BRASILEIRÃO SÉRIE A - 8ª RODADA
Time catarinense surpreende e consegue primeiro triunfo fora de casa no Brasileiro; Raposa, que vinha de três vitórias seguidas e invicta com Luxemburgo, breca reação
A sessão matinal de domingo, entre Cruzeiro e Chapecoense,
foi pintada com o verde da surpresa. Em pleno Mineirão, os catarinenses
bateram
os mineiros, por 1 a 0, gol de falta de Camilo, e impuseram a primeira
derrota
de Vanderlei Luxemburgo à frente do time azul, nesta segunda passagem
pelo
clube. A Chape foi mais inteligente durante todo o jogo. Segurou o
ímpeto
inicial do Cruzeiro, abriu o placar e teve capacidade para suportar a
pressão
por mais de uma hora de bola rolando. A torcida azul, que compareceu em
bom
número, num total de 35.473 pessoas (33.643 pagantes, para uma renda de
R$ 1.743.925,99), não perdoou e vaiou alguns jogadores e o
presidente Gilvan de Pinho Tavares.
Camilo, cobrando falta, fez o gol da vitória da
Chapecoense sobre o Cruzeiro no Mineirão
(Foto: Thomas Santos/Estadao)
O resultado levou a Chapecoense para a oitava colocação na
tabela do Campeonato Brasileiro, com 12 pontos. O Cruzeiro é o 11º, com 10
pontos. Na próxima rodada, o Cruzeiro vai a Curitiba, onde enfrenta o Coritiba,
no Couto Pereira. A partida será às 16h de domingo. A Chapecoense joga um dia
antes, às 18h30. O adversário é o Sport e o duelo está marcado para a Arena
Condá, em Chapecó.
Camilo decisivo
O jogo foi bom, nem tanto pela técnica dos
dois times, mas pela vibração e pelo envolvimento na partida. Quem pensava que
a Chapecoense viria retrancada, se enganou. O time catarinense não abriu mão de
atacar e incomodou Fábio em vários momentos. O Cruzeiro começou um pouco
desorganizado, mas, pouco a pouco, acertou o posicionamento em campo e também
se aproximou do gol de Danilo.
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O fato é que a Chape era mais perigosa e mais compacta em
campo, além de dominar o meio. O Cruzeiro dependia das boas jogadas de Allano
para construir os ataques, porque Marquinhos e Willian não estavam bem. Com
isso, o time de Chapecó ficou mais próximo de abrir o placar, o que aconteceu,
aos 35 minutos. Camilo bateu falta e Fábio não conseguiu defender.
Em desvantagem, o Cruzeiro se mandou para o ataque, em
busca do gol de empate, muito mais na base do abafa do que da
inteligência. O resultado foi uma coleção de bolas alçadas na área, sem nenhuma
conclusão certeira.
No segundo tempo, Vanderlei Luxemburgo tirou Mayke,
Henrique e Pará e colocou Fabiano, Bruno Edgar e Joel. O Cruzeiro passou a ter
mais volume de jogo e, ainda que sem demonstrar grande poder de fogo, ficou
mais presente no campo ofensivo.
A Chapecoense teve inteligência para se fechar bem no campo
de defesa, sem correr riscos. O Cruzeiro, por mais que tenha tentado, não
encontrou formas de furar o bloqueio do adversário, muito por méritos da Chape
e muito por incompetência dos próprios cruzeirenses.
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