Jogadoras do Praia Clube relatam convivência com animais de estimação em Uberlândia. Cuidados com os cães são administrados com rotina da Superliga
É difícil dissociar a relação de dono e bichinhos de estimação com a
mesma entre pais e filhos. Ao menos é o que garantem as jogadoras de vôlei de
Uberlândia Sassá, Juliana Carrijo e Isabela Paquiardi, que incluem na rotina
desgastante de treinos e jogos na Superliga Feminina um tempinho extra para dedicação
aos cães.
Ponta Sassá é dona dos bassets Joey e Luck,
que vivem com ela em Uberlândia
(Foto: Sassá/Arquivo Pessoal)
Longe da família e da terra natal, Barbacena, a campeã olímpica Sassá vive em
companhia de Joey e Luck, dois bassets de sete e seis anos que não se desgrudam
da "mãezona" por quase nada. A ressalva são as partidas fora de Uberlândia,
quando a atleta fica ausente por até dois dias.
A ponteira contou que o carinho pelos animais começou ainda na
infância entre a vontade e o sonho de se tornar veterinária. A paixão pela bola
falou mais alto, embora o carinho pelos pequenos não tenha diminuído em nada.
- Não tem como não tratá-los como filhos. Chamo de meus amores, brigo quando
tem que brigar, agrado com o que eles mais gostam e acaba sendo como cuidar de crianças
mesmo.
Isabela conta que Nino é a maior alegria da atleta (Foto: Isabela Paquiardi/Arquivo Pessoal)
Despedir temporariamente dos dois talvez seja uma das situações que mais cortam
o coração da atleta, uma vez que eles ficam próximo à mala sempre que vai
arrumar as coisas para viajar. Sassá contou que, por causa da mania que eles
têm de entrar na mala e ficarem deitados até tirá-los de lá, uma vez Luck
entrou e a mala se fechou sem que ela visse, fazendo o cão ficar preso. Ela
ficou procurando por meia hora e só conseguiu encontrar o cachorro depois de
perceber que Joey estava chorando e parado perto da mala.
Ter a companhia de Nino, o filhote da raça lhasa que fica sob os
cuidados da ponteira Isabela Paquiardi, também é um dos fatores que motivam a
atleta, natural de Birigui-SP, diariamente e amenizam um pouco a saudade de casa e da
família.
- Tenho um carinho e um amor inexplicável. Às vezes ele faz a maior
bagunça e
tenho que brigar um pouquinho. Mas minha maior alegria em casa é estar
com ele.
Sempre que chego dos treinos, ou dos jogos e viagens, ele me recebe todo
feliz e
retribuo com a atenção, até porque como nossa vida é corrida se não for
atenciosa eu enlouqueço o bichinho, tadinho – disse a jogadora.
A shih tzu Belinha vive
uma relação completa de mãe e filha com a levantadora Ju Carrijo. Dividir as
atenções com a cadelinha de quatro anos passou a ser desde então uma das
prioridades da atleta do Praia Clube, que não poupa esforços para suprir a
ausência quando sai para jogar.
Levantadora trata shih tzu como filha
(Foto: Juliana Carrijo/Arquivo Pessoal)
(Foto: Juliana Carrijo/Arquivo Pessoal)
- Não sei
explicar o porquê de gostar tanto de animais, mas quando vejo aquelas fofurinhas,
eu me apaixono. Sempre depois dos treinos e viagens, quando chego em casa ela
fica querendo brincar, aí brinco, faço carinho na barriga e ela ama – contou.
Pelas redes
sociais da levantadora, os fãs e amigos conseguem perceber muito bem a sintonia
entre as duas, muitas vezes retratada por fotos e mensagens de afeto. Por morar
junto à família e ser de Uberlândia, para Ju a rotina com a Belinha é mais
fácil de conciliar, já que quando viaja sempre tem alguém para paparicar a shih
tzu.
- A Belinha
é a xodozinha lá de casa, brinco dizendo que ela é a nossa princesinha. O amor
que temos por ela é de família mesmo, como se fosse uma filha ou irmã. Sempre
ela está conosco, até quando vamos para o rancho e a levamos. Ela ama.
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