Flavia Figueiredo disputa competição na Coreia do Sul, tem expectativa de título e lembra passado: "Nunca desliguei na cara de ninguém, sempre tentei ajudar"
"Eu
vou estar tentando resolver isso para você". Boa parte das pessoas já
ouviu essa frase de uma operadora de telemarketing. A hoje boxeadora da
seleção brasileira Flavia Figueiredo já foi caixa de uma loja de
eletrônicos, recepcionista, trabalhou em uma academia e também atendeu
as pessoas que ligavam reclamando de sua empresa. Flavia está em Jeju,
na Coreia do Sul, para a disputa do Campeonato Mundial da modalidade,
que tem início neste domingo. A atleta da categoria pesado (até 75kg) é
fã do americano Myke Tyson, campeão mundial nos anos 1980 e 90, e está
muito confiante com relação ao resultado:
- Eu quero o ouro, a expectativa de todo atleta tem que ser sempre a melhor possível - disse.
Aos
26 anos, Flavia disputa seu primeiro Campeonato Mundial adulto. A
atleta treina boxe desde os 18 anos, mas somente há três consegue
sobreviver da modalidade. Antes, dividia a esporte com o trabalho:
- Como eu faltava bastante por conta dos treinos e das viagens, dificilmente parava em alguma profissão. Quando fui operadora de telemarketing, fazia de tudo para ajudar as pessoas. Não desligava na cara de ninguém. Já levei até bronca por tratar bem demais os clientes. E olha que eu ficava no setor de reclamação - disse a simpática atleta.
A relação de Flavia com Tyson vem do pai, Jerônimo, que era fã do lutador americano. Os dois sempre assistiam às lutas do pugilista peso pesado pela televisão, o que fez com que Flavia crescesse sonhando em ser boxeadora. Se o título mundial vier, ela já sabe a quem dedicar:
- Com certeza, se eu ganhar aqui, o título vai para o meu pai, que morreu há pouco tempo. Graças a ele comecei a lutar, ele gostava muito de boxe. Depois, minha mãe me criou. Ela também foi muito importante na minha vida - disse.
Flavia
é natural de Campinas, interior de São Paulo, mas mora na capital
paulista, junto com o restante da seleção. Atualmente, é a titular do
Brasil na categoria até 75kg, um dos três pesos que serão disputados nas
Olimpíadas. Ela explica a mudança para esse ano:
-
Eu nunca fui da categoria até 75kg, sempre fui 81kg, que não é
olímpico. Para mim, é tudo novo. Eu já enfrentei a americana Claressa
Shields,
que é campeã olímpica, esse ano. Eu perdi, mas foi uma experiência
linda, porque ela é um monstro. O peso pesado é uma categoria muito
clássica- disse.
A seleção brasileira de boxe está representada na Coreia do Sul por outras seis atletas: Graziele de Jesus (48kg), Adriana Araújo (60kg), Andreia Bandeira (81kg), Taynna Cardoso (57kg), Clelia Costa (52kg) e Jessica Carline (69kg). As lutas começam na noite deste domingo em Jeju (manhã no Brasil), sem a participação de nenhuma atleta do país.
- Eu quero o ouro, a expectativa de todo atleta tem que ser sempre a melhor possível - disse.
Flavia Figueiredo é a principal brasileira na
categoria pesado do boxe olímpico (Foto:
Reprodução/Facebook)
- Como eu faltava bastante por conta dos treinos e das viagens, dificilmente parava em alguma profissão. Quando fui operadora de telemarketing, fazia de tudo para ajudar as pessoas. Não desligava na cara de ninguém. Já levei até bronca por tratar bem demais os clientes. E olha que eu ficava no setor de reclamação - disse a simpática atleta.
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A relação de Flavia com Tyson vem do pai, Jerônimo, que era fã do lutador americano. Os dois sempre assistiam às lutas do pugilista peso pesado pela televisão, o que fez com que Flavia crescesse sonhando em ser boxeadora. Se o título mundial vier, ela já sabe a quem dedicar:
- Com certeza, se eu ganhar aqui, o título vai para o meu pai, que morreu há pouco tempo. Graças a ele comecei a lutar, ele gostava muito de boxe. Depois, minha mãe me criou. Ela também foi muito importante na minha vida - disse.
Flavia Figueiredo treina com Claudio Aires,
técnico da seleção brasileira
(Foto: Guilherme Costa)
No Pan-Americano deste ano, ela perdeu para a americana Shields (Foto: Reprodução/Facebook)
A seleção brasileira de boxe está representada na Coreia do Sul por outras seis atletas: Graziele de Jesus (48kg), Adriana Araújo (60kg), Andreia Bandeira (81kg), Taynna Cardoso (57kg), Clelia Costa (52kg) e Jessica Carline (69kg). As lutas começam na noite deste domingo em Jeju (manhã no Brasil), sem a participação de nenhuma atleta do país.
Já na Coreia, Flavia treina com um dos técnicos
da seleção, Igor (Foto: Guilherme Costa)
FLNTE:
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