quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

"Aéreo", Vasco põe os pés no chão e evita derrota, mas erro impede virada

CAMPEONATO CARIOCA 2015 - TAÇA GUANABARA (1ª FASE) - 5ª RODADA


Volta de Thalles faz time levantar 22 bolas em jogo com bonito gol do time visitante, boa presença de Rafael Silva e lance capital contra os anfitriões


 A CRÔNICA


por GLOBOESPORTE.COM

De costas e com os pés no chão, Rafael Silva usou a cabeça para evitar uma derrota inesperada para o Barra Mansa em São Januário. O time do Vale do Paraíba segurava a vitória até os 35 minutos – Vitinho fez bonito gol em chute de fora da área – e, pelo menos, garantiu resultado que o deixou na 12ª posição. Mesmo no G-4, com 11 pontos, o empate preocupa o torcedor vascaíno para a sequência no Campeonato Carioca e mais ainda para o Brasileirão. Apesar da fraca atuação, o time de Doriva, aos trancos e barrancos, quase virou o jogo. A bandeirinha, porém, errou ao anular gol legal de Marcinho aos 45 minutos.

Com Thalles de volta ao time titular, o Cruz-Maltino jogou mal, exagerou nas bolas aéreas e se salvou novamente nas jogadas de bola parada. Foram 22 cruzamentos ao todo na partida. Poucas tiveram conclusão efetiva de Thalles, muito acionado, mas pouco produtivo. Ironicamente, foi Rafael Silva quem marcou, de cabeça, em nova jogada de bola parada.


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Menos de cinco mil pessoas pagaram para ver o empate entre Vasco e Barra Mansa – 4.077 pagantes, com 4478 presentes e uma renda de R$ 69.635. No domingo, o primeiro clássico do Carioca: Fluminense e Vasco se enfrentam no Engenhão, às 18h30 (de Brasília). O Barra Mansa joga apenas no dia 25, às 19h30, no estádio Leão do Sul.

A mudança na forma de jogar do Vasco estava clara desde o início da partida. Primeiro com Nei, depois duas vezes com Bernardo, os jogadores procuravam o atacante com bolas altas na área – foram nove no primeiro tempo. A única cabeçada, porém, só veio nos acréscimos, com Thalles tocando para fora em cobrança de falta de Bernardo.

O Barra Mansa, mesmo muito fechado, se aproveitou com inteligência dos erros de passe e ameaçou antes. Montoya errou no meio de campo, e rapidamente o time visitante saiu na cara de Martín Silva. Para sorte do Vasco, o goleiro uruguaio defendeu o chute de trivela de Leandro Teixeira.

Ousadia e surpresa

O trio ofensivo vascaíno – Montoya, Marcinho e Bernardo – não tinha muito apoio dos laterais e volantes, ficando muito previsível na armação de jogadas. O colombiano, num lance, passou para Christiano, que não dominou, e na jogada seguinte, também pela esquerda, Bernardo lançou. Marcinho, no mano a mano, driblou dois e chutou no canto de Thiago Leal. Sem sucesso.

Doriva mexeu no time para a segunda etapa. Julio dos Santos entrou na vaga de Serginho, e Rafael Silva, no de Montoya. Rafael fez duas boas jogadas, na segunda deixou Thalles na cara do gol. O atacante chutou forte, mas em cima do goleiro. Mas num erro de passe de Guiñazu, a zebra pintou em São Januário. Vitinho recebeu no meio da zaga do Vasco, dominou, ajeito e chutou no ângulo de Martín Silva: golaço e 1 a 0 para o Barra Mansa, aos oito minutos.

Lorran ainda entrou na vaga de Christiano. A melhor chance do Vasco veio num cruzamento de Julio dos Santos. A bola desviou na zaga, e Marcinho perdeu um gol incrível. Aos 35, Bernardo cruzou, e Rafael Silva, de costas para o gol, finalmente venceu Thiago Leal. O Vasco pressionou do jeito que deu, viu Bernardo e André Duarte serem expulsos após agressões mútuas e até marcou. Mas a arbitragem errou ao anular o gol de Marcinho – o toque para trás foi feito por uma adversário. No fim, xingamentos contra a bandeirinha e vaias ao time do Vasco.




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