Rubro-Negro mantém tradicional apoio a outras modalidades e sonha em colocar representantes nos Jogos Olímpicos de 2016
Fundado em 13 de maio de 1899, o Vitória não teve o futebol como
carro-chefe durante os primeiros anos de vida. Foi o cricket que motivou
jovens da elite baiana a formarem a equipe. Três anos depois, novos
esportes foram implantados. O futebol, o atletismo, a natação e o remo
fizeram com que o Club de Cricket Victoria mudasse de nome para Sport
Club Victoria. Cento e treze anos depois, a vertente poliesportiva
permanece forte dentro da Toca do Leão.
Como em grandes clubes brasileiros, o futebol se tornou a principal referência quando se fala em Vitória. Principalmente depois da efetiva utilização do Barradão, a partir da década de 90. Os olhos e os principais investimentos do clube estão voltados para o esporte mais praticado no Brasil, mas as outras modalidades não foram esquecidas pela agremiação que se caracterizou por dar valor aos atletas olímpicos.
Dos cinco primeiros esportes praticados pelo clube, apenas dois não estão mais no cartel de modalidades praticadas, desenvolvidas e disputadas pelo Rubro-Negro. O futebol, a natação e o remo seguem firmes e fortes com as cores vermelho e preto. A eles se juntaram ainda vôlei, vôlei de praia, futebol feminino, futsal, boliche, basquete, judô e taekwondo.
Todo o trabalho é feito com o apoio do clube em parceria com outras instituições. Além das disputas locais e nacionais, o pensamento da diretoria tem sido alto e com o olho no Rio de Janeiro em 2016.
- Possibilidades para as Olimpíadas existem, mas não é fácil. Temos chances como atletas nossas no judô, taekwondo e remo – comentou o diretor de esportes olímpicos do clube, Mário Ferrari.
Tradição no remo
Dos dez esportes praticados hoje no Vitória, além do futebol, o que tem
maior tradição na história do clube é o remo. É a modalidade olímpica
com maior número de conquistas e feitos. Desde 1901, o Rubro-Negro
mantém uma tradição de títulos, deposi de conquistar 24 das 30
competições que disputou entre 1943 e 1972, além de manter o recorde
brasileiro de títulos consecutivos, quando venceu 11 entre 1943 e 1953.
Neste ano, o clube conseguiu o título de campeão baiano pela 11ª vez consecutiva, igualando feito de 1943 a 1953. Além disso, foi tetracampeão do Norte e Nordeste, vice-campeão brasileiro de remo máster e campeão brasileiro do quatro sem peso leve em São Paulo com os remadores Erlan Teles, Érico Araújo, Anderson Marques e Josuel dos Santos.
Apesar dos resultados e da real chance de ter um atleta nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o gerente da modalidade, João Alves Ribeiro, acredita que o apoio dado pelo clube poderia ser melhor.
- É um sacrifício tão grande que a gente faz. A gente conta com o presidente Alexi Portela, ele gosta do remo, mas eu noto que os outros diretores, conselheiros, não dão valor. Só dão valor ao futebol. Isso é uma coisa do Nordeste. É um sacrifício muito grande. Temos bons atletas. Inclusive fomos campeões brasileiros, mesmo sem nada. Aqui estamos lá embaixo, atrasadíssimos. Esporte olímpico, no nordeste, não existe – lamentou.
A importância do remo para o clube é tamanha que o principal apelido carregado pela entidade – em qualquer esporte – surgiu de um feito dos primeiros remadores do Rubro-Negro. Em 1902, o Vitória tinha os barcos Tupy e Tabajara. Em um determinado dia, os remadores saíram do Porto da Barra e foram até o Porto dos Tainheiros, em Itapagipe. O feito gerou o apelido de Leões da Barra.
O planejamento para os próximos anos no remo não fica somente no
resultado. Para que a meta seja alcançada, o diretor de esportes
olímpicos do clube lembra que também é preciso pensar na estrutura
oferecida aos atletas.
- Nosso pensamento é de ter atletas convocados pela seleção brasileira. Para isso, vamos implantar melhoramentos na sede da Ribeira e começar a fornecer almoço para cerca de vinte atletas nas sede – afirmou Mário Ferrari.
Sucesso dentro d’água e na areia
Além do remo, o Vitória sonha em ter representantes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em uma outra modalidade. Atualmente, três duplas representam o Leão da Barra nas areias da Bahia e do Brasil. Paulo Frank e Ailton, atuais campeões baianos, e Yuri e Silas, vice-campeões estaduais, disputam o Circuito Banco do Brasil. Maicon e Renan tentam seguir o mesmo caminho.
Com o trio em boa fase, a parceria iniciada em setembro deste ano é vista com bons olhos para o futuro. De acordo com Mário Ferrari, o clube tem como planejamento para 2013 ganhar o título estadual mais uma vez, disputar as etapas do circuito brasileiro e terminar o ano com, aos menos, uma das duplas nas primeiras colocações.
Já Márcio Xavier, coordenador geral do vôlei de praia do Vitória, tem
mais os pés no chão. Ele lembra que o nível nacional de disputa é alto,
mas mantém o otimismo e exalta a iniciativa do time baiano.
- Acho bacana isso que o Vitória faz, porque existe um público que gosta de outros esportes e não só o futebol. Acho até que o Vitória pode conseguir mais torcedores – disse
.
Judô quase lá
Não é somente nas águas e nas areias que o vermelho e preto tem ganhado destaque. Os planos do Rubro-Negro nos tatames também são altos. Campeão baiano por equipes e sétimo colocado no Campeonato Brasileiro por equipes, o Vitória tem em Maicon França a esperança de lutar por uma vaga nas Olimpíadas de 2016. O judoca, inclusive, conseguiu uma vaga na seleção brasileira para o próximo ano e vai representar o Brasil nos eventos já confirmados para 2013.
Quem também pode levar a bandeira do Leão da Barra para o Rio de Janeiro é Mônica Veloso. A nadadora paralímpica conta com o apoio do Vitória e tem se destacado em eventos nacionais e internacionais.
Nas quadras, o vôlei e o basquete são referências. Na primeira
modalidade, o time masculino treinado por Sandro Ricardo é bicampeão
estadual e bicampeão da Copa Estado da Bahia. Para o próximo ano, o
objetivo é se classificar para a disputa da Super Liga Nacional B.
Já o basquete terminou o ano com uma conquista inédita. Em parceria com uma faculdade local, o Vitória foi o primeiro time a se tornar campeão inédito masculino adulto. Além disso, o time está classificado para a segunda fase da Supera Copa Norte e Nordeste e quer mais.
- Nós temos como participar da Liga Nacional Sub-22 e do Campeonato Brasileiro na série B, mas precisaremos de recursos – comentou Mário Ferrari.
O nome do clube é representado também no boliche e no futsal. Nas duas modalidades o Vitória mantém a rotina de lutar por títulos e a tradição de levar o vermelho e preto aos campos, quadras, areias, piscinas e mares. São 113 anos de uma agremiação que luta para honrar o Esporte Clube que carrega junto ao nome Vitória.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vitoria/noticia/2012/12/alem-do-campo-vitoria-aposta-e-se-destaca-nos-esportes-olimpicos.html
Como em grandes clubes brasileiros, o futebol se tornou a principal referência quando se fala em Vitória. Principalmente depois da efetiva utilização do Barradão, a partir da década de 90. Os olhos e os principais investimentos do clube estão voltados para o esporte mais praticado no Brasil, mas as outras modalidades não foram esquecidas pela agremiação que se caracterizou por dar valor aos atletas olímpicos.
Dos cinco primeiros esportes praticados pelo clube, apenas dois não estão mais no cartel de modalidades praticadas, desenvolvidas e disputadas pelo Rubro-Negro. O futebol, a natação e o remo seguem firmes e fortes com as cores vermelho e preto. A eles se juntaram ainda vôlei, vôlei de praia, futebol feminino, futsal, boliche, basquete, judô e taekwondo.
Todo o trabalho é feito com o apoio do clube em parceria com outras instituições. Além das disputas locais e nacionais, o pensamento da diretoria tem sido alto e com o olho no Rio de Janeiro em 2016.
- Possibilidades para as Olimpíadas existem, mas não é fácil. Temos chances como atletas nossas no judô, taekwondo e remo – comentou o diretor de esportes olímpicos do clube, Mário Ferrari.
Tradição no remo
Remadores são tradição na história do
Rubro-Negro (Foto: Divulgação/EC Vitória)
Rubro-Negro (Foto: Divulgação/EC Vitória)
Neste ano, o clube conseguiu o título de campeão baiano pela 11ª vez consecutiva, igualando feito de 1943 a 1953. Além disso, foi tetracampeão do Norte e Nordeste, vice-campeão brasileiro de remo máster e campeão brasileiro do quatro sem peso leve em São Paulo com os remadores Erlan Teles, Érico Araújo, Anderson Marques e Josuel dos Santos.
Apesar dos resultados e da real chance de ter um atleta nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o gerente da modalidade, João Alves Ribeiro, acredita que o apoio dado pelo clube poderia ser melhor.
- É um sacrifício tão grande que a gente faz. A gente conta com o presidente Alexi Portela, ele gosta do remo, mas eu noto que os outros diretores, conselheiros, não dão valor. Só dão valor ao futebol. Isso é uma coisa do Nordeste. É um sacrifício muito grande. Temos bons atletas. Inclusive fomos campeões brasileiros, mesmo sem nada. Aqui estamos lá embaixo, atrasadíssimos. Esporte olímpico, no nordeste, não existe – lamentou.
A importância do remo para o clube é tamanha que o principal apelido carregado pela entidade – em qualquer esporte – surgiu de um feito dos primeiros remadores do Rubro-Negro. Em 1902, o Vitória tinha os barcos Tupy e Tabajara. Em um determinado dia, os remadores saíram do Porto da Barra e foram até o Porto dos Tainheiros, em Itapagipe. O feito gerou o apelido de Leões da Barra.
Equipe do Vitória foi campeã brasileira na temporada de 2012 (Foto: Divulgação/EC Vitória)
- Nosso pensamento é de ter atletas convocados pela seleção brasileira. Para isso, vamos implantar melhoramentos na sede da Ribeira e começar a fornecer almoço para cerca de vinte atletas nas sede – afirmou Mário Ferrari.
Sucesso dentro d’água e na areia
Além do remo, o Vitória sonha em ter representantes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em uma outra modalidade. Atualmente, três duplas representam o Leão da Barra nas areias da Bahia e do Brasil. Paulo Frank e Ailton, atuais campeões baianos, e Yuri e Silas, vice-campeões estaduais, disputam o Circuito Banco do Brasil. Maicon e Renan tentam seguir o mesmo caminho.
Com o trio em boa fase, a parceria iniciada em setembro deste ano é vista com bons olhos para o futuro. De acordo com Mário Ferrari, o clube tem como planejamento para 2013 ganhar o título estadual mais uma vez, disputar as etapas do circuito brasileiro e terminar o ano com, aos menos, uma das duplas nas primeiras colocações.
Diretoria de esportes olímpicos tem sonhos altos
com o vôlei de praia (Foto: Divulgação/EC Vitória)
com o vôlei de praia (Foto: Divulgação/EC Vitória)
- Acho bacana isso que o Vitória faz, porque existe um público que gosta de outros esportes e não só o futebol. Acho até que o Vitória pode conseguir mais torcedores – disse
.
Judô quase lá
Não é somente nas águas e nas areias que o vermelho e preto tem ganhado destaque. Os planos do Rubro-Negro nos tatames também são altos. Campeão baiano por equipes e sétimo colocado no Campeonato Brasileiro por equipes, o Vitória tem em Maicon França a esperança de lutar por uma vaga nas Olimpíadas de 2016. O judoca, inclusive, conseguiu uma vaga na seleção brasileira para o próximo ano e vai representar o Brasil nos eventos já confirmados para 2013.
Quem também pode levar a bandeira do Leão da Barra para o Rio de Janeiro é Mônica Veloso. A nadadora paralímpica conta com o apoio do Vitória e tem se destacado em eventos nacionais e internacionais.
Mônica Veloso leva o vermelho e preto nas piscinas do Brasil e do mundo (Foto: Divulgação/EC Vitória)
Já o basquete terminou o ano com uma conquista inédita. Em parceria com uma faculdade local, o Vitória foi o primeiro time a se tornar campeão inédito masculino adulto. Além disso, o time está classificado para a segunda fase da Supera Copa Norte e Nordeste e quer mais.
- Nós temos como participar da Liga Nacional Sub-22 e do Campeonato Brasileiro na série B, mas precisaremos de recursos – comentou Mário Ferrari.
O nome do clube é representado também no boliche e no futsal. Nas duas modalidades o Vitória mantém a rotina de lutar por títulos e a tradição de levar o vermelho e preto aos campos, quadras, areias, piscinas e mares. São 113 anos de uma agremiação que luta para honrar o Esporte Clube que carrega junto ao nome Vitória.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vitoria/noticia/2012/12/alem-do-campo-vitoria-aposta-e-se-destaca-nos-esportes-olimpicos.html
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