Quatro das sete arenas a serem levantadas começam a despontar; Paes diz que obras estão adiantadas; Vila tem oito prédios erguidos e campo de golfe preocupa
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As obras do Parque Olímpico, o “coração” dos Jogos Rio 2016 e palco de 16 modalidades olímpicas e 10 paralímpicas, começaram em julho de 2012 e em relação à marca dos 1.000 dias, em novembro do ano passado, avançaram consideravelmente entre muito barro e lama. Naquela ocasião, apenas o Centro Internacional de Transmissão (IBC) e do Centro Principal de Imprensa (MPC) apresentava suas primeiras vigas. Passados dez meses, mais quatro arenas das sete a serem levantadas já começam a despontar no cenário. As redes subterrâneas de drenagem, água, esgoto, incêndio e elétrica estão 60% concluídas. A previsão é que todos fiquem prontos até o final de 2015, exceto o Centro Aquático e o Hotel da Mídia, previstos para os primeiros meses de 2016.
Clique e confira as imagens do Parque Olímpico a dois anos do Rio 2016
A greve dos operários em abril, que durou duas semanas, foi diluída com o turno de 22h implementado a partir de junho pelos 3.000 funcionários, como lembrou o prefeito Eduardo Paes:
- O Parque Olímpico está completamente dentro do prazo. Aliás, está três semanas adiantado. Recuperamos o atraso daquela greve de duas semanas do ano passado e adiantamos ainda três semanas.
Hall 1, do basquete: maior dos três
pavilhões (Foto: André Durão
/ Globoesporte.com)
Além
do MPC e do IBC, as arenas mais avançadas são os três halls olímpicos,
que ficam colados uns nos outros. No Hall 3, local das disputas do
taekwondo e da esgrima, as arquibancadas começam a ganhar forma ao redor
do piso de cimento. O Hall 1, o maior deles, do basquete, é onde está
concentrado o maior número de operários atualmente devido à sua fase
mais inicial. Local do judô e das lutas, o Hall 2 está em fase
intermediária em relação aos "vizinhos". Mais à frente, a Arena de
Handebol apresenta suas primeiras estacas metálicas. A estrutura será
temporária e depois dos Jogos dará origem a quatro escolas. Cercadas por
tapumes, as áreas onde serão o Hotel da Mídia, o Velódromo, a estrutura
temporária do Centro Aquático (natação e pólo aquático), e o Centro de
Tênis estão bem no início. Os três primeiros em fase de fundação, e o
último apresentando os primeiros pilares.
Máquinas começam a desenhar a via
olímpica, o caminho ondulado e inclinado, cujas curvas são inspiradas no
calçadão de Copacabana. Ela começa na entrada do parque e vai até a área de
convivência do público à beira da Lagoa de Jacarepaguá, cuja devastada
vegetação marginal está sendo recuperada.
Dos locais erguidos para o Pan de 2007, a
Arena da Barra, palco das ginásticas, passará por modificações semelhantes às
das partidas na NBA, como reforço na iluminação e no som. Em relação ao Parque
Aquático Maria Lenk, a Federação Internacional de Natação (Fina) ainda negocia
com a Empresa Olímpica Municipal uma forma de tornar o local do nado
sincronizado e dos saltos ornamentais menos exposto ao ar livre. A hipótese da
instalação de uma cobertura foi levantada, mas descartada. A reforma da piscina
de aquecimento, por enquanto, é a obra mais importante.
IBC: primeira obra do Parque Olímpico
ganha estrutura do segundo pavimento
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Ainda na Barra da Tijuca, a Vila Olímpica chegou ao mês de julho com 47%
da obra concluída. Todos os 31 prédios já começaram a ser levantados
pelos 6.500 operários, e oito estão totalmente erguidos. A previsão de
conclusão é o primeiro trimestre de 2016. O complexo de 3.604
apartamentos e 17.950 camas terá que abrir as portas 20 dias antes das
Olimpíadas.
Depois de acelerar as obras para diminuir o atraso
que ainda preocupa a federação internacional, o campo de golfe olímpico chega
em agosto com grama plantada em dois dos 18 buracos e dois terços do sistema de
irrigação instalado. O plantio do green
deverá ser finalizado em novembro deste ano. A previsão de conclusão das obras é setembro
de 2015. Um evento-teste está previsto para o mês seguinte. Porém, na Matriz de
Responsabilidade, atualizada no mês passado, a previsão de conclusão do campo segue como
segundo trimestre de 2016.
Campo de golfe em agosto 2014: dois
dos 18 buracos receberam grama
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Os
quatro pavilhões do Riocentro só receberão as instalações
complementares em 2015. O 2 será palco do levantamento de peso olímpico e
paralímpico, o 3, tênis de mesa olímpico e paralímpico, o 4 badminton e
o 6, boxe.
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