A CRÔNICA
por
GloboEsporte.com
Tudo caminhava para mais um dia ruim. A torcida do Fluminense, ainda com a marca da derrota por 3 a 0 para os reservas do Botafogo, ficou impaciente. Seria a segunda derrota seguida, mas Fred fez no Moacyrzão o gol de empate por 1 a 1 aos 47 minutos e evitou que a Cabofriense assumisse a vice-liderança do Campeonato Carioca. De quebra, o atacante, que havia perdido um gol feito, chegou a 114 gols com a camisa do Flu e entrou no top 10 da artilharia do clube - é o décimo ao lado de Magno Alves.
- No lance do gol fiz bem o que a jogada pediu. O pior foram os gols perdidos. No primeiro, quase sem goleiro, também errei. Hoje a nossa equipe sofreu. Abrimos o meio para buscar o empate e, ao menos, conseguimos - disse Fred.
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A maioria dos 1.580 pagantes que assistiram ao jogo até tentou aplaudir o inseguro Ailton, gritaram timidamente o nome de Diguinho, mas com a iminente derrota depois do gol de Daniel Tijolo, passou a bradar "olé" ironicamente e a vaiar a equipe, ainda na vice-liderança, com 23 pontos.
O Fluminense volta a campo na próxima quarta-feira, contra o Friburguense, 19h30m (de Brasília), no Maracanã. A Cabofriense, terceira colocada, também com 23 pontos mas com saldo de gols pior, joga quinta, no mesmo horário, no Raulino de Oliveira.
Isolado no ataque, Fred passou em branco no
primeiro tempo (Foto: Photocâmera)
Renato Gaúcho mudou a forma de jogar do Fluminense. Com a suspensão de Valencia, optou por mudar o esquema, migrando do 4-4-2 para o 4-3-3. Biro Biro formou o trio ofensivo com Rafael Sobis e Fred. O jovem atacante deu mais velocidade ao time, mas pecou na hora de finalizar em pelo menos três chances. Defensivamente, teve a atenção chamada por Renato quando demorou a recompor a marcação: "Está cansado?", perguntou o técnico.
A Cabofriense explorava o lado direito do ataque para chegar ao gol. Muito em função do nervosismo demonstrado por Ailton, lateral-esquerdo de 18 anos promovido ao time titular para substituir Carlinhos, que tem uma pubalgia. A torcida do Flu tentou incentivar, gritou o seu nome, mas, perdido, mostrava insegurança e chegou a levar um cartão amarelo ao matar um contra-ataque do adversário.
O erro e o acerto
A má atuação somada ao cartão tornou previsível a saída de Ailton, que deu lugar a Chiquinho na volta do intervalo. Também ao retornar, Fred lembrou que estava um pouco isolado na área, pois Sobis e Biro Biro se posicionaram pelas pontas. Mas fez a ressalva sobre a importância jogadas laterais. Funcionaram os dois. Chiquinho deu nova dinâmica, acertou cruzamentos, um deles na medida para Gum mandar para fora. Deu certo também a jogada pela direita de Jean na cabeça de Fred, no limite da pequena área. Não deu certo a finalização. Livre, o camisa 9 errou o gol.
A pontaria que faltou a Fred, logo em seguida sobrou para Daniel Tijolo. Depois de assustar em alguns cruzamentos, o time da Região dos Lagos abriu o placar com finalização certeira do apoiador, de cabeça: 1 a 0 Cabofriense. A iniciativa imediata de Alexandre Barroso foi tirar o meia Éberson e lançar o zagueiro Arthur Sanches para recuar.
Walter e Wagner entraram para aumentar o poder ofensivo. Fred voltou a quase marcar. Mas só aos 47 minutos, lançamento de Walter, Fred usou o corpo bateu para fazer seu 114º gol, agora um dos dez maiores artilheiros da história do Fluminense. Pouco depois, Wagner por pouco não conseguiu a virada. Mas a noite acabou mesmo em empate.
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