quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Em branco contra o Colo-Colo, Jô ganha "festa" de um ano sem gol

Torcida não perdoa atacante, que chega a 26 jogos sem balançar as redes, e cria evento em rede social para comemorar última vez que atacante comemorou gol


Por
Santiago

 
Era para ser o jogo da redenção. O último gol foi contra o Zamora-VEN, na Libertadores, em abril de 2014. De lá pra cá se passaram 313 dias e 26 jogos pelo Galo. E nada de gols do atacante . Neste tempo, vários fracassos. A participação apagada com a Seleção na Copa, jejum de gols, além de recorrentes problemas disciplinares, que culminaram com o afastamento do atacante do grupo alvinegro, em novembro. Depois de um voto de confiança em 2015, Jô ganhou a oportunidade de ouro: substituir o lesionado Lucas Pratto na estreia do Galo na Libertadores, contra o Colo-Colo. 

Mas, com uma atuação decepcionante, o atacante mais uma vez desperdiçou a chance de desencantar e não foi perdoado pela torcida, que criou nas redes um "evento" para comemorar o aniversário de um ano do último gol marcado pelo atleta.

jo atletico-mg (Foto: Reprodução)
Torcida cria evento em rede social para 
comemorar última vez que atacante 
balançou as redes (Foto: Reprodução)


Em 74 minutos que esteve em campo, o atacante finalizou apenas uma vez e acertou o mesmo números de passes que o goleiro Victor: quatro. No início do primeiro e do segundo tempo, demorou mais de dez minutos para encostar pela primeira vez na bola. Confira abaixo o passo a passo do atacante durante a estreia do Atlético-MG na Libertadores.


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Antes do jogo

Jô foi o 13º jogador a descer do ônibus do Atlético-MG no estádio Monumental David Arellano. Com um fone de ouvido dos grandes e uma caixa de som nas mãos, o centroavante comandou a trilha sonora no trajeto do hotel até o estádio. No aquecimento, olhar distante. Jô estava concentrado, mas não era nem de longe o mais dedicado aos gritos de motivação do preparador físico Rodolpho Mehl. Parecia imaginar o cenário ideal para sua redenção, o que não aconteceu.

Segundos antes de a bola rolar, os jogadores alvinegros se reuniram em um círculo, e as últimas palavras foram justamente do atacante. Uma grande evidência que, mesmo tendo sido afastado do grupo por indisciplina na última temporada, o jogador ainda é muito respeitado e representa uma liderança no elenco.



Primeiro tempo

Nos primeiros 15 minutos, Jô praticamente não pegou na bola. Posicionava, corria e buscava espaços para receber em boas condições. Aos 17 minutos, saiu da área para receber a bola para participar mais do jogo. Em seguida, Patrick chegou à linha de fundo e cruzou. O desvio na zaga matou o centroavante atleticano, que ainda tentou completar de letra. O entrosamento ainda se mostrou falho, o centroavante se movimentava pouco e esperava as bolas no pé. 

Aos 32 minutos, a grande chance. Em um lateral cobrado por Patrick, Jô tocou a bola para o meio da área de cabeça. Luan tentou dominar, e a bola sobrou limpa para o centroavante. Desajeitado, ele acabou chutando com a perna esquerda, sem ângulo e de bico. A bola balançou as redes, mas do lado de fora.

Jó, Colo Colo X Atlético-mg (Foto: Agência Reutes)Jô lamenta chance desperdiçada na partida contra o Colo-Colo, no Chile (Foto: Agência Reutes)


Segundo tempo

Aos cinco minutos do segundo tempo, Luan foi até a linha de fundo e tinha a chance de chutar para o gol. O companheiro quis consagrar e acabar com o jejum de Jô, mas acabou errando o passe, perdendo uma grande chance.  Aos 12 minutos, Jô pegou pela primeira vez na bola no segundo tempo, fez o pivô e recebeu uma forte dividida. Se jogou no chão, gritou e se debateu de dor. Nada que comovesse o árbitro, que mandou o jogo seguir.

- É preciso ter inteligência de jogar fora de casa, não é se expor tanto. Nos expomos muito e sofremos com o toque de bola deles. Não tivemos pegada. Na Libertadores, é preciso saber jogar fora. A gente corre atrás do cara e toma o totó deles - analisou o jogador, já após a derrota por 2 a 0 para o Colo-Colo.

Aos 29 minutos do segundo tempo, Jô encerrou sua participação na partida. Cesinha entrou no lugar do centroavante e lá se foi mais uma partida sem gol do atacante. Mas não será a última chance. Afinal, Pratto ainda não se recuperou da contusão, dando chances para um dos heróis da conquista mais importante da história do Atlético-MG voltar a sorrir e fazer sorrir.


(*) Colaboraram Fernando Martins Y Miguel e Gabriel Duarte


FONTE:
http://glo.bo/17usJo9

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