Ele fala como está mais relaxado, aproveitando a vida mas abre espaço na entrevista também para dar sua opinião sobre os atentados que abalaram Paris na última sexta
Quem é
Lewis Hamilton? Um popstar?
- Não sei,
não me vejo como um popstar. Estou feliz de ser como sou. Estou confortável desta
forma. E acho que se alguém ver algo que eu visto e quiser copiar é muito
legal.
Pode ser um
menino? Aquele que começou no kart aos 8 anos?
Ele continua por aqui, vivo na
idolatria por Ayrton Senna.
Bastou ganhar um presente muito especial um troféu que
é uma homenagem da família do piloto brasileiro e neste momento é como se
aquele garotinho estivesse frente a frente com o seu maior ídolo. Senna morreu
quando Hamilton tinha 9 anos de idade, mas o carinho por Ayrton sempre serviu
de exemplo, de um caminho a ser seguido, para o atual tricampeão mundial
inglês.
Hamilton sorri com trofeu que ganhou da família
de Senna ao lado de Glenda Kozlowski
(Foto: Priscila Carvalho)
- Espero que o dia que a minha hora chegar, mesmo
se eu tiver um por cento do amor que ele teve, já seria legal, estou fazendo
tudo que eu posso pra não ficar na sombra dele mas fazer algo similar a ele.
Este ano,
Hamilton resolveu aproveitar a vida.
- Eu estou
aproveitando enquanto tento manter um bom equilíbrio dentro do meu trabalho. Eu
queria conquistar o campeonato, o que consegui. Eu estava focado naquilo. Mas
também mais solto.
Curtindo. Na maioria das vezes, os meus amigos me chamavam
para jantar e eu dizia que não.
Porque precisava ir pra cama cedo. Jantar às
seis horas, ia pra cama as nove, e agora eu topo. Então eu estou fazendo coisas
que eu não fazia antes. Isso tá recompensando muito. Não tenho arrependimentos.
É uma autenticidade
apoiada pela Mercedes. Na antiga equipe,Mclaren, não era assim não e essa liberdade
tem se refletido na pista, este ano foram 10 vitórias em 16 corridas.
Se você não pode ser você mesmo, não tem como
funcionar cem por cento. Porque você está escondendo os seus problemas
verdadeiros. É como se você estivesse se fechando numa mentira. É aquela mentira
é a morte do seu ser verdadeiro. Acho que todos nós somos únicos, do nosso próprio
jeito, e acho que nunca deveríamos sentir como se estivéssemos nos encolhendo
ou nos colocando pra baixo para fazer as pessoas ao nosso redor se sentirem
melhor. Seja o mais brilhante que puder, e liberte os outros pra brilhar também.
Hamilton sorri com trofeu que ganhou da família
de Senna ao lado de Glenda Kozlowski (Foto:
Priscila Carvalho)
Triste com
o ataque terrorista em Paris, Hamilton manifestou solidariedade ao povo francês
pelas redes sociais.
- Quando
você pensa nos que está acontecendo pelo mundo, não apenas com os humanos, mas
com os animais também, toda crueldade que está nos cercando, isso me deixa
triste. A vida é tão preciosa, as pessoas precisam valorizá-la. E há pessoas
que
Ele falou
sobre o seu maior rival atualmente: Nico Rosberg. Eles se conhecem há muitos
anos, desde o kart. Será que na Fórmula 1 é impossível manter uma amizade?
- É muito difícil. Mas tem sido difícil desde que
éramos crianças. Somos amigos desde os 13 anos de idade. Tivemos algumas
corridas boas juntos quando éramos crianças, mas naturalmente sempre houve
aquela tensão entre nós. Porque ele queria vencer, e de repente eu cheguei. Ele
deve ter pensado: “Quem é esse moleque que chegou querendo o meu lugar” (risos).
Aos 30 anos
de idade, Hamilton descobriu a liberdade, está seguro, mais maduro e sabe o que
quer.
- Sei dos meus valores, sei quem sou, e estou
feliz. E se alguém que eu conheça tem uma opinião ruim sobre mim, realmente não
me importo. Porque conheço os meus valores e conheço o meu coração.
Hamilton Glenda (Foto: Priscila Carvalho)
Agora só
falta o tetracampeonato e ao descobrir no final da entrevista que a repórter
Glenda Kozlowski tem quatro títulos mundiais de Body-Boarding, ele lembra que
surfa e aproveita para combinar um próximo encontro dropando algumas ondas ao
lado de Glenda.
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