Vitória bate Ceará por 1 a 0 no Barradão e fica a um ponto de garantir o acesso. Treinador diz que não tirou Escudero por opção: “Ele daria a vida nos últimos minutos”
O Vitória está muito perto de garantir vaga na Série A de 2016. Depois de bater o Ceará na tarde deste sábado por 1 a 0, com gol de Kanu, o Rubro-Negro precisa apenas de um empate nos dois próximos jogos, contra Luverdense e Santa Cruz, para selar o acesso (assista aos melhores momentos da partida contra o Vozão no vídeo, clicando no LINK da FONTE, no final da Postagem abaixo).
Após a partida, o técnico Vagner Mancini avaliou o jogo e destacou a superação do Leão da Barra diante das dificuldades apresentadas pelo Vozão. Ele lembrou os desfalques de última hora da equipe baiana: o lateral Diogo Mateus sentiu dores antes da partida, e o zagueiro Ramon se machucou durante o aquecimento. No meio do jogo, foi a vez de Euller reclamar de dores na coxa.
- Sem dúvida que sim. Com muita superação, porque não tínhamos Diogo Mateus, que sentiu antes do jogo. Depois Ramon, no aquecimento, acabou tendo lesão de última hora. Mas o nosso elenco sabia a importância do jogo de hoje e sabia que deveria ter uma postura realmente de superação. Desde o início foi o que vimos no jogo. Um time que jogou, teve dificuldades, brigou muito, lutou muito durante o jogo, fez valer o fato de estar jogando no Barradão. No final, todos nós saímos felizes pelo resultado – afirmou Mancini.
Mancini destaca luta dos jogadores dentro de
campo (Foto: Francisco Galvão/EC
Vitória/ Divulgação)
E o triunfo chegou, mesmo após um segundo tempo apertado, no qual o meia Escudero perdeu um pênalti quando o Vitória era pressionado pelo adversário. A penalidade sem sucesso foi o motivo para que o argentino não saísse de campo: quando cobrou, o argentino era o escolhido para dar lugar a Flavio. Mancini explicou:
- Na verdade, o jogador que iria sair quando chamei o Flavio era o Escudero. Só que estávamos esperando ele bater o pênalti e fazer o gol. Como ele perdeu, mudei a substituição. Porque não acho justo que o atleta que perde um pênalti saia numa situação dessa. Sabia também que ele daria a vida nos últimos minutos, passaria por cima de qualquer outro incômodo. Foi uma opção minha. O próprio Flavio me perguntou se não seria o Escudero a sair, mas falei: “Agora vai sair o Pedro Ken, até para que você passe confiança numa situação difícil como essa” - revelou.
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O técnico ainda lembrou o “fantasma” do Ceará, que foi responsável pela eliminação do Vitória na Copa do Nordeste neste ano. Ele revelou que usou o tabu como combustível para os jogadores durante a semana.
- Nós tivemos a felicidade de vencer o Ceará duas vezes esse ano, no Brasileiro, que foi algoz do Vitória em outras oportunidades. Isso foi usado durante a semana para os atletas. Óbvio que, diante de tanta dificuldade, ou você se esconde ou você tem que ir enfrentar. E o grupo de jogadores resolveu enfrentar. Um grande jogo. Volto a dizer, um jogo difícil, onde o Ceará dificultou demais, ainda mais no segundo tempo. Acho que nosso objetivo foi alcançado, e hoje estamos numa situação bem melhor do que aquela que encontramos antes da partida.
Confira abaixo outros assuntos abordados por Vagner Mancini.
BATEDOR OFICIAL DE PENALTI
- Os atletas já sabem,
momentos antes do jogo. Temos uma folha de cartolina no vestiário. O Escudero é
sempre a primeira opção de batida. O Jorge Wagner também, mas, naquele momento,
o Escudero era a opção.
"BRIGAS" COMO FATOR MOTIVACIONAL
- Às vezes, a gente, dentro
do jogo, mas fora de campo, nota realmente que esse tipo de coisa fica muito em
evidência em alguns jogos. Hoje tive muita briga fora e dentro de campo, no
vestiário, antes do jogo, durante... Tudo para que possa ligar todo mundo. Aquilo
que foi visto contra o Náutico, quando a equipe foi bem no primeiro tempo e
voltou sonolenta, nós aprendemos. A briga faz parte do dia a dia, não só do
jogo. Diariamente, tem que tentar chamar atenção e mostrar ao atleta o que pode
acontecer na partida.
DIFICULDADES EM CAMPO
- Não tenha dúvida que,
quando você tem que decidir algo na vida, e no esporte não é diferente, tem que
ter equilíbrio emocional para suportar tudo. Óbvio que não tem como ter 90 minutos
sem se assustar num jogo desse. Vai ter lance que o torcedor, a gente de fora,
vai ficar apertado, esperando a bola ser tirada. Acho que o equilíbrio da
equipe foi muito bom, aliado a uma força que pedi para eles. Hoje pedi que o
Vitória saísse até da maneira de jogar, que fosse de mais força física,
dividisse bolas, passasse ao torcedor mais confiança. Felizmente, foi o que
vimos.
FAMÍLIA POR TRÁS DOS ATLETAS
- Dou parabéns a todos, não só
aos que entram, mas há uma família por trás deles, de funcionários, gente que
sofre com a gente, alguns viajam, nos jogos fora. - Outros, não, e ficam aqui rezando.
É um momento realmente muito legal, que faz com que tudo valha a pena. Porque não
é fácil você ter que conviver com derrotas, a pressão exercida no futebol, mas é
gostoso quando atinge o objetivo e passa para todo mundo, não só o que sai na TV,
mas toda a família rubro-negra que agora está vibrando com a gente.
POSICIONAMENTO DE VANDER E ESCUDERO
- No primeiro tempo, a
definição tática nossa era Escudero aberto pela esquerda e Vander pela direita.
Embora os dois se sintam mais à vontade pela esquerda. Tem uma variação no
decorrer do jogo. Isso funcionou melhor até certa altura do primeiro tempo e
voltou a funcionar bem no segundo tempo. São atletas dotados de inteligência,
técnica, e por isso se dão bem na posição.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vitoria/noticia/2015/11/mancini-destaca-superacao-e-explica-manutencao-de-escudero-no-2-tempo.html
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