Ex-presidente do Corinthians diz que clube "nunca ficou sem treinador por causa de eleição", cita renovação com atacante e não poupa nem Paulo André, hoje na China
Andrés faz críticas a Gobbi no fim de mandato (Foto: Silas Pereira/ GloboEsporte.com)
Depois de se afastar do cotidiano do Corinthians para cuidar
da eleição para deputado federal, o ex-presidente Andrés Sanchez mostrou
insatisfação com o modo como o atual mandatário, Mário Gobbi, está conduzindo
algumas situações no fim de seu período à frente do clube. Em entrevista ao
programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, Andrés criticou a indefinição na escolha
do técnico para 2015 e pediu que nenhuma loucura seja feita para a renovação de
contrato de Paolo Guerrero, principal jogador da equipe.
A indefinição para a sucessão de Mano Menezes se dá porque
as eleições são apenas em fevereiro – o contrato do técnico termina em 31 de
dezembro. Andrés não gostou da condução do caso.
– Até fevereiro, ele é o presidente. O Corinthians tem 104
anos e nunca ficou sem treinador por causa de eleição. Ele é o presidente. O
máximo que pode fazer é consultar os candidatos, mas é ele quem decide – disse Andrés.
Gobbi espera a definição dos candidatos para fazer uma
reunião e tentar o consenso em relação ao nome do novo treinador. A tendência é
que tal encontro ocorra em dezembro, após o Campeonato Brasileiro.
Acho que tem de renovar (com Guerrero), mas sem loucura. Sumiu o dinheiro
do futebol neste ano, e o ano que vem vai ser difícil também
Andrés Sanchez
Outra definição que o presidente precisa tomar é sobre a
renovação de Guerrero, que anda emperrada. A diretoria aguarda o retorno do
atacante da seleção peruana para tentar um acordo. Andrés teme que o clube
gaste demais para manter o jogador.
– Acho que tem de renovar, mas sem loucura. Sumiu o dinheiro
do futebol neste ano, e o ano que vem vai ser difícil também. Nos últimos anos,
houve exagero demais. Uma hora tem de brecar. Tem de renovar com ele? Tem, mas
sem fazer loucura – analisou o ex-presidente do Corinthians.
As críticas também respingaram no zagueiro Paulo André, que
deixou o clube no início do ano, mudou-se para a China e move processo trabalhista em que cobra
indenização de R$ 2,5 milhões por horas extras e outros direitos não pagos.
– Rescindimos o contrato dele três vezes. Eu mesmo rescindi
duas porque ele achou que tinha de ter aumento. Para aumentar, você tem de
fazer um novo contrato. Ele está dizendo que foi obrigado a romper, que foi
unilateral. Adoro o Paulo André, mas é brincadeira ele fazer isso – reclamou Andrés
Sanchez.
Atualmente, o ex-presidente é apenas conselheiro do
Corinthians. Ele deixou a administração da Arena do clube para se concentrar na
candidatura a deputado federal.
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