Clássico terminou em 0 a 0, mas contou com festa dos gremistas. Torcedores do anel superior tentaram levar cadeiras do estádio
A temida invasão ao gramado não aconteceu. A torcida, pode-se dizer,
até se comportou mais do que os próprios jogadores, envolvidos em várias
confusões durante o Gre-Nal 394, neste domingo. Frustrada por não poder
gritar gol nenhuma vez durante os 90 minutos, fez do final do clássico o
grande espetáculo que pouco se viu em campo. Choro compulsivo, aplausos
emocionados e até uma "avalanche coletiva" marcaram os momentos
seguintes ao final do jogo de despedida do Olímpico, que dará a lugar à
Arena como casa do Grêmio em 2013.
Torcedora vai às lágrimas no Olímpico (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
Por "avalanche coletiva", entenda-se aquele movimento de descer as
arquibancadas após um gol. Mas não feito apenas pela Geral, sempre
postada atrás das traves à direita das cabines de imprensa. O estádio
inteiro também praticou a famosa comemoração. Até porque, mesmo sem bola
na rede, havia muito a celebrar.
Antes, um vídeo no telão mostrava o Olímpico, numa imagem aérea que se
dirigia, pouco a pouco, até a Arena. O filme provocou aplausos dos quase
45 mil torcedores presentes. Eram pais e filhos abraços, gente grande
chorando com a compulsividade de uma criança. Quem não se esvaía em
lágrimas, carregava um olhar distante, quase hipnótico. Vergonha?
Vergonha é não dar o seu adeus ao estádio.
- É uma mudança (de casa) para melhor, mas, sem dúvida, dói bastante -
confidenciou o presidente Paulo Odone, muito emocionado em frente à
Geral.
Emoção também marcou a antes corriqueira função de Everson Souza. O
funcionário, que em todo o santo jogo retirava as redes das traves sem
badalação, desta vez se viu envolto pelos holofotes. Afinal, era a
última vez que tiraria as redes do Olímpico.
Torcida faz a última (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
- A gente sempre tira, mas, desta vez, foi diferente - disse, poucas
palavras, para sair correndo e não ter riscos de perder o material para
um eventual torcedor mais entusiasmado.
Para completar a meia hora em que os gremistas não arredaram o pé do
Olímpico mesmo sem mais nada a ser disputado no gramado, um avião
sobrevoou o céu ainda azul de fim de tarde para agradecer, numa faixa
simples, porém emblemática: "Obrigado, Nação Tricolor".
Mas a festa teve suas ressalvas. Dezenas de gremistas alojados no anel
superior tentaram arrancar pedaços das cadeiras numeradas para levar
como recordação. A iniciativa gerou tumulto e reação da Brigada Militar,
que procurou conter a depredação.
Redes são retiradas da metadoOlímpico(Foto:DiegoGuichard/Globoesporte.com)
Clássico terminou em 0 a 0, mas contou com festa dos gremistas. Torcedores do anel superior tentaram levar cadeiras do estádio
Torcedora vai às lágrimas no Olímpico (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
- É uma mudança (de casa) para melhor, mas, sem dúvida, dói bastante - confidenciou o presidente Paulo Odone, muito emocionado em frente à Geral.
Emoção também marcou a antes corriqueira função de Everson Souza. O funcionário, que em todo o santo jogo retirava as redes das traves sem badalação, desta vez se viu envolto pelos holofotes. Afinal, era a última vez que tiraria as redes do Olímpico.
Torcida faz a última (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
Mas a festa teve suas ressalvas. Dezenas de gremistas alojados no anel superior tentaram arrancar pedaços das cadeiras numeradas para levar como recordação. A iniciativa gerou tumulto e reação da Brigada Militar, que procurou conter a depredação.
Redes são retiradas da metadoOlímpico(Foto:DiegoGuichard/Globoesporte.com)
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