A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari
Foram 90 minutos de muita luta, correria e pouco futebol. Corinthians e
Portuguesa fizeram um jogo com cara de 0 a 0 e não passaram disso,
neste sábado à noite, no Pacaembu, pela quinta rodada do Campeonato
Brasileiro. O campeão do mundo, um dos favoritos ao título, travou. A
Lusa, à beira da crise, segue na zona do rebaixamento.
O Corinthians novamente não teve força ofensiva para vencer. Pato está longe de justificar os R$ 40 milhões investidos e, mais uma vez, atuou muito abaixo do esperado. Em seu décimo jogo sem gol, foi cobrado por torcedores, que chegaram a pedir Romarinho (que entrou no lugar de Douglas). Tirando a pressão dos minutos finais, a equipe de Tite nada criou. Poderia ter sido pior se Cássio não salvasse nas duas chances criadas pelo defensivo time do Canindé.
Com seis pontos, os corintianos terão agora pouco mais de uma semana de folga por causa da Copa das Confederações – voltam a treinar dia 17. O próximo jogo será contra o rival São Paulo, dia 3 de julho, pela Recopa Sul-Americana, no Morumbi.
A Portuguesa, preocupada em sair das últimas posições, consegue um ponto importante para não iniciar o torneio já ameaçada de cair. Na quarta-feira, pega o Fluminense, no Canindé, em jogo atrasado. Se vencer, sai da zona da degola.
Timão se arrasta, Lusa assusta
Pato, Emerson, Douglas e Danilo. Um ataque de respeito, composto pelos últimos campeões mundiais e por uma estrela internacional. Mas, de novo, não funcionou, e o Corinthians só não acabou o primeiro tempo perdendo graças à noite inspirada do goleiro Cássio. A Portuguesa, satisfeita com o resultado, poderia ter arriscado mais para abrir vantagem.
Alexandre Pato foi o reflexo da atuação do Timão. Disperso, virou uma presa fácil para a estratégia defensiva montada para a Lusa. O camisa 7 errou tudo: dribles, disputas de bola, finalizações. A torcida se irritou. Os gritos de algumas adolescentes apaixonadas nas arquibancadas não abafaram a insatisfação de outra parte descontente da Fiel.
Mas ele não foi o único. Danilo teve uma exibição em câmera lenta e nada criou. O mesmo aconteceu com Douglas, sumido em campo. Emerson lutou, correu, discutiu com adversários e só. Alessandro lesionou a coxa direita e deu lugar ao volante Willian Arão, nulo no ataque. Paulinho, que está com a Seleção, fez muita falta. Muita. Guilherme tentou desempenhar o mesmo papel, mas ainda está longe do titular.
Empatar com um dos favoritos “fora de casa” estava de bom tamanho para a Portuguesa. Bem posicionada, a Lusa travou todas as ações do adversário e quase conseguiu aproveitar os espaços. Diogo, de cabeça, e Cañete, em chute cruzado, pararam em ótimas defesas de Cássio.
Tite mexe no esquema
A lesão de Paulo André, aos 43 minutos do primeiro tempo, fez Tite arriscar depois do intervalo. O treinador trocou o zagueiro pelo estreante Ibson, recuando Ralf para atuar ao lado de Gil. O Timão ganhou mais qualidade nos passes, mas se abriu. Diogo, na cara de Cássio, perdeu outra chance logo nos primeiros minutos.
Ibson até tentou melhorar a distribuição de bolas na saída da defesa, porém, sentiu a falta de ritmo e sem velocidade acabou sendo pouco produtivo. Com alguns erros de posicionamento, a Portuguesa quase colaborou para o Timão crescer. Em seu primeiro momento de atenção, Pato desviou de cabeça para Danilo, que devolveu. A zaga evitou que a bola voltasse ao centroavante. O bastante para a torcida passar a gritar por Romarinho.
Tite atendeu aos pedidos somente aos 30 minutos, colocando o xodó da torcida na vaga de Douglas. Com o apoio vindo das arquibancadas, o time passou a sufocar. Danilo perdeu grande chance ao chutar torto de dentro da área. A seis minutos do fim, Romarinho quase virou herói, mas carimbou o travessão em bomba de longe. Gil ainda acertou a trave em cabeçada no último lance. Ficou no quase e muito pouco para quem sonha com o título nacional.
O Corinthians novamente não teve força ofensiva para vencer. Pato está longe de justificar os R$ 40 milhões investidos e, mais uma vez, atuou muito abaixo do esperado. Em seu décimo jogo sem gol, foi cobrado por torcedores, que chegaram a pedir Romarinho (que entrou no lugar de Douglas). Tirando a pressão dos minutos finais, a equipe de Tite nada criou. Poderia ter sido pior se Cássio não salvasse nas duas chances criadas pelo defensivo time do Canindé.
Com seis pontos, os corintianos terão agora pouco mais de uma semana de folga por causa da Copa das Confederações – voltam a treinar dia 17. O próximo jogo será contra o rival São Paulo, dia 3 de julho, pela Recopa Sul-Americana, no Morumbi.
A Portuguesa, preocupada em sair das últimas posições, consegue um ponto importante para não iniciar o torneio já ameaçada de cair. Na quarta-feira, pega o Fluminense, no Canindé, em jogo atrasado. Se vencer, sai da zona da degola.
Emerson foi marcado de perto por Rogério, da Portuguesa (Foto: Marcos Ribolli)
Pato, Emerson, Douglas e Danilo. Um ataque de respeito, composto pelos últimos campeões mundiais e por uma estrela internacional. Mas, de novo, não funcionou, e o Corinthians só não acabou o primeiro tempo perdendo graças à noite inspirada do goleiro Cássio. A Portuguesa, satisfeita com o resultado, poderia ter arriscado mais para abrir vantagem.
Alexandre Pato foi o reflexo da atuação do Timão. Disperso, virou uma presa fácil para a estratégia defensiva montada para a Lusa. O camisa 7 errou tudo: dribles, disputas de bola, finalizações. A torcida se irritou. Os gritos de algumas adolescentes apaixonadas nas arquibancadas não abafaram a insatisfação de outra parte descontente da Fiel.
Mas ele não foi o único. Danilo teve uma exibição em câmera lenta e nada criou. O mesmo aconteceu com Douglas, sumido em campo. Emerson lutou, correu, discutiu com adversários e só. Alessandro lesionou a coxa direita e deu lugar ao volante Willian Arão, nulo no ataque. Paulinho, que está com a Seleção, fez muita falta. Muita. Guilherme tentou desempenhar o mesmo papel, mas ainda está longe do titular.
Empatar com um dos favoritos “fora de casa” estava de bom tamanho para a Portuguesa. Bem posicionada, a Lusa travou todas as ações do adversário e quase conseguiu aproveitar os espaços. Diogo, de cabeça, e Cañete, em chute cruzado, pararam em ótimas defesas de Cássio.
Alexandre Pato está há dez jogos sem marcar pelo Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)
A lesão de Paulo André, aos 43 minutos do primeiro tempo, fez Tite arriscar depois do intervalo. O treinador trocou o zagueiro pelo estreante Ibson, recuando Ralf para atuar ao lado de Gil. O Timão ganhou mais qualidade nos passes, mas se abriu. Diogo, na cara de Cássio, perdeu outra chance logo nos primeiros minutos.
Ibson até tentou melhorar a distribuição de bolas na saída da defesa, porém, sentiu a falta de ritmo e sem velocidade acabou sendo pouco produtivo. Com alguns erros de posicionamento, a Portuguesa quase colaborou para o Timão crescer. Em seu primeiro momento de atenção, Pato desviou de cabeça para Danilo, que devolveu. A zaga evitou que a bola voltasse ao centroavante. O bastante para a torcida passar a gritar por Romarinho.
Tite atendeu aos pedidos somente aos 30 minutos, colocando o xodó da torcida na vaga de Douglas. Com o apoio vindo das arquibancadas, o time passou a sufocar. Danilo perdeu grande chance ao chutar torto de dentro da área. A seis minutos do fim, Romarinho quase virou herói, mas carimbou o travessão em bomba de longe. Gil ainda acertou a trave em cabeçada no último lance. Ficou no quase e muito pouco para quem sonha com o título nacional.
Portuguesa levou perigo, mas parou em Cássio (Foto: Marcos Ribolli)
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