quinta-feira, 25 de julho de 2013

Com DNA do vôlei, Mariana segue os passos da tia Ana Lúcia, ex-seleção

Aos 17 anos, atleta da seleção brasileira infanto-juvenil e do Sesi-SP sonha com Jogos: 'Um grande incentivo honrar minha família como minha tia fez'

Por Carol Fontes Rio de Janeiro

Mariana treina em uma das quadras do Centro de Treinamento de Saquarema seleção brasileira infanto-juvenil de vôlei (Foto: Carol Fontes) 
Mariana treina em uma das quadras do CT de Saquarema, no litoral do Rio (Foto: Carol Fontes)
 
Histórias de filhos, sobrinhos e netos que decidem seguir os passos da família são comuns no esporte. Bruninho herdou de Bernardinho e de Vera Mossa o talento para o vôlei, o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet transmitiu ao filho Nelsinho o gosto pela alta velocidade, e Marcelinho Machado foi influenciado pelo pai Renê e pelo tio Sérgio Macarrão a dar os primeiros no basquete. Com o DNA do vôlei no sangue, Mariana Mantelatto decidiu seguir a carreira da tia Ana Lúcia, ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei, que disputou as Olimpíadas de Seul 1988 e Barcelona 1992.

- A minha tia é um grande espelho para mim. Ela já foi considerada a segunda melhor jogadora do mundo (pelo desempenho no Mundial Juvenil de 1985) e é um grande incentivo para mim honrar a minha família como a minha tia fez. Ela não tinha medo e jogava com muita alegria. Gosto muito de ouvir as histórias e os conselhos, ela sempre me diz para não desistir nunca porque nada é impossível - contou Mariana, que iniciou no esporte no pólo aquático, com apenas três anos, por influência da mãe, a ex-jogadora Ana Cristina.

Mariana recebe instruções do técnico Maurício Thomas na seleção brasileira infanto-juvenil de vôlei (Foto: Carol Fontes) 
Mariana recebe instruções do técnico Maurício Thomas na seleção brasileira de base (Foto: Carol Fontes)
 
A geração de Ana Lúcia, Ana Mozer e Ana Flávia inspirou milhares de crianças e adolescentes no país. Quando Mariana nasceu, em 1996, a tia já era uma atleta olímpica consagrada no Brasil e no mundo. Acompanhou a carreira de sua maior inspiração através de filmes e vídeos de jogos. E garante ter visto tudo - contou a promessa, que carimbou a vaga na seleção brasileira infanto-juvenil após sair da reserva para se destacar na vitória sobre Porto Rico, de virada, na decisão da Copa Americana (3 a 2, parciais de 20/25, 25/19, 25/13, 23/25 e 15/12).

Mariana e a tia Ana Lucia volei (Foto: Arquivo Pessoal) 
Mariana e a tia, Ana Lúcia, ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei (Foto: Arquivo Pessoal)
 
- Infelizmente, não pude acompanhar o desempenho da minha tia nas Olimpíadas porque eu ainda nem era nascida (risos). Mas vi os vídeos de todos os jogos. Meu sonho é ser uma grande levantadora, disputar uma edição dos Jogos e, de preferência, conquistar o título - disse a jovem de 17 anos, que atua pelo Sesi-SP e é fã de Fernanda Venturini e Fofão.

Até hoje, Ana Lúcia é considerada uma das principais atacantes do vôlei brasileiro. Com 1,78m de altura, tinha como qualidades a potência, a velocidade e a técnica. Antes de disputar as duas edições dos Jogos, a ex-jogadora viveu o auge no Pan-Americano de Indianápolis de 1987. Pelos clubes, conquistou seis campeonatos paulistas, além de dois títulos nacionais.

Após sofrer constantes lesões no joelho e ter de lidar com dores quase insuportáveis, a ex-jogadora, que atuava na posição de oposto, se aposentou pela primeira vez aos 28 anos. A paulista ainda tentou voltar anos depois e atuou como líbero até 1999, mas a limitação dos movimentos a fizeram parar mais uma vez. Hoje, aos 47 anos e com quatro cirurgias no local, Ana Lúcia busca reescrever a sua história com a amarelinha no vôlei sentado.

Mariana faz trabalho na academia no Centro de Treinamento de Saquarema seleção brasileira infanto-juvenil de vôlei (Foto: Carol Fontes) 
Após treino na quadra, Mariana faz trabalho na academia no CT de Saquarema (Foto: Carol Fontes)
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/07/com-dna-do-volei-mariana-segue-os-passos-da-tia-ana-lucia-ex-selecao.html

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