Argentinos lideram meio-campo de Fla e Flu neste domingo, e técnico lembra busca por jogadores no mercado sul-americano para exercer a função no Brasil
Lucio marca o argentino Mugni de perto (Foto: Alexandre Loureiro / Ag. Estado)
Atualmente, há uma série de jogadores exercendo essa função. No Palmeiras, o chileno Valdivia é o dono da posição há algum tempo. Os argentinos Alan Ruiz, do Grêmio, e D'Alessandro, do Internacional, entram na lista.
Recentemente, o argentino Montillo usou a 10 defendendo Cruzeiro e Santos antes de ir para a China.
Nem sempre essa medida tem sucesso. Outros nomes são cotados diariamente nos clubes. No Flamengo, especificamente, passaram mais recentemente Bottinelli e Sambueza, que não deixaram saudades. Mugni é mais uma aposta, vindo do Colón, de Santa Fé.
- Há uma escassez de jogadores dessa posição. Na minha época, cada time tinha um 10 que jogava muito. Isso obriga ir para outros campos e o mercado sul-americano é o mais acessível. Na Argentina, eles conseguem fazer jogadores com essas características - disse o técnico do Flamengo, Jayme de Almeida.
Mugni fez sua grande partida pelo Flamengo no segundo tempo do jogo com o Palmeiras. Ele participou das jogadas de dois dos três gols marcados pelo time nos 45 minutos finais, em um deles com um grande lançamento em profundidade para Alecsandro por cima da defesa - o jogo terminou 4 a 2. No entanto, Jayme evita fazer comparações com Conca, que no Fluminense joga com a camisa 11, mas como um típico 10.
- Um já é consagrado, e o outro está começando a sua trajetória no Brasil, com chances de fazer um caminho bonito - comentou Jayme, alertando para a necessidade de o Flamengo exercer uma boa marcação sobre Conca, mas sem apelar para uma marcação individual.
Com experiência de trabalho nas categorias de base, Jayme acredita que exista um problema na formação de jogadores. Até mesmo a seleção brasileira tem encontrado dificuldade em se firmar com um típico camisa 10 como armador de jogadas.
- Só pode ser algo na formação. Tinha aos montes e agora não se encontra mais. O garotinho que chegava em um clube queria sempre ser o camisa 10, aquele que encosta no ataque, tabela e faz gol, como era o Zico, sendo um pouco saudosista. Não tenho a resposta para isso. Seria leviano, pois não trabalho na base há algum tempo, mas a gente sente falta - explicou Jayme.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2014/05/com-gringos-no-fla-flu-jayme-ve-escassez-de-armadores-brasileiros.html
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