Treinador do Figueirense vê resultado como previsível após poupar quase todos os jogadores titulares para duelo diante do Avaí, pela segunda rodada da Copa do BR
Sofrer uma derrota na estreia de uma competição não é nada bom, mas sempre é possível tirar algo de positivo. Esse é o pensamento de Argel Fucks, treinador do Figueirense, equipe goleada na primeira rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Diante do Sport, em Recife, o Alvinegro perdeu por 4 a 1 e começou com o pé esquerdo a disputa nacional. Para o comandante do Figueira, a experiência dada aos jogadores reservas na tarde deste domingo precisa ser levada em conta. Com a decisão da Copa do Brasil se aproximando, Argel preferiu poupar os titulares, que permaneceram em Florianópolis.
- A gente fez um planejamento para o jogo de quarta-feira por ser uma viagem longa, mas claro que não era o resultado que a gente gostaria de ter conseguido, faz parte do futebol você perder de 4 a 1, jogando aqui na ilha. Ano passado, se não me engano, o Figueirense perdeu por 3 a 0 para o Fluminense no Maracanã. Então são coisas que acontecem dentro do futebol. Nós corríamos o risco, sabíamos que poderia acontecer isso, mas o mais importante é que demos experiência para essa garotada, são jogadores jovens, demos oportunidades - disse ele.
O próximo desafio do Figueira na Série A será diante do Vasco da Gama, no próximo domingo, dia 17 de maio, às 11h, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Porém, antes disso, o Alvinegro tem um importante compromisso no calendário. Na quarta-feira, também dentro dos seus domínios, os comandados de Argel Fucks recebem o rival Avaí, no duelo de volta pela segunda fase da Copa do Brasil. No primeiro jogo, na Ressacada, o Leão venceu por 1 a 0.
Argel Fucks figueirense (Foto: Aldo Carneiro
/ Pernambuco Press)
O jogo
- O mais importante é que a gente conseguiu correr, conseguimos trabalhar, não fizemos um bom jogo, tivemos um jogador expulso, dois pênaltis que, no meu entender, são pênaltis, não deixam dúvida. Mas o mais importante é pensarmos no planejamento do campeonato que a gente fez. A responsabilidade sempre é do treinador, até porque nunca fugi de responsabilidade. Então esse resultado pode colocar na minha conta, até porque é dessa forma que a gente trabalha. Os jogadores lutaram correram, deram o que podiam dar.
Falta de entrosamento atrapalhou?
- A partir do momento que você muda todo o time, é normal, você acaba correndo o risco. Eu lembro da minha estreia aqui no Brasileiro do ano passado, há um ano, contra o Cruzeiro. Faltava entrosamento para aquele time? Aquele time vinha jogando praticamente junto e nós tomamos cinco. Cada jogo tem uma história. Volto a dizer: fizemos um planejamento até por ser uma viagem longa, lugar distante, vamos chegar amanha às 21h. Os jogadores correram, lutaram, não vamos colocar a culpa no entrosamento. Temos que assumir as responsabilidade. Fizemos um planejamento juntos, sentamos juntos com a diretoria, com os médicos, o Marquinhos (preparador físico) acabou ficando lá, o Tedeschi (treinador de goleiros) acabou ficando lá, tudo isso é pensado. Sabíamos que poderíamos correr esse risco. Não adianta ficar aqui lamentando. A pior coisa é não dar oportunidade, não podem reclamar. Muitos já foram titulares e podem voltar novamente. Temos que levantar a cabeça e nos preparar.
Time poderia render mais ou o Sport rendeu muito?
- O Sport jogou com o que tinha de melhor, e eu vim aqui sem 10 jogadores titulares. A partir do momento que temos uma decisão de fazer o que fizemos e assumir esse risco e essa responsabilidade, faz parte do futebol. Não é uma coisa que tira a minha concentração. Claro que estamos tristes, claro que ficamos chateados da maneira que foi, então são coisas que acontecem. Os jogadores tiveram oportunidades, se mostraram. Internamente vamos fazer as nossas avaliações, ver quais jogadores vamos contar, até porque está chegando jogadores novos, o grupo está ficando um pouco inchado. Queríamos dar essa oportunidade até para os jogadores depois não reclamarem que foi tomada alguma decisão e ele não teve oportunidade de jogar. Não, ele teve. É dessa forma e nessa diretriz que nós trabalhamos.
Atuações individuais
- Eu não vou individualizar, nunca fiz isso, não vou nem dizer que o jogador foi bem ou que foi mal. Nós perdemos, e a responsabilidade é minha, que sou o treinador. O planejamento foi feito em conjunto. É o primeiro jogo do campeonato. Perder de um, perder de três ou de quatro não muda muita coisa, é a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Ano passado também foi assim, na minha chegada também foi assim. Temos que recuperar todo mundo. Quem agarrou a oportunidade vai dar sequência no seu trabalho, quem não agarrou vai ter que esperar, ir para outro clube, vai ter que treinar em um horário separado. A gente sempre procura tratar todo mundo igual e com a mesma franqueza e dando oportunidade. E é dentro dessa forma que vamos tratar internamente dentro do clube.
Mudanças no time
- Acabamos um campeonato e sempre tem uma avaliação da parte técnica, física, tática. A gente deveria ter feito isso, mas queríamos dar oportunidade para eles se mostrarem. Tem jogador, por exemplo, que está acabando o contrato, falta um, dois meses. Temos que tomar uma decisão de liberar, renovar, até para ele seguir a vida. É uma coisa que é normal dentro dos clubes, principalmente os clubes de Santa Catarina. Isso vamos ver o mais rápido possível, até porque essa semana deve chegar nova contratação e até para a gente não ter um grupo tão inchado.
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FONTE:
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