domingo, 9 de junho de 2013

Vasco pressiona, mas ferrolho de Cristóvão coloca o Bahia no G-4

Carlos Alberto e Fernandão marcam os gols do empate no Raulino. Time cruz-maltino jogou com um homem a mais em boa parte da etapa final

 A CRÔNICA

por GLOBOESPORTE.COM

Cristóvão Borges provou que conhece o Vasco como poucos. É verdade que o elenco foi bastante mexido desde sua saída, em setembro, mas vários remanescentes fizeram fila para cumprimentá-lo antes de a bola rolar. E o conhecimento do técnico sobre o agora rival surtiu efeito para o Bahia com o eficiente ferrolho que garantiu o empate em 1 a 1, neste sábado, em Volta Redonda, mesmo com um homem a menos por 35 minutos. Assim, o Tricolor completa quatro partidas seguidas sem derrota e vai dormir no G-4 do Brasileirão.

O amplo domínio territorial desperdiçado deixa o time carioca com um gosto amargo. O resultado põe o clube em oitavo lugar, com sete pontos, longe dos líderes no período de paralisação da competição para a Copa das Confederações. Já os baianos viraram quarto, com oito. Para se manter na zona de classificação para a Libertadores, terá de torcer contra um batalhão de equipes que entram em campo neste domingo e ainda pode perder até quatro postos. O público pagante no Raulino de Oliveira foi de 2.623 pessoas (3.986 presentes), para renda de R$ 48.595,00.

- O time do Bahia veio retrancado, tomamos um gol cedo, o que dificultou. Vamos ter tempo para treinar nessa parada e voltar com tudo - avaliou o atacante André, estreante do Vasco, que teve chance de ouro para resolver o jogo, de cabeça, mas carimbou a trave.

No lado do Bahia, o atacante Fernandão exaltou o espírito da equipe.

- Queríamos os três pontos, fomos atrás disso. Com a expulsão do Diones ficou mais difícil. Mas o time está de parabéns. Lutou até o final - disse o artilheiro do Brasileirão, com quatro gols.

Alisson vasco bahia brasileirão 2013 (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Alisson vasco bahia brasileirão 2013 (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)

Domínio cruz-maltino com poucas chances

O panorama do jogo foi definido já nos primeiros minutos. Com mais posse de bola, o Vasco rodava e rodava buscando uma brecha na defesa do Bahia. Por sua vez, o Tricolor apostaria na velocidade de seus contragolpes para surpreender. Foi assim do início ao fim. E quem se deu melhor de cara foi o visitante. Fernandão foi lançado, Renato Silva cochilou, e o atacante tocou por cima de Michel Alves para abrir o placar, aos sete.

A desvantagem, porém, não abalou a equipe de Paulo Autuori, que permaneceu trocando passes com paciência e tentando se impor com muita movimentação de Pedro Ken, Alisson e Carlos Alberto. Foram vários cruzamentos rebatidos pela defesa visitante. Até que o árbitro viu pênalti no camisa 10 cruz-maltino, que caiu após leve contato com Fahel. O próprio Carlos Alberto bateu com categoria, no ângulo direito, e empatou, aos 21, tornando a empolgar a torcida.

O Bahia ainda assustava a cada eventual tentativa, sempre pegando o Vasco mal arrumado. Ainda assim, quem chegou mais perto do segundo gol foi o rival. Parados com falta frequentemente, os jogadores não conseguiam penetrar na área de Marcelo Lomba. As principais emoções, no entanto, estavam reservadas para o segundo tempo. Como aperitivo, logo aos três, Helder fez uma graça com seis embaixadinhas no círculo central, pondo fogo no duelo.

Edmilson vasco bahia brasileirão 2013 (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Edmilson tenta jogada pelo alto: atleta tem atuação apagada (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)

Expulsão atrai Vasco, mas placar não muda

Na sequência, Autuori atirou sua equipe para o ataque, com a estreia de André no lugar do lateral Dieyson. Hélder, o habilidoso, saiu pouco depois. Mas o "troco" aconteceu mesmo assim. E foi Diones que pagou o pato. Sandro Silva ergueu a bola do gramado e iria completar um belíssimo drible antes de ser parado com falta. O volante tricolor, já advertido anteriormente, foi expulso, fazendo com que o Bahia se acuasse definitivamente.

A maior chance viria aos 16 minutos: André, sozinho, cabeceou na trave, e Edmílson chutou o rebote em cima de Marcelo Lomba, que mostrou incrível reflexo. O Vasco mexeu de novo: apagadíssimo, Edmílson deu lugar a Thiaguinho. E a pressão cruz-maltina aumentou. De vez em quando surgia um contra-ataque baiano, mas, mesmo desordenado, era o mandante que dava as cartas. A insistência em jogar pelo meio, e não tanto pelas pontas, pesou.

Além da técnica limitada, faltaram capricho e objetividade. Dakson arriscou uma bicicleta para fora, e Lomba pegou outras duas bolas importantes. Já sem forças, veio o castigo para os cruz-maltinos com o apito final, na mesma medida da sensação de alívio para os baianos.
 

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