Maurício Assumpção revive lado torcedor ao celebrar gol do empate por 1 a 1,fora de casa, com o Unión Española. 'Sai rápido para o ataque', orienta do alto
Por Gustavo RotsteinSantiago, Chile
Torcedor
apaixonado, Maurício Assumpção estava na pista do Aeroporto Santos
Dumont para receber o Botafogo que chegava de São Paulo após a conquista
do Campeonato Brasileiro de 1995. No ano seguinte, a equipe disputou a
Libertadores pela última vez até 2014. Já presidente, ele não segurou
seu lado torcedor mesmo num camarote do Estádio Santa Laura ao
acompanhar o empate por 1 a 1 do Alvinegro com o Unión Española. Durante os 90 minutos, vibrou com o time e esbravejou muito, como se estivesse em seus tempos de arquibancada.
Presidente do Botafogo torce, orienta e critica
atuação de árbitro da partida no Chile
(Foto: Gustavo Rotstein)
Acomodado
numa área reservada do estádio, Maurício Assumpção assistiu à partida
acompanhado de outros integrantes da diretoria, como o gerente Aníbal
Rouxinol, o diretor comercial Ayrton Mandarino e os jogadores Aírton e
Gegê, que ficaram fora do banco de reservas. Sem ligar para os olhares
das pessoas que torciam pelo Unión Española em outros camarotes, o
presidente do Botafogo não poupou a voz: gritou para corrigir os atletas
em campo e para vibrar nos lances de perigo criados pela equipe
alvinegra.
Maurício Assumpção não deixou o árbitro Juan Soto
em paz. Reclamou muito das faltas marcadas pelo juiz venezuelano,
queixando-se de falta de critério em lances semelhantes a favor do
Botafogo. Mas as críticas também se estenderam aos jogadores do
Botafogo. Reclamou dos erros de passe que criaram contra-ataques para o
Unión Española e chiou quando faltou objetividade.
- Estão tocando para trás! Assim não dá! Eu não mereço isso!
Com ampla visão do campo, Maurício
Assumpção orientou movimentação
dos jogadores (Foto: Gustavo Rotstein)
O
presidente aplaudiu um chute perigoso de Edílson, ainda no primeiro
tempo, e chegou a gritar gol quando Ferreyra driblou Sánchez mas não
conseguiu marcar o que seria o primeiro gol do Botafogo, já na segunda
etapa. Quando viu que o Alvinegro tinha oportunidade de abrir o placar,
mas preocupou-se em reclamar da arbitragem, esbravejou no camarote:
- Sai rápido para o ataque. Estão reclamando de quê?!
Nem
mesmo quando Rubens Lopes entrou no camarote, por volta dos 20 minutos
do segundo tempo, Maurício Assumpção conteve sua parte de torcedor. Ao
lado do presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro – chefe da
delegação alvinegra no Chile –, o presidente do Botafogo continuou
vibrando, na esperança de ver uma vitória.
No momento em que o
Botafogo sofreu o gol, marcado por Chávez aos 29 minutos do segundo
tempo, Maurício Assumpção não esboçou qualquer reação enfática. Somente
baixou a cabeça e se calou. Mas o grito de alegria chegou pouco depois,
quando Ferreyra subiu de cabeça para empatar a partida em 1 a 1.
Ao
ver a bola balançar a rede, o presidente levantou-se de sua cadeira
para comemorar, talvez lembrando os dias em que era mais um entre os
milhares que, na arquibancada do Maracanã, vibraram com o gol de seu
xará em 1989, que deu fim a 21 anos sem títulos do Botafogo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/02/camarote-e-arquibancada-presidente-vibra-com-botafogo-em-jogo-no-chile.html
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