Técnico destaca calma e maturidade do Verdão do Oestes por não mostrar ansiedade com superioridade numérica em campo e vencer um adversário centenário em casa
Na vitória diante do Vasco, por 1 a 0, na noite deste sábado, a Chapecoense teve 64% da posse de bola. No segundo tempo, após a expulsão do lateral Christiano, o Verdão do Oeste mostrou superioridade e dominou a partida. Criou diversas chances de gol, até o zagueiro Neto marcar de bicicleta. Para o técnico Vinícius Eutrópio, o time alviverde mostrou maturidade e paciência no confronto, ainda mais contra um time centenário.
- Nosso time luta sempre para se manter
na primeira divisão. Fico muito feliz pela vitória contra um time
centenário. Nossa equipe teve muita consciência. No 11 contra 11, nosso
time foi para cima, contra um adversário que sabe se defender. Vai
passando o tempo, não fazia o gol, daí teve um jogador expulso. Isso
facilita não tomar gol, mas dificulta fazer, por causa da ansiedade, que
vai aumentando. Eles se fecharam, mas tivemos calma para fazer -
comentou o treinador, em entrevista coletiva, depois do duelo.
O
comandante do Verdão do Oeste destacou a posse de bola e o controle
pelo meio. No final da partida, o Vasco, com dois jogadores a menos,
assustou, mas não conseguiu o empate. O fato de o Cruzmaltino arriscar
no fim não chega a preocupar Eutrópio.
- É a primeira
vez que tenho superioridade tão grande de posse de bola. A gente deu
muitos toques. É muito satisfatório para a gente. Esses jogadores
mostram que tem condições de fazer um bom campeonato. Depois, eles não
tinham mais nada para perder. Então qualquer bola na frente, eles iam
tentar. Por isso esse susto - completou o treinador.
Confira os principais trechos da coletiva do treinador
Vinícius Eutrópio, após a vitória, na sala de
imprensa (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)
O que pediu no intervalo?
- Pedi para eles manterem essa postura de organização nossa. Naturalmente a gente cria as chances em casa. As substituições a gente faz de forma gradativa. Deu cinco, dez minutos, as bolas começaram a passar ao ataque. Daí fomos para o segundo passo, coloquei o Roger para pegar a bola alta. E no lance que deu errado, a gente marcou. Camilo cobrou a falta no primeiro pau.
Precisa finalizar melhor?
- O mais difícil a gente consegue. Passa a primeira forma, que é de construção da jogada vem o cruzamento e lance no ataque. Mas na última a gente não tem ido tão bem. Na finalização. Os jogadores de frente vivem de confiança. Isso vem com o gol.
Sistema 4-1-4-1
- Na verdade, a gente mantém o mesmo sistema. Estou jogando no 4-1-4-1. Estou com esses dois volantes adiantados lá na frente. E os jogadores de beirada. A gente é ofensivo. Mas quando defende, faz uma linha de cinco. Isso nos deu segurança pelas características dos jogadores. Quando muda as peças, implica algumas variações. Os times estão com dificuldade para marcar nossa saída de bola. O sistema está totalmente me satisfazendo. Estamos buscando a marcação fora.
Bruno Rangel e Hyoran
- Os dois foram bem. Eu procurei de uma certa forma surpreender o Vasco, com o Camilo no lado direito. Coloquei o Hyoran e o puxei para a esquerdo para acompanhar o Madson, que sobe muito. Gostei dos dois, como de toda a equipe.
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