A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Seis anos depois da polêmica semifinal, Botafogo e Figueirense voltaram
a decidir uma vaga na Copa do Brasil. Novamente, sobrou emoção, e o
troco do Glorioso veio com muito suor, apesar do clima gelado em
Florianópolis, na noite desta quarta-feira. No roteiro, o ídolo
Jefferson surgiu como o grande herói. Nas cobranças de pênaltis, a
equipe de Oswaldo de Oliveira fez 5 a 4, com duas defesas do goleiro, e
passou às oitavas de final, após perder por 1 a 0 no tempo normal -
placar igual ao da ida, só que a favor dos cariocas - em partida que
dominou o rival, que está na Série B nacional, mas falhou no quesito
eficiência.
Assim, o Botafogo também escapa de nova eliminação precoce na Copa do Brasil, mais um fantasma enfrentado. Em seis oportunidades neste século, o clube caiu na terceira fase ou antes, em zebras históricas. Ano passado, o algoz foi o Vitória, justamente nas oitavas, assim com o Avaí, em 2011. O próximo do time é o clássico contra o Flamengo, domingo, no Maracanã. Enquanto isso, o Figueira recebe o São Caetano em casa, sábado.
Bota melhor, e Figueira na frente
Frio em Florianópolis, só no clima mesmo. Com a bola rolando, a partida foi quente desde o início. Mesmo com a vantagem, os cariocas partiram para cima e quase abriram o placar com Gabriel, aos quatro minutos, que acertou o travessão após toque para trás de Lodeiro. O domínio era amplo, mas a resposta não demorou e veio em forma de castigo: Rodrigo fez bela jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Ricardo Bueno, que, livre, deslocou Jefferson.
Novamente foi o time de Oswaldo de Oliveira que controlou as ações. O
mandante rifava a bola com frequência e irritava sua pequena torcida. O
problema é que Seedorf, Lodeiro e Vitinho trocavam passes e não
conseguiam penetrar. Rafael Marques não dava opções, e o Alvinegro ficou
três vezes em impedimento. Alto também foi o número de faltas (23) e
cartões. Com o jogo por vezes preso e ríspido, quatro acabaram a etapa
amarelados - dois de cada lado.
Perto dos acréscimos, o Bota tornou a chegar perto de marcar. Primeiro, Seedorf limpou o lance, mas Tiago Volpi encaixou no canto direito. Na sequência, Lodeiro aproveitou cruzamento de Julio Cesar e, de cabeça, quase surpreendeu o goleiro, que pegou em dois tempos.
Coração na mão, e Jefferson iluminado
No retorno do intervalo, o técnico Adilson Baptista buscou dar mais mobilidade a seu ataque, com o veloz Ricardinho no lugar do discreto Rafael Costa, que - em sua defesa - foi pouco acionado. Não surtiu efeito. Com a bola colada nos pés, Lodeiro liderava as investidas dos cariocas e foi quem criou mais perigo. Aos seis, Volpi fez espalmou chute forte do uruguaio. As 14, foi a vez de Rafael Marques girar como um autêntico pivô, mas isolar o chute de direita.
Nos contragolpes, pouco a pouco, o Figueirense ensaiava alguns sustos à
defesa rival. Dener e Tchô entraram e melhoraram a produção. O
Botafogo, por sua vez, mostrava certo cansaço. E recuava, dando espaços.
Por volta dos 25 minutos, a diferença técnica entre o então líder da
Série A e o quinto colocado na Série B não existia mais. Valente, porém,
o Glorioso retomou as rédeas e se manteve no campo de ataque, ciscando,
mas longe de ser efetivo.
O finzinho foi emocionante. Se a qualidade já estava longe do Orlando Scarpelli, ao menos ninguém deixou de lutar pela classificação no tempo normal. O último passe era o grande vilão. Ainda houve tempo para que, no apagar das luzes, Seedorf quase roubasse a cena e virasse herói: levou a melhor sobre o marcador, bateu fraquinho já dentro da pequena área e facilitou o goleiro. No início da jogada, até foi puxado, mas, como manda sua cultura europeia, não se atirou no gramado. Restou reclamar, em vão.
Nos pênaltis, Lodeiro parou em Tiago Volpi, e Ricardo Bueno bateu por cima, num começo nervoso. Seedorf e Tchô marcaram, assim como Renato, para o Botafogo, e Wellington Saci, para o Figueira. Edilson mandou um balaço defendido por Volpi, mas André Rocha não aproveitou e parou em Jefferson. Para fechar a série obrigatória, os zagueiros Dória e Thiego não vacilaram. Até aí, 3 a 3. Nas alternadas, Alex fez e Bruno Pires também. Para fechar, Rafael Marques garantiu o seu e, finalmente, Nem parou em Jefferson. Fim de papo.
saiba mais
Agora, o Alvinegro espera o sorteio do dia 6 de agosto, em que a CBF
apontará os confrontos e as datas da próxima fase da competição.
Entrarão nela ainda o Vasco (por ter sido o quinto colocado do
Brasileirão de 2012) e os cinco clubes que jogaram a Libertadores:
Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Palmeiras e São Paulo.Assim, o Botafogo também escapa de nova eliminação precoce na Copa do Brasil, mais um fantasma enfrentado. Em seis oportunidades neste século, o clube caiu na terceira fase ou antes, em zebras históricas. Ano passado, o algoz foi o Vitória, justamente nas oitavas, assim com o Avaí, em 2011. O próximo do time é o clássico contra o Flamengo, domingo, no Maracanã. Enquanto isso, o Figueira recebe o São Caetano em casa, sábado.
Bota melhor, e Figueira na frente
Frio em Florianópolis, só no clima mesmo. Com a bola rolando, a partida foi quente desde o início. Mesmo com a vantagem, os cariocas partiram para cima e quase abriram o placar com Gabriel, aos quatro minutos, que acertou o travessão após toque para trás de Lodeiro. O domínio era amplo, mas a resposta não demorou e veio em forma de castigo: Rodrigo fez bela jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Ricardo Bueno, que, livre, deslocou Jefferson.
Jefferson comemora muito com o time após pegar o último pênalti (Foto: Eduardo Valente / Ag. Estado)
Perto dos acréscimos, o Bota tornou a chegar perto de marcar. Primeiro, Seedorf limpou o lance, mas Tiago Volpi encaixou no canto direito. Na sequência, Lodeiro aproveitou cruzamento de Julio Cesar e, de cabeça, quase surpreendeu o goleiro, que pegou em dois tempos.
Coração na mão, e Jefferson iluminado
No retorno do intervalo, o técnico Adilson Baptista buscou dar mais mobilidade a seu ataque, com o veloz Ricardinho no lugar do discreto Rafael Costa, que - em sua defesa - foi pouco acionado. Não surtiu efeito. Com a bola colada nos pés, Lodeiro liderava as investidas dos cariocas e foi quem criou mais perigo. Aos seis, Volpi fez espalmou chute forte do uruguaio. As 14, foi a vez de Rafael Marques girar como um autêntico pivô, mas isolar o chute de direita.
Seedorf não esteve em grande noite, mas vibrou com a vaga (Foto: Cristiano Andujar / Vipcomm)
O finzinho foi emocionante. Se a qualidade já estava longe do Orlando Scarpelli, ao menos ninguém deixou de lutar pela classificação no tempo normal. O último passe era o grande vilão. Ainda houve tempo para que, no apagar das luzes, Seedorf quase roubasse a cena e virasse herói: levou a melhor sobre o marcador, bateu fraquinho já dentro da pequena área e facilitou o goleiro. No início da jogada, até foi puxado, mas, como manda sua cultura europeia, não se atirou no gramado. Restou reclamar, em vão.
Nos pênaltis, Lodeiro parou em Tiago Volpi, e Ricardo Bueno bateu por cima, num começo nervoso. Seedorf e Tchô marcaram, assim como Renato, para o Botafogo, e Wellington Saci, para o Figueira. Edilson mandou um balaço defendido por Volpi, mas André Rocha não aproveitou e parou em Jefferson. Para fechar a série obrigatória, os zagueiros Dória e Thiego não vacilaram. Até aí, 3 a 3. Nas alternadas, Alex fez e Bruno Pires também. Para fechar, Rafael Marques garantiu o seu e, finalmente, Nem parou em Jefferson. Fim de papo.
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