A CRÔNICA
por
Lucas Fitipaldi
O México domou a Croácia na Arena Pernambuco e dizimou os discursos
autoconfiantes dos adversários na véspera. A vitória por 3 a 1 foi a
melhor resposta ao técnico Niko Kovac, que afirmou ter a receita de como
ganhar. Sim, o México está nas oitavas de final de uma Copa do Mundo
pela sexta vez consecutiva. Classificou-se em segundo lugar no Grupo A,
com sete pontos, mas saldo de gols inferior ao do Brasil (três contra
cinco) e enfrentará a Holanda nas oitavas de final, no domingo, às 13h,
na Arena Castelão. A Croácia, que se classificaria em caso de vitória,
somou três pontos. Camarões ficou com zero.
O meia do Real Madrid Luka Modric chegou a dizer que a Croácia tinha melhor time, melhores valores individuais e que iria provar isso em campo. Mordeu a língua. Ele e o artilheiro Mandzukic foram meras sombras diante do organizado time mexicano. Rafa Márquez (eleito o craque do jogo), Guardado e Chicharito Hernández marcaram os gols do México, todos no segundo tempo.
Só no fim, já aos 41, Perisic descontou. Já não havia mais tempo para nada. A Arena Pernambuco - que recebeu 41.212 torcedores - estava em festa, ninguém se importou com o fato de o goleiro Ochoa ter sido vazado pela primeira vez. Era tempo de festejar. A bagunça mexicana que invadiu Recife continuará espalhada Brasil afora. Pelo menos até domingo.
Primeiro tempo sem sal
A Croácia teve bola no pé no primeiro tempo, 59% da posse, mas não conseguiu achar os espaços. Pranjic, Rakitic, Modric, Perisic e Srna cansaram de trocar passes. Mais uma vez, o sistema defensivo mexicano esteve seguro à frente de Ochoa. Mandzukic simplesmente não finalizou. Nenhuma vez sequer. Os companheiros arriscaram chutes de fora da área sem sucesso.
Perigoso mesmo foi o México. Herrera acertou o travessão aos 15 minutos - e a Arena Pernambuco quase veio abaixo. Pouco depois, Peralta perdeu um gol cara a cara com Pletikosa. Mais rápido e objetivo, o México, diferentemente da Croácia, achava os espaços.
O resultado a favor e o sistema implatado por Miguel Herrera deixavam a seleção tricolor cada vez mais à vontade, apesar da postura precavida na maior parte do tempo. Não foi um primeiro tempo de encher os olhos, longe disso.
A mexida de Niko Kovac na escalação não deu certo. O meia brasileiro Sammir, titular na goleada sobre Camarões, perdeu a posição para Vrsaljko, escalado na lateral esquerda, enquanto Pranjic foi deslocado para o meio.
Segundo tempo temperado
Logo no início da segunda etapa, o técnico croata trocou Vrsaljko pelo volante Kovavic, do Inter de Milão. Rebic substituiria Olic minutos depois. No México, entraram Chicharito Hernández, Mario Fabiane e Carlos Peña. O atropelo se deu a partir dos 25 minutos. O México precisou de menos da metade de um tempo para construir o resultado. Mas quando Rafa Márquez marcou de cabeça, após cobrança de escanteio, parecia que o árbitro já havia apitado o fim da partida.
A certeza da classificação se espalhou pelo ar, na euforia de cada mexicano presente na Arena Pernambuco. Afinal, um gol tem valido como goleada para quem tem uma defesa tão segura. A expressão dos jogadores croatas refletia isso em campo. A vaga virou certeza absoluta quatro minutos depois. Guardado anotou o segundo gol mexicano após bela troca de passes. No fim, aos 36, Chicarito Hernández, oportunista, ainda aumentou a festa ao escorar um desvio de Rafa Márquez. O gol de Perisic só serviu para constar. Rebic ainda foi expulso por falta dura.
O México, que chegou com expectativa baixa ao Mundial após campanha ruim nas eliminatórias, terá um novo desafio. Nas suas últimas cinco participações, foi eliminado justamente nas oitavas de final.
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O meia do Real Madrid Luka Modric chegou a dizer que a Croácia tinha melhor time, melhores valores individuais e que iria provar isso em campo. Mordeu a língua. Ele e o artilheiro Mandzukic foram meras sombras diante do organizado time mexicano. Rafa Márquez (eleito o craque do jogo), Guardado e Chicharito Hernández marcaram os gols do México, todos no segundo tempo.
Só no fim, já aos 41, Perisic descontou. Já não havia mais tempo para nada. A Arena Pernambuco - que recebeu 41.212 torcedores - estava em festa, ninguém se importou com o fato de o goleiro Ochoa ter sido vazado pela primeira vez. Era tempo de festejar. A bagunça mexicana que invadiu Recife continuará espalhada Brasil afora. Pelo menos até domingo.
Chicharito Hernández comemora o terceiro gol
do México sobre a Croácia (Foto: Getty Images)
A Croácia teve bola no pé no primeiro tempo, 59% da posse, mas não conseguiu achar os espaços. Pranjic, Rakitic, Modric, Perisic e Srna cansaram de trocar passes. Mais uma vez, o sistema defensivo mexicano esteve seguro à frente de Ochoa. Mandzukic simplesmente não finalizou. Nenhuma vez sequer. Os companheiros arriscaram chutes de fora da área sem sucesso.
Perigoso mesmo foi o México. Herrera acertou o travessão aos 15 minutos - e a Arena Pernambuco quase veio abaixo. Pouco depois, Peralta perdeu um gol cara a cara com Pletikosa. Mais rápido e objetivo, o México, diferentemente da Croácia, achava os espaços.
O resultado a favor e o sistema implatado por Miguel Herrera deixavam a seleção tricolor cada vez mais à vontade, apesar da postura precavida na maior parte do tempo. Não foi um primeiro tempo de encher os olhos, longe disso.
A mexida de Niko Kovac na escalação não deu certo. O meia brasileiro Sammir, titular na goleada sobre Camarões, perdeu a posição para Vrsaljko, escalado na lateral esquerda, enquanto Pranjic foi deslocado para o meio.
O Miguel Herrera vibra muito com seu time,
que perdeu a liderança apenas no saldo de
gols (Foto: Reuters)
Logo no início da segunda etapa, o técnico croata trocou Vrsaljko pelo volante Kovavic, do Inter de Milão. Rebic substituiria Olic minutos depois. No México, entraram Chicharito Hernández, Mario Fabiane e Carlos Peña. O atropelo se deu a partir dos 25 minutos. O México precisou de menos da metade de um tempo para construir o resultado. Mas quando Rafa Márquez marcou de cabeça, após cobrança de escanteio, parecia que o árbitro já havia apitado o fim da partida.
A certeza da classificação se espalhou pelo ar, na euforia de cada mexicano presente na Arena Pernambuco. Afinal, um gol tem valido como goleada para quem tem uma defesa tão segura. A expressão dos jogadores croatas refletia isso em campo. A vaga virou certeza absoluta quatro minutos depois. Guardado anotou o segundo gol mexicano após bela troca de passes. No fim, aos 36, Chicarito Hernández, oportunista, ainda aumentou a festa ao escorar um desvio de Rafa Márquez. O gol de Perisic só serviu para constar. Rebic ainda foi expulso por falta dura.
O México, que chegou com expectativa baixa ao Mundial após campanha ruim nas eliminatórias, terá um novo desafio. Nas suas últimas cinco participações, foi eliminado justamente nas oitavas de final.
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