segunda-feira, 3 de agosto de 2015

PC mexe com Joinville, mas atribui vitória em estreia para "clima bom"

Tricolor vence Avaí por 2 a 0 no primeiro jogo dele como treinador, porém acredita que o mérito pelo triunfo é dos atletas: "Vitória do grupo, que comprou a ideia"



Por
Joinville, SC

 
A mudança surtiu efeito imediato, e o Joinville reencontrou a vitória no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o terceiro triunfo teve a digital do técnico PC Gusmão. No seu primeiro jogo como comandante da equipe, a JEC venceu o Avaí por 2 a 0. Porém, o carioca de 53 anos acredita que a vitória foi dos jogadores, que formaram o clima bom que o time precisava para ganhar e também deixar a lanterna da competição. (Confira os melhores momentos abaixo)


- Meu tempo para trabalhar foi curto. Cheguei e disse que daria meu máximo, dentro e fora de campo, e tentar resgatar estima. A vitória foi do grupo que comprou ideia. O tempo curto para as pessoas falarem do trabalho. Acho que foi o grupo que se juntou, viu a dificuldade e fez um grande jogo. Foi bonito no vestiário, com todos os jogadores do elenco juntos antes de começar, a diretoria, é importante  a integração. O clima era bom e passou para o campo. Vamos trabalhar com alegria da vitória nesta segunda e com o sentimento do dever cumprido. É importante para o início de trabalho. Meu papel era fazer que continuassem o clima bem em campo – apontou PC.

Nesta segunda-feira, o elenco se reapresenta para os preparativos ao confronto das 11h de domingo, contra o Vasco, no Maracanã. Agora, a palavra de ordem não é apenas “reação”, mas manter o que foi começado sobre o Avaí neste domingo. Não apenas pelo resultado, PC também colocou as condições de trabalho como positivas para tal.

- Eu estou entrando, e o João Carlos Maringá está entrando no lugar do Cesar (Sampaio, ex-superintendente). A gente chegou com a criar uma nova situação, e porque tenho respaldo muito grande. É importante ter a figura de um executivo que dê isso. Tive isso com Felipe Ximenes (atualmente no Criciúma e que esteve na Arena Joinville), ele me deu suporte, e te deixa mais tranquilo para focar só no trabalho. Fora de campo tem gente responsável, é muito importante e legal. Estou feliz com o Maringá em pouco tempo, a gente casa bem o trabalho, a cobrança é fundamental para não ter conforto. Minha parte é com a comissão em campo, fora tem uma pessoa em hierarquia para tomar posições cabíveis – elogiou.

PC Gusmão Joinville (Foto: João Lucas Cardoso)
PC comemora o triunfo na estreia pelo 
Joinville (Foto: João Lucas Cardoso)


Veja os principais pontos da entrevista coletiva:

Estreante e jovem Kadu
- Gosto de trabalhar integrado com a base do clube. Quando optei pelo Kadu, tinha a referência do Fabinho, que é técnico dele no júnior. O garoto confia nele mesmo. Teve a surpresa, mas ele jogou com personalidade, atuou como qualquer outro atleta no elenco. É importante contar com um jogador assim.

Compactação e troca de Crispim por Marion
- Teve a situação como a do Kadu, de ter equilíbrio nas pernas. O Marion é um canhoto e rápido. A gente estuda e sabe que o Avaí é forte com o Nino Paraíba (lateral direita) e tínhamos que anular o ponto forte deles. O Marion tem valência e equivale com o Crispim, que viria depois, e poderia anular o Nino. Ambos tem a consciência de fazer o que a gente pediu, os dois acompanharam o lado direito, e o ponto forte dele não teve jogada de intensidade. O futebol de hoje é semelhante ao basquete, tem que saber fazer tudo e em todos os lados. Hoje, ninguém tem privilégio de jogar com bola no pé. 

Ambiente novo
- Foi bacana e muito rápido. O presidente me ligou no domingo à noite porque iria trocar, me fez o convite. Substituiu dois grandes treinadores. Às vezes a mudança não implanta a filosofia, você assume estreando. Eu tive felicidade do grupo me aceitar e a cidade também, fui bem recebido, as pessoas estão acreditando e sinto que tem que entregar de corpo e alma. A vitória hoje não ocorreria se não me aceitassem. Teve mudança de postura, temos um time que sofre junto, não se empolga e não se decepciona, que sabe que pode melhorar na derrota e também na vitória. Vou continuar trabalhando para que o ambiente bom criado continue.

Mais leve
- A vitória é bem bacana. A próxima semana vai ser boa, mas vamos corrigir o que não deu certo. O nosso analista de desempenho filmou treinos e também o jogo, até no intervalo mostrou algo. A gente poderia finalizar mais, demoramos na última bola para servir. O mais importante é que a vitória ocorreu e a mudança influiu de fora positiva.

Torcida 
- A atmosfera da torcida é boa. A torcida e a cidade jogam juntos, têm que pressionar porque participam, a média de público supera alguns adversários. Torcedor tem que cobrar, fazer uma cobrança positiva. Ela apoiou desde o início, isso te passa a confiança grande, torcedor foi feliz para casa. Vibrou, participou junto. Se gritou “olé”, acho que foi mais pelo alívio. Teve a ocasião relacionada ao octa, e o time teve grande atuação. O time está de parabéns em todos os sentidos e agradeço à recepção de todos. Não estamos mais numa posição tão incômoda no momento e temos que ter mais força para sair de trás, ir bem em jogo fora de casa.

Para melhorar
- Temos situações a corrigir, olhar e ver. É importante termos o Marcelo Costa e o Marcelinho Paraíba, jogadores que dão tranquilidade de segurar a bola e usar os garotos. Apesar do jogo intenso, tem momentos de cadenciar. Vamos trabalhar também o passe o fundamento para estamos bem resguardados, e usar o espaço que tivermos para matar os adversários.


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FONTE:
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