Com o técnico do comando, equipe vence duas partidas, última contra Avaí, na sequência e soma pontos importantes para tentar sair da zona do rebaixamento
Perfeccionista nos treinos, perfeccionista nos jogos. E
também na entrevista coletiva. Celso Roth é assim. E foi assim que fez o Vasco
vencer no Brasileirão. Ao analisar o 2 a 0 sobre o Avaí, nesta quarta-feira, em
São Januário, o treinador abordou diversos detalhes. Produção ofensiva, solidez
defensiva, adversário... o principal, porém, foi a atitude. Só com esta mudança
é que a crise deu lugar a esperança.
Roth estava sorridente na conversa com os jornalistas. Era a
satisfação. Em dez dias, conseguiu melhorar o time. Antes desta noite, havia
comandado o 1 a 0 sobre o Flamengo, em Cuiabá. Nem assim tirou o time da zona
do rebaixamento, tamanho o atraso na tabela. É o 17º colocado, com nove pontos.
- O que o Vasco mudou, acho, vocês estão percebendo. É a
atitude do grupo. O Vasco está tendo a humildade de competir. Nós temos
problemas técnicos, sim, todos têm. O futebol está assim. O primeiro passo é
esse: admitir isso e competir. Nesses dois jogos, o Vasco teve consistência. É
o ponto fundamental. Os jogadores sabem para onde devem se movimentar, estão
agrupados. Tivemos problemas no primeiro tempo, mas depois que o Biancucchi
entrou, melhoramos - avaliou o comandante.
John Cley e Gilberto marcaram gols anulados por impedimento.
O segundo, na opinião de Roth, incorretamente. Porém, é necessário superar a
adversidade:
- É complicado. Mas nós estamos controlando a nossa
ansiedade. Tanto para marcar os gols quanto para não sofrer. Um time de
futebol, do nível do Vasco, tem de manter a maturidade sempre.
O Vasco viaja na manhã desta quinta-feira a Chapecó. No
sábado, às 21h, enfrenta a Chapecoense.
Celso Roth orienta jogadores em vitória do
Vasco contra o Avaí em São Januário
(Foto: André Mourão/Agência Estado)
Confira a íntegra da coletiva:
Defesa
Antes, o Vasco não fazia o gol, tomava e se desarrumava. É
por isso que não leva o gol. E, não levado, se faz. Só tem sorte quem trabalha.
E trabalha muito. O grupo está consciente. Sabe da história, do clube, e sabe
que não pode estar nessa situação tão ruim. Isso só não é suficiente. Temos de
manter. Vamos viajar amanhã cedo. Sabemos que o jogo em Chapecó é diferente.
Aqui é campo grande, se joga. Lá, não. Jogo de primeira e segunda bola. Temos
de nos adaptar.
Jhon Cley
É um menino, de 21 anos. Ele tem a oportunidade de se
firmar. Fez um belo primeiro tempo contra o Flamengo. Hoje, depois que teve
chance clara de gol e não converteu, sentiu. Em um jogo desses, não podemos ter
alguém na posição dele fora do jogo. Tentamos corrigir no intervalo. Não deu.
Mudamos. Biancucchi centralizado, Riascos pelo lado. Julio sentiu o joelho.
Colocamos o Rafael. Mudamos. Das duas linhas de quatro para o 4-2-3-1. O Jhon
tem futuro brilhante. Tem de saber que não é só naquela função de fazer o
corredor. Além de marcar, tem de atacar.
Gilberto
Atacante vive de gol. Ainda mais o centroavante. Acabei de
falar com ele sobre isso. Ele se entrega, mas o momento técnico não é bom.
Falamos sobre isso. Tenho certeza de que ele vai melhorar com a sequencia de
jogo. Até porque o time vai melhorar, especialmente na chegada à frente. Contra
o Flamengo, surpreendemos. Hoje, tivemos dificuldade. O Avaí atuou no 4-4-2.
Sabemos que temos de melhorar a mecânica do time para ajudá-lo. Quando o time
melhorar, o centroavante tem de vir junto. Ele não pode ficar neste marasmo.
Jogos fora
Chapecoense, depois o São Paulo e ainda o Grêmio, que vem
embalado. Nós não podemos escolher. Quando vim, fiz a estreia com o Flamengo.
Campeonato Brasileiro é assim. Temos de manter, melhorar e superar todas as
nossas dificuldades.
Bernardo
Parece que acaba amanhã a suspensão dele. É a direção que
tomará a decisão. Tenho de me preocupar com o que estamos fazendo. A decisão
que a direção tomar, está tomada.
Finalização
Não é só o chute de fora da área. Falta aproximação,
mecânica de jogo, movimentação. Saber o que tem de fazer. Mas ainda é cedo.
Quando se chega a um clube com pontuação baixa e sem ganhar e se tem duas
vitórias assim, se começa a exigir mais. É por etapas. Vamos melhorar coletiva
e individualmente. As coisas são assim. Não temos uma varinha mágica.
Diguinho
Ele está fora. Infelizmente. Talvez na semana que vem.
Julio Cesar
É um jogador que surgiu, vocês vão me ajudar, sendo ala no
Goiás. Levei ele ao Grêmio, atuou muito comigo como lateral. Ele tem essa
versatilidade. Quando se chega a um clube, tem de procurar caminhos. É esse o
plantel, ainda mais chegando no meio do campeonato. Como conheço o grupo e ele
foi bem nos treinos, jogou. Ele só saiu hoje pois não tem sequência de jogos.
Ele sentiu. E ainda teve dor no joelho.
Rodrigo
Está fora. Levou terceiro cartão. Vamos aí a melhor
situação. Temos o Aislan e o Jomar. Já que o Luan está na seleção. Felizmente a
ele, mas infelizmente a gente. Salles entrou muito bem. Dois jogos de alto
nível. Vamos fazer a escolha entre Aislan e Jomar.
Herrera e Andrezinho
Está com condição legal. Mas a condição física dele ainda
vai exigir. O André, hoje, é que acabou o contrato. Isso demanda tempo. Teremos
de aguardar. Final da semana que vem. Talvez quando a gente voltar, ele tenha
condição.
Martín Silva e Dagoberto
Não no próximo, mas na outra semana. Ele ainda sente dores.
Acho que semana que vem. Dagoberto está em outra situação. Também espero na
outra semana. Temos jogadores, de boa qualidade, com nível alto, e não estamos
contanto. Com a presença desses jogadores, a gente possa montar o Vasco com
outras alternativas.
Jogo com a Chapecoense
Não é campo pequeno. Tem as medidas normais. É um jogo de
primeira e segunda bola, de muita disputa. Essencialmente físico, de muita
marcação. Temos de nos adaptar. Isso não é demérito. Eles têm qualidade tanto
que foram ao Mineirão e ganharam do Cruzeiro. Tem de competir. Jogar quando
der.
Eder Luis
A gente conta com ele. Já está treinando. Se tivesse a
condição legal, estaria relacionado. De novo, para a próxima semana. Assim eu
estou.
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