A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari
Um dos favoritos ao título no papel, o Internacional é agora também o
novo líder do Campeonato Brasileiro. A quarta vitória consecutiva veio
no palco que se transformou no “salão de festas” de quem visita o São
Paulo. Com uma atuação segura, o Colorado venceu o Tricolor Paulista por
1 a 0, nesta quarta-feira, no Morumbi, e afundou ainda mais o
adversário na crise.
Os gaúchos souberam jogar à espera do desespero rival. Pacientemente, o time dirigido por Dunga aguardou o momento exato para dar o bote fatal. E ele veio com Leandro Damião, ainda no primeiro tempo, em chute rasteiro que Rogério Ceni só olhou. Poderia ter sido mais se Forlán, Willians e Josimar tivessem aproveitado outras chances.
Do outro lado, só Aloísio assustou. Para piorar, Luis Fabiano saiu machucado, virando dúvida para o clássico contra o Corinthians, domingo, às 16h, no Pacaembu, última partida antes da excursão por Alemanha, Portugal e Japão.
O São Paulo soma agora 11 partidas sem vencer (nove derrotas e dois empates), igualando o recorde negativo de 1951 e 1986 – o último resultado positivo foi há 56 dias, diante do Vasco, dirigido na ocasião por Paulo Autuori. Já são oito derrotas consecutivas, seis delas jogando no Morumbi.
O Colorado assume a liderança com 18 pontos, mas tendo uma partida a mais que a maioria dos concorrentes – a partida diante dos são-paulinos foi adiantada da 12ª rodada. Agora, o time gaúcho pega o Náutico, domingo, às 16h, nos Aflitos. Já os paulistas seguem com oito, agora tendo dois jogos a mais que os adversários, grudados na zona do rebaixamento.
Colorado, gelado, abre vantagem
Paulo Autuori surpreendeu ao colocar em campo uma escalação diferente. O treinador mexeu em três posições para suprir a ausência do lateral-esquerdo Clemente Rodríguez, machucado. Douglas passou da lateral direita para a esquerda. O volante Rodrigo Caio foi jogar na ala, enquanto o zagueiro Paulo Miranda acabou improvisado na função de primeiro marcador do meio de campo.
Parecia estranho, mas deu resultado nos primeiros minutos. Douglas foi a alternativa para fugir da forte marcação, principalmente pelo meio, sobre Jadson e Ganso. Aos dois minutos, em tabela com Luis Fabiano, ele invadiu a área e chutou para boa defesa de Muriel. A inovação tática, animadora naquele instante, caiu por terra gradativamente.
O Inter incorporou o frio de oito graus da capital paulista. Teve paciência de sobra para esperar o tempo passar e ver o adversário abrir a defesa. D’Alessandro recebeu marcação de Paulo Miranda, mas Jorge Henrique passeou. Aos 13, com muito espaço, acertou belo lançamento para Leandro Damião. Rodrigo Caio olhou, Lúcio sumiu, e o centroavante avançou livre até chutar rasteiro no canto direito. Rogério Ceni, congelado no meio da meta, só olhou.
Como de costume, o São Paulo se abateu. Era nítido o medo de arriscar qualquer jogada com medo das vaias, cada vez mais fortes nas arquibancadas, acompanhadas dos pedidos de “Fora, Juvenal”. A vantagem gaúcha poderia ter sido maior. Bem maior. Forlán, na entrada da área, perdeu grande chance. Damião também quase fez o segundo, de cabeça, após D’Alessandro entortar Toloi. Willians ainda acertou a trave em chute de fora da área.
Tricolor reage, Inter segura a vitória
Só Aloísio poderia mudar a postura apática do São Paulo no segundo tempo. E foi nele em quem Autuori apostou, para o lugar de Osvaldo. Não que o time tenha passado a jogar um futebol exemplar, mas, pelo menos, ganhou em atitude. Logo aos cinco minutos, o “Boi Bandido” fez tudo certo. Roubou a bola, disparou pela esquerda e encontrou Jadson, livre na área. Tempo para dominar, driblar Muriel e...chutar para fora. Que fase!
Quando o Tricolor parecia reagir, o ataque sofreu uma baixa. Luis Fabiano sentiu dores na coxa direita e precisou ser substituído por Ademilson. O time perdeu experiência e sua principal referência ofensiva. Pouco depois, o Inter voltou a jogar para fora uma chance de ampliar. Kleber cruzou da esquerda, a defesa não cortou e Josimar, na pequena área, desviou pela linha de fundo.
Os erros nas finalizações quase custaram caro ao Internacional. O São Paulo fez o mínimo em meio a crise e arriscou tudo. Mas correr não basta. Entre trombadas e arrancadas, Aloísio continuou sendo o melhor tricolor em campo. Faltou qualidade. Faltou sorte também. Primeiro, ao mandar uma cabeçada rente à trave. Depois, ao receber livre e chutar em cima de Muriel.
Nos minutos finais, os paulistas até ensaiaram uma pressão, mas, sem nenhuma organização, esbarraram na boa marcação gaúcha. Pouco para quem quer sair da crise e se afastar da zona do rebaixamento. Fácil para o novo líder. A torcida colorada ainda tirou onda: "O Morumbi virou o Beira-Rio".
Os gaúchos souberam jogar à espera do desespero rival. Pacientemente, o time dirigido por Dunga aguardou o momento exato para dar o bote fatal. E ele veio com Leandro Damião, ainda no primeiro tempo, em chute rasteiro que Rogério Ceni só olhou. Poderia ter sido mais se Forlán, Willians e Josimar tivessem aproveitado outras chances.
Do outro lado, só Aloísio assustou. Para piorar, Luis Fabiano saiu machucado, virando dúvida para o clássico contra o Corinthians, domingo, às 16h, no Pacaembu, última partida antes da excursão por Alemanha, Portugal e Japão.
O São Paulo soma agora 11 partidas sem vencer (nove derrotas e dois empates), igualando o recorde negativo de 1951 e 1986 – o último resultado positivo foi há 56 dias, diante do Vasco, dirigido na ocasião por Paulo Autuori. Já são oito derrotas consecutivas, seis delas jogando no Morumbi.
O Colorado assume a liderança com 18 pontos, mas tendo uma partida a mais que a maioria dos concorrentes – a partida diante dos são-paulinos foi adiantada da 12ª rodada. Agora, o time gaúcho pega o Náutico, domingo, às 16h, nos Aflitos. Já os paulistas seguem com oito, agora tendo dois jogos a mais que os adversários, grudados na zona do rebaixamento.
Leandro Damião e Lúcio, em disputa no jogo entre São Paulo e Inter (Foto: Alex Silva / Ag. estado)
Paulo Autuori surpreendeu ao colocar em campo uma escalação diferente. O treinador mexeu em três posições para suprir a ausência do lateral-esquerdo Clemente Rodríguez, machucado. Douglas passou da lateral direita para a esquerda. O volante Rodrigo Caio foi jogar na ala, enquanto o zagueiro Paulo Miranda acabou improvisado na função de primeiro marcador do meio de campo.
Parecia estranho, mas deu resultado nos primeiros minutos. Douglas foi a alternativa para fugir da forte marcação, principalmente pelo meio, sobre Jadson e Ganso. Aos dois minutos, em tabela com Luis Fabiano, ele invadiu a área e chutou para boa defesa de Muriel. A inovação tática, animadora naquele instante, caiu por terra gradativamente.
O Inter incorporou o frio de oito graus da capital paulista. Teve paciência de sobra para esperar o tempo passar e ver o adversário abrir a defesa. D’Alessandro recebeu marcação de Paulo Miranda, mas Jorge Henrique passeou. Aos 13, com muito espaço, acertou belo lançamento para Leandro Damião. Rodrigo Caio olhou, Lúcio sumiu, e o centroavante avançou livre até chutar rasteiro no canto direito. Rogério Ceni, congelado no meio da meta, só olhou.
Como de costume, o São Paulo se abateu. Era nítido o medo de arriscar qualquer jogada com medo das vaias, cada vez mais fortes nas arquibancadas, acompanhadas dos pedidos de “Fora, Juvenal”. A vantagem gaúcha poderia ter sido maior. Bem maior. Forlán, na entrada da área, perdeu grande chance. Damião também quase fez o segundo, de cabeça, após D’Alessandro entortar Toloi. Willians ainda acertou a trave em chute de fora da área.
Tricolor reage, Inter segura a vitória
Só Aloísio poderia mudar a postura apática do São Paulo no segundo tempo. E foi nele em quem Autuori apostou, para o lugar de Osvaldo. Não que o time tenha passado a jogar um futebol exemplar, mas, pelo menos, ganhou em atitude. Logo aos cinco minutos, o “Boi Bandido” fez tudo certo. Roubou a bola, disparou pela esquerda e encontrou Jadson, livre na área. Tempo para dominar, driblar Muriel e...chutar para fora. Que fase!
Quando o Tricolor parecia reagir, o ataque sofreu uma baixa. Luis Fabiano sentiu dores na coxa direita e precisou ser substituído por Ademilson. O time perdeu experiência e sua principal referência ofensiva. Pouco depois, o Inter voltou a jogar para fora uma chance de ampliar. Kleber cruzou da esquerda, a defesa não cortou e Josimar, na pequena área, desviou pela linha de fundo.
Os erros nas finalizações quase custaram caro ao Internacional. O São Paulo fez o mínimo em meio a crise e arriscou tudo. Mas correr não basta. Entre trombadas e arrancadas, Aloísio continuou sendo o melhor tricolor em campo. Faltou qualidade. Faltou sorte também. Primeiro, ao mandar uma cabeçada rente à trave. Depois, ao receber livre e chutar em cima de Muriel.
Nos minutos finais, os paulistas até ensaiaram uma pressão, mas, sem nenhuma organização, esbarraram na boa marcação gaúcha. Pouco para quem quer sair da crise e se afastar da zona do rebaixamento. Fácil para o novo líder. A torcida colorada ainda tirou onda: "O Morumbi virou o Beira-Rio".
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