alienação de direitos econômicos de atletas, o que não ocorreu – reforçou Corrêa.

O Corinthians deve vários meses de direito de imagem a alguns jogadores: Ralf, Danilo, Guerrero, Elias, Renato Augusto e Emerson. Em alguns casos, o problema chega a oito meses. O Timão vem buscando um empréstimo bancário para resolver o problemas, mas, até agora, não conseguiu a aprovação.

- Rolar a dívida através de empréstimos ou antecipação de contratos é fundamental para fechar as contas. O momento do país é que atrapalha o crédito. Quando saí, estávamos com os direitos entre um e três meses de atraso. Aparentemente isso virou cinco e oito. Não tem milagre, o departamento financeiro consegue administrar, mas tem limites. Tem que ter receita e segurar despesas. Por exemplo, todos nós ficamos felizes com a renovação do Maicon (Malcom), porém, seu salário aumentou e não houve redução de outro – publicou o ex-diretor de finanças.


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