Ainda predominantemente praticado pela elite no Brasil, modalidade pretende ganhar novos adeptos com projetos sociais impulsionados pelas Olimpíadas de 2016
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O retorno do golfe para os Jogos Olímpicos tem data marcada: agosto de 2016, no Rio de Janeiro. A primeira edição disputada na América do Sul marcará também a volta da modalidade depois de 112 anos. A reestreia será em um “terreno” ainda pouco habituado com o esporte. Sem tradição e com poucos representantes atuando como profissionais, o golfe brasileiro espera aproveitar o privilégio de receber o torneio para impulsionar e popularizar a prática do jogo no país.
- A volta do golfe às Olimpíadas trará mais popularidade ao esporte aqui no Brasil. Muitos amigos e conhecidos meus que não fazem parte do mundo do golfe me mandam mensagens e perguntas sobre minha opinião e expectativa para 2016. Como todos sabem, o golfe ainda é um esporte praticado pela elite no Brasil, e o por isso o acesso é bem restrito à população. Precisamos de campos públicos, onde crianças possam começar a aprender o esporte e também os valores e princípios que o golfe ensina - opinou Victoria Lovelady, um dos principais nomes do golfe brasileiro na atualidade.
Primeiro campo de golfe olímpico do
Brasil está sendo construído no Rio
(Foto: Divulgação/Greenleaf)
O histórico
do golfe nos Jogos Olímpicos se resume a duas participações: em 1900 e 1904. De
lá para cá, foi uma sequência de tentativas frustradas de voltar ao disputado
quadro olímpico. Até que uma assembleia do Comitê Olímpico Internacional
realizada em 2009 decidiu pelo retorno da modalidade exatamente nas
Olimpíadas do Rio, em 2016. A permanência na competição, no entanto, é
garantida apenas até 2020. Em 2017, uma nova votação decidirá os esportes das
edições de 2024 em diante.
A
classificação geral dos atletas que vão competir no Rio sairá da lista
dos 60
primeiros colocados do ranking mundial no dia 11 de julho de 2016. Os 15
primeiros são convocados automaticamente respeitando um limite de quatro
atletas por país. A partir da posição 16, o limite será de dois por
país. Como alguns países têm vários representantes entre os primeiros
colocados, principalmente os Estados Unidos, a promessa é de muitos
cortes para a formação da lista olímpica.
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Se o
Brasil estiver dentro dos 60, não tem convidado. Essa garantia é se um homem ou
mulher não tiver entrado na lista dos 60. E, para ser convidado, precisa ter
ponto no ranking mundial – explicou Márcio Galvão, diretor executivo da Confederação Brasileira de Golfe.
Adilson Silva, o principal nome do golfe
brasileiro na atualidade
(Foto: Divulgação)
Atualmente, a maioria dos principais nomes do golfe profissional do Brasil treina no exterior. Adilson Silva mora na África do Sul. Fernando Mechereffe e Angela Park treinam nos Estados Unidos, enquanto Miriam Nagl vive na Alemanha. Victoria Lovelady morou sete anos nos Estados Unidos, três na Colômbia e, no início de 2014, voltou para São Paulo. A evasão dos atletas brasileiros sempre foi um caminho natural para os que pretendiam se profissionalizar na carreira de jogador de golfe. Sem tradição no país, a modalidade nunca foi foco de investimentos. No Rio de Janeiro, a casa dos Jogos de 2016, há um único campo de golfe público, o Japeri Golfe Clube. Ainda assim, tem apenas nove buracos, a metade do estipulado para uma competição olímpica.
A expectativa, no entanto, é que edição brasileira dos Jogos Olímpicos seja um divisor de águas para o esporte no país. Um novo campo está sendo construído na Barra da Tijuca e, segundo os organizadores, depois das Olimpíadas, será público e ficará de legado para o surgimento de novos talentos, competições e treinamentos dos atletas de ponta. O local da construção da instalação, no entanto, tem sido alvo de críticas ambientais e disputas jurídicas.
Campo público de Japeri coloca crianças carentes em contato com o golfe (Foto: Débora Vives)
A volta do golfe ao programa olímpico na edição do Rio é vista com enorme otimismo por atletas e dirigentes da modalidade no Brasil. Segundo Márcio Galvão, já é possível notar a evolução nos últimos dois anos no número de crianças em contato com a modalidade, além do surgimento de novos projetos sociais.
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O
impacto é muito favorável. Com várias ações junto às escolas e programas
sociais, 28 mil crianças tiveram contato com o golfe. Pretendemos chegar ao
número de 150 mil. Estamos com um programa, o “Golfe para a vida”, para a
formação de talentos e cidadania. Também treinamos 150 professores de educação
física. O Rio 2016 vai ser um divisor de águas, vai solidificar o golfe no país. Nos
últimos dois anos, já teve uma evolução imensa.
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