Secretário estadual do Meio Ambiente envia ofício ao Ministério do Esporte pedindo a liberação de verba para a construção de duas novas Unidades de Tratamento de Rio
Uma matéria
publicada no GloboEsporte.com nesta segunda-feira, com base em
informações
divulgadas pela agência internacional Associated
Press, informou que o Rio não atingiria os 80% de despoluição da Baía de
Guanabara prometidos para a realização dos Jogos de 2016. A assessoria
de
imprensa do órgão estadual, no entanto, negou as informações da agência e
encaminhou ao GloboEsporte.com uma cópia do ofício enviado ao Ministério
do
Esporte. Ao contrário do que a AP publicou depois de ter acesso ao
documento, o secretário Carlos Portinho em nenhum momento afirmou que
não seria
possível alcançar o nível de despoluição prometido ao Comitê Olímpico
Internacional no dossiê de candidatura.
Despoluição da Baía de Guanabara é
uma das preocupações do Comitê
Olímpico Internacional (Foto: Ascom )
O secretário reconheceu ainda no ofício que o ideal seria que “todos os cursos d’água estivessem com seus sistemas de saneamento de forma adequada sem a necessidade de implantação de UTR”. Ele admitiu, no entanto, que isso não seria uma solução viável até 2016.
- Mesmo que fossem disponibilizados os recursos
necessários para implantação dos sistemas de saneamento referentes às bacias mencionadas,
atendendo a Lei 11445/2007, não seria possível conceber e implantar todos os
projetos previstos dentro de prazos de execução de obras que ocasionassem
diferenças significativas na qualidade das águas da Baía de Guanabara até a
ocasião dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 – explicou o secretário, no
documento enviado ao Ministério do Esporte.
Ecobarreiras também serão utilizadas para limpar as águas da baía (Foto: AP)
-
Tendo em vista
que este projeto já foi encaminhado e apreciado pelo Ministério das Cidades, bem
como a urgência do assunto e seu papel fundamental para o evento, é de suma
importância que sejam disponibilizados os recursos que permitam o início das
obras já no começo do segundo semestre de 2014 das UTRs Canal do Cunha e Sarapuí - reforçou Portinho.
Ainda assim, a
secretaria alertou ao ministro que os efeitos benéficos da despoluição da água
da Baía de Guanabara só devem aparecer em mais de dez anos.
-
O Estado do Rio
de Janeiro, através da Secretaria de Estado do Ambiente e do Instituto Estadual
do Ambiente, vem estudando esta questão e concluiu que os efeitos benéficos nas
águas da Baía de Guanabara só ocorrerão em, pelo menos, uma década, mantidos os
níveis atuais de investimentos em sistemas de esgotamento sanitário, tanto em
coleta como em tratamento.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2014/05/governo-do-rio-pede-r-155-mi-para-agilizar-limpeza-da-baia-de-guanabara.html
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