quinta-feira, 2 de julho de 2015

Adilson Batista fala em paciência e preocupação após 8ª derrota do JEC

Treinador considera que JEC esteve “muito mal” no primeiro tempo e que precisava de mais “incisão” na etapa final na derrota para o Flamengo na Arena Joinville



Por
Joinville, SC



Da tensão que era a partida, a corda pendeu para o lado do Joinville. O Flamengo, com uma pressão forte por resultados, conseguiu deixar a Arena Joinville com um triunfo. O JEC penou e sofreu a oitava derrota em 10 jogos no Brasileirão, perdeu de 1 a 0. Um jogo, conforma a análise de Adilson Batista, com uma equipe com atuação contrastante entre um tempo e outro de jogo. A mistura é o sentimento que tem. (Confira os melhores momentos no vídeo acima)

Para ele, o Joinville carece de paciência. No entanto, o momento também é de preocupação.

- Fizemos um bom jogo contra o líder (Sport), fomos bem contra o vice (Atlético-MG), jogamos bem contra o Goiás também (a única vitória). No segundo tempo, não fomos incisivos. Pensei em utilizar o Marion, que entrou e depois saiu no BID na terça. Temos o (volante) Fabrício que está em condicionamento (estreou nesta quarta). Temos que ter paciência, embora o momento seja de preocupação, porque temos que reagir o mais rápido o possível para não ficar para trás. 

Estamos pagando pelos nossos erros, foi assim contra o Atlético-MG (rodada anterior) e hoje de novo. Mesmo abaixo, tivemos chances, e depois do gol o adversário se fechou, nos obrigou ao chutão, fizemos ligação direta. Não é só dos zagueiros, tem que ler o jogo. Os meias têm que dar mais opção. Foi muito mal no primeiro tempo e faltou o algo mais no segundo – disse o treinador, na entrevista coletiva após a partida.

O Joinville se reapresenta na tarde desta quinta-feira, no CT Morro do Meio. A equipe começa a preparação ao confronto seguinte, quando encara o Coritiba, fora de casa, no sábado, às 15h.

Adilson Batista Joinville (Foto: João Lucas Cardoso)
Adilson Batista fala em paciência e preocupação 
no Joinville (Foto: João Lucas Cardoso)


A seguir os principais pontos da entrevista do treinador:

Avaliação
- Acho que atuação foi muito ruim, mas tem que analisar o contexto da atuação. Jogamos com a linha de quatro do jogo contra o Atlético-MG, só com a bola do Diego (lateral-esquerdo), normal, ficou o Dankler porque tinha quatro jogadores de frente. Não foi esse nosso problema. No meio tivemos o Danrlei e o Naldo, aí neste jogo voltou o Anselmo, nada estranho. Adiantei o Mario Sérgio (lateral de origem, jogando no meio) para jogar em cima do menino deles (Jorge), porque tem bom enfrentamento, chega de surpresa, podia marcar pressão no menino. Mas a bola não chegou, tivemos dificuldades, não teve um contra um, erramos muitos passes, o meio não construiu. Depois do segundo tempo, com as trocas, não foi para corrigir, mas para trazer o Popp para o meio para ter mais qualidade no meio de campo. A gente teve 60% de bola e não adianta se a gente não for incisivo. Tem que analisar as coisas direito. Tivemos a bola do jogo no começo do primeiro tempo. O Agenor foi tranquilo e em uma falha nossa eles fizeram e se fecharam. No segundo tempo não fomos incisivos, não fizemos jogadas individuais. Aí teve cansaço, a preocupação de jogadores. O primeiro tempo foi horroroso, tenho minha parcela. Os volantes têm que distribuir, erramos no setor. Lamento pela situação, pelo adversário em que a gente poderia encostar. Depois do primeiro tempo, a gente poderia ter sorte melhor, mas fomos bem abaixo. No segundo tempo foi melhor, mas não foi incisivo.
 
Ataque não funciona
- O Kempes não estava isolado, botei o Popp para ajudar a dar pressão na frente. Quantas rebatidas os zagueiros do Flamengo fizeram? Eles também fizeram isso. Foi pedido para apertar, por isso o Mario jogou mais na frente. Faltou duelos individuais, isso precisa no futebol. Nosso primeiro tempo é pra não se fazer mais. O Lucas (Crispim) criou. O Marion (ausente) tem jogadas de enfrentamento, tem o Trípodi para entrar. O jogadores que vão entrar têm essas jogadas. Sei o setor que jogou mal, não foi o Mario (Sérgio). Tentei corrigir e acho que melhorou.

Estreia do volante Fabrício
- Com a proposta deles de contra-ataque, o Anselmo ficou sobrecarregado, e o Popp estava correndo com a bola. O Fabrício entrou no meio dois para controlar o jogo, para o Crispim jogar de um lado e o Popp do lado direito. Mas erramos passes, cruzamentos, não arriscamos, falou chute de fora. 

Goleiro Agenor bem
- Não tem dificuldade, eu avalio, conheço. Sei porque substituí o Oliveira depois do primeiro jogo. Contra o Corinthians (estreia dele no comando) fizemos ligações diretas, chamei a atenção e por isso mudei. Não tinha necessidade de repor a bola alta. O Agenor repôs ela baixa, quebrou no lugar certo. Não tenho dificuldade, a opção é pelo que é melhor no momento. A sequência dá tranquilidade, mas se rebate e ocorre o gol, que não ocorreu, a bola entra, seria outra análise sobre ele.

Time ideal como o que terminou o jogo
- Problema do primeiro tempo não foi a troca e a mudança. Se prestar atenção desde que cheguei, ver os jogos, se tem uma ideia do que a gente quer. Não tinha como entrar com o Fabricio. Entre Naldo e Danrlei, a característica é a mesma, de mais marcação, mas isso sobrecarrega determinados setores. Três semanas para conhecer todo mundo é pouco. E tem sequência de jogos, a pressão, a dificuldades, alguns sentem mais, é normal, não foge do que estamos acompanhando. É o atleta que tem que dar resposta dentro de campo, e não é porque é mais jovem, mais experiente, se é mais técnica, se não é. Se não anda aqui, prejudica ali.


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FONTE:
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