Chumbinho, apelido de infância do dirigente colorado, elogia o estilo 'rápido e objetivo' do treinador colorado. Contatos são diários para fechar elenco
Newton Drummond entre contatos e entrevistas
(Foto: Diego Guichard/GLOBOESPORTE.COM)
(Foto: Diego Guichard/GLOBOESPORTE.COM)
Para explicar o processo de mudanças no futebol colorado, Drummond recebeu o GLOBOESPORTE.COM para uma conversa na última sexta-feira. Entre os assuntos tratados, a nova política do clube com a comissão técnica encabeçada pelo técnico Dunga.
Mesmo que seja a primeira experiência com o treinador, o dirigente já vê uma sintonia única como o novo comandante colorado. Acha que ambos têm semelhança na forma de trabalhar. Para o dirigente, Dunga é um treinador “metódico” e que soube evoluir, crescendo desde a passagem de atleta para técnico.
- Nós temos similaridades na forma de agir. Ele não enrola, é rápido e objetivo. O Dunga é direto e claro. Nós falamos pelo menos duas vezes todos os dias. Ele tem confiança, auto estima elevada e conhecimento grande de futebol brasileiro, apesar de só ter treinado a Seleção – destaca.
Chumbinho, como é apelidado, chega para ser o "braço de ferro" do presidente Giovanni Luigi, em turno integral e com mais autonomia. Ou seja, fica 24 horas em função do clube, se necessário.Desde a última semana, ocupa a lacuna deixada vaga quando Fernandão passou de dirigente a treinador, em julho.
- As pessoas que estão no comando tentaram fazer uma alteração, mas viram que as coisas não funcionaram dessa forma. Teriam de tomar um novo rumo. No momento que o Fernandão saiu entendo que alguém deveria entrar ali – opinou, entre rabiscos em círculo na folha de rascunho em cima da mesa.
O dirigente ficou mais de um ano afastado do clube. Em julho de 2011, pediu para sair após não encaixar sua metodologia de trabalho com a do ex-vice de futebol Roberto Siegmann – irmão da sua esposa Rosemarie.
- Naquele momento eu não me sentia útil. Sou muito conservador e estava incomodado. Entendi que era melhor eu sair do que criar uma crise – revela, ligeiramente incomodado com o assunto.
Na época, se “colocou ao mercado”, como discursou na entrevista coletiva de despedida. Dias depois, foi contratado para assumir o futebol do Vitória, onde ficou até o fevereiro deste ano.
Chumbinho programou 2012 para os estudos
(Foto: Diego Guichard/GLOBOESPORTE.COM)
Dos estudos ao retorno(Foto: Diego Guichard/GLOBOESPORTE.COM)
Na temporada atual, optou por se dedicar a cursos de especialização. Cursou MBA em gestão para se aprimorar como diretor de futebol.
Começou a selar o retorno ao Inter ao receber Luigi em reunião casual na sua residência no litoral gaúcho em 17 de novembro. A oficialização ocorreu junto com o anúncio de Dunga e comissão técnica, no dia 12 do mês seguinte.
- Eu mudei. Hoje, sou extremamente profissional. Não tenho e não quero ter veia política. Não quero mais saber disso, meu negócio é futebol. Preciso estar pronto 24 horas por dia – contou. - Como o futebol mexe com muitos valores, é necessário ter todos esses dados analisados. Quem faz isso é o executivo. Mas quem tem a caneta é o presidente.
Chumbinho é entusiasta ao falar sobre o cargo de diretor de futebol, cada vez mais valorizado nas equipes brasileiras. Se orgulha ao ter uma agenda cheia de contatos e trânsito fácil com os principais dirigentes do país.
Quando contratado no Vitória, Chumbinho promoveu alterações. Solicitou uma equipe mais leve em campo, diminuiu o tamanho do grupo. A campanha foi satisfatória, tirando o clube das últimas posições na tabela e quase garantindo classificação para a Série A.
As mudanças também chegarão ao clube gaúcho. Mas de forma moderada. Segundo Drummond, a ideia é dar chance para todos, usar do Gauchão um laboratório para, a partir de maior, já ter um time moldado para as competições nacionais. Confiança no trabalho e experiência há de sobra.
Quem é Chumbinho? |
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Engenheiro Civil, Newton Drummond é casado com Rosemarie e pai de Enrique, de 22 anos, e Roberta, de 8. |
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O apelido “Chumbinho” vem da infância, quando se destacava nos campos da escola, conforme ele mesmo define. - O nome vem do desenho Bacamarte e Chumbinho. Eu era rápido e falavam que eu escapava como o rato Chumbinho. Ficou para sempre. Estamos falando de 1969, quando eu jogava na seleção da escola e fui campeão– relembra. FONTE: Chumbinho, apelido de infância do dirigente colorado, elogia o estilo 'rápido e objetivo' do treinador colorado. Contatos são diários para fechar elenco
11 comentários
Newton Drummond entre contatos e entrevistas
Em meio a dezenas de ligações telefônicas, divididas em dois aparelhos
celulares (um com rádio) e outro fixo, localizado em escritório às
margens do Guaíba no CT do Parque Gigante, trabalha o “novo” homem forte
do futebol do Inter. Trata-se do engenheiro civil Newton Drummond, que
na verdade é um velho conhecido do clube - com 11 anos de experiência no
vestiário colorado.(Foto: Diego Guichard/GLOBOESPORTE.COM) Para explicar o processo de mudanças no futebol colorado, Drummond recebeu o GLOBOESPORTE.COM para uma conversa na última sexta-feira. Entre os assuntos tratados, a nova política do clube com a comissão técnica encabeçada pelo técnico Dunga. Mesmo que seja a primeira experiência com o treinador, o dirigente já vê uma sintonia única como o novo comandante colorado. Acha que ambos têm semelhança na forma de trabalhar. Para o dirigente, Dunga é um treinador “metódico” e que soube evoluir, crescendo desde a passagem de atleta para técnico. - Nós temos similaridades na forma de agir. Ele não enrola, é rápido e objetivo. O Dunga é direto e claro. Nós falamos pelo menos duas vezes todos os dias. Ele tem confiança, auto estima elevada e conhecimento grande de futebol brasileiro, apesar de só ter treinado a Seleção – destaca. Chumbinho, como é apelidado, chega para ser o "braço de ferro" do presidente Giovanni Luigi, em turno integral e com mais autonomia. Ou seja, fica 24 horas em função do clube, se necessário. Desde a última semana, ocupa a lacuna deixada vaga quando Fernandão passou de dirigente a treinador, em julho. - As pessoas que estão no comando tentaram fazer uma alteração, mas viram que as coisas não funcionaram dessa forma. Teriam de tomar um novo rumo. No momento que o Fernandão saiu entendo que alguém deveria entrar ali – opinou, entre rabiscos em círculo na folha de rascunho em cima da mesa. O dirigente ficou mais de um ano afastado do clube. Em julho de 2011, pediu para sair após não encaixar sua metodologia de trabalho com a do ex-vice de futebol Roberto Siegmann – irmão da sua esposa Rosemarie. - Naquele momento eu não me sentia útil. Sou muito conservador e estava incomodado. Entendi que era melhor eu sair do que criar uma crise – revela, ligeiramente incomodado com o assunto. Na época, se “colocou ao mercado”, como discursou na entrevista coletiva de despedida. Dias depois, foi contratado para assumir o futebol do Vitória, onde ficou até o fevereiro deste ano.
Chumbinho programou 2012 para os estudos
Dos estudos ao retorno(Foto: Diego Guichard/GLOBOESPORTE.COM) Na temporada atual, optou por se dedicar a cursos de especialização. Cursou MBA em gestão para se aprimorar como diretor de futebol. Começou a selar o retorno ao Inter ao receber Luigi em reunião casual na sua residência no litoral gaúcho em 17 de novembro. A oficialização ocorreu junto com o anúncio de Dunga e comissão técnica, no dia 12 do mês seguinte. - Eu mudei. Hoje, sou extremamente profissional. Não tenho e não quero ter veia política. Não quero mais saber disso, meu negócio é futebol. Preciso estar pronto 24 horas por dia – contou. - Como o futebol mexe com muitos valores, é necessário ter todos esses dados analisados. Quem faz isso é o executivo. Mas quem tem a caneta é o presidente. Chumbinho é entusiasta ao falar sobre o cargo de diretor de futebol, cada vez mais valorizado nas equipes brasileiras. Se orgulha ao ter uma agenda cheia de contatos e trânsito fácil com os principais dirigentes do país. Quando contratado no Vitória, Chumbinho promoveu alterações. Solicitou uma equipe mais leve em campo, diminuiu o tamanho do grupo. A campanha foi satisfatória, tirando o clube das últimas posições na tabela e quase garantindo classificação para a Série A. As mudanças também chegarão ao clube gaúcho. Mas de forma moderada. Segundo Drummond, a ideia é dar chance para todos, usar do Gauchão um laboratório para, a partir de maior, já ter um time moldado para as competições nacionais. Confiança no trabalho e experiência há de sobra.
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