quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Bruno Soares traça meta ousada: ser o maior duplista da história do país


Tenista mineiro já ganhou dois títulos de duplas em 2013 e planeja parceria com Marcelo Melo nas Olimpíadas do Rio em 2016

Por Daniel Cardoso Rio de Janeiro

Completando 31 anos nessa quarta-feira, o tenista Bruno Soares já ganhou dois títulos de duplas em 2013, nos Abertos de Auckland e de São Paulo. No 18º lugar no ranking, ele almeja ser o melhor duplista da história do tênis brasileiro. Em entrevista exclusiva para o GLOBOESPORTE.COM, o tenista mineiro fala como pretende chegar lá, do entrosamento com o austríaco Alexander Peya e de sua parceria com Marcelo Melo de olho nos Jogos Olímpicos de 2016. Confira os trechos principais do bate-papo.
Você já é o terceiro maior duplista do Brasil. Cássio Motta e Carlos Kirmayr, respectivamente, foram 4° e o 6° lugares no ranking nos anos 80. O que falta para superá-los?
Para chegar a esse nível, 4° e 6°, você precisa ganhar coisas muito grandes como Grand Slam ou Master Series. Isso é o que falta, realmente eu estou num nível que eu me considero capaz de chegar num ranking desse. Eu já passei eles em número de títulos, hoje eu sou recordista do Brasil com 12 títulos de duplas. Minha próxima meta é chegar perto deles em termos de ranking. Meu grande objetivo é entrar no top ten, e uma vez que eu consiga esse objetivo quero me firmar lá.

Bruno Soares tênis Copa Davis Rio Preto (Foto: Luiz Pires/FOTOJUMP)Bruno Soares quer levantar mais taças em 2013 (Foto: Luiz Pires/FOTOJUMP)

Você e Marcelo Melo formam uma dupla afinada. Por que não seguir com a parceria?
O Peya é o meu parceiro oficial, é o cara que eu vou jogar o ano inteiro. Já eu e Marcelo somos grandes amigos, a gente cresceu juntos, se conhece desde os sete anos. Jogamos juntos em todas as épocas,  juvenil, início de carreira profissional, e depois que nós viramos especialistas em duplas jogamos juntos em 2010 e 2011. Até optei por dar um tempo porque no circuito você joga com a pessoa o ano inteiro, é praticamente um relacionamento, toma café, faz tudo junto, tem que se dar bem com o cara e é um negócio extremamente desgastante. Eu conversei com o Marcelo que o maior objetivo nosso agora, como dupla, é o Rio 2016. Na Olimpíada você tem que representar o seu país, isso é uma coisa que foge muito dos meus objetivos individuais, é uma coisa pelo país, é uma medalha, um negócio muito maior. Nossa ideia é ir aos poucos retomando a parceria, acho que teremos muito mais para conquistar juntos se a gente não passar esse tempo todo jogando juntos e se desgastando. Vamos aos poucos retomando e um pouco antes das Olimpíadas voltar a jogar junto para ir em busca desse nosso grande objetivo.

Qual a expectativa que você e Peya tem para os próximos Masters 1000 de Indian Wells e Miami, ambos em quadra dura?
Hoje os Masters 1000 são os torneios mais difíceis do ano. Na minha opinião mais difíceis até que os Grand Slams, porque os Masters 1000 são Grand Slams enxugados, então só entra o top do top. No Grand Slam a chave é grande, vira e mexe uma chave ‘abre’, dá uma zebra aqui e ali e você pode ter uma brechinha, não até o final mas nas duas primeiras rodadas. No Masters 1000  é pancada de toda a direção, a chave é menor e é o que há de mais difícil. Nossa expectativa é começar a jogar bem nesses torneios, disputar final, ir em busca do título disso aí. Já tivemos grandes resultados, já fui finalista em Monte Carlo e em várias outras ocasiões, mas o nosso grande objetivo é conquistar um título de Masters 1000 esse ano. Eu acho que é o momento, estamos extremamente preparados, a gente vem jogando muito bem e a quadra dura é nossa favorita. O estilo que a gente tem encaixa bem em quadra rápida.

tênis Alexander Peya e Bruno Soares (Foto: Wagner Carmo / Inovafoto)Bruno Soares e seu parceiro, o austríaco Alexander Peya (Foto: Wagner Carmo / Inovafoto)

Você e Peya deram um salto no ranking, são as sétima melhor dupla agora, e entraram na zona de classificação do ATP World Tour Finals. Qual é a dificuldade de se manter entre as oito duplas até novembro?
Eu acho que esse é o nosso grande desafio no ano, dentro de todos os objetivos esse é o maior. Obviamente você se classificando para o Masters, provavelmente a grande maioria dos outros outros objetivos que você traçou ao longo do ano você alcançou, porque você teve um grande ano. Com certeza para chegar lá você teve grandes resultados em torneios, com certeza você teve um ano extremamente sólido e consistente. A grande dificuldade é a concorrência, para jogar o Master de Londres, é o que há de melhor no ano, as oito melhores parcerias e realmente o nosso grande desafio é se manter ali. Acho hoje um pouco prematuro analisar em termos de zona de classificação, falta muito e o ano é longo. O que tem de positivo é que estamos no caminho certo.

Seu aniversário é hoje. O que espera de presente nesta temporada?
O presente seria um título de Master Series, um título de Grand Slam e classificar para o ATP World Tour Finals em Londres. Seria presente de aniversário, Natal, páscoa, dia das crianças, tudo junto.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/02/bruno-soares-traca-meta-ousada-ser-o-maior-duplista-da-historia-do-pais.html

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