Em manhã de jogos do Timão contra o Timão, torcida sofre com alguns problemas, mas se anima com gol de pênalti de Rivellino, de falta de Marcelinho Carioca e mais
Sem estacionamento liberado para a Fiel, o primeiro
obstáculo encontrado foi em relação ao acesso ao estádio. Quem chegou de
carro teve problemas para parar o veículo. Um reflexo disso foi a
reação dos próprios torcedores nas redes sociais, aconselhando os amigos
que ainda chegariam a usar o transporte público.
Os ingressos, esgotados com antecedência pelos membros do Fiel Torcedor, vinham acompanhados de um voucher de identificação de assento, que teria de ser mostrado na entrada do setor. Desacostumados com jogos com lugar marcado, muitos não portavam o comprovante. Prevendo esse problema, o clube instalou postos de impressão logo ao lado das catracas, mas uma falha no sistema - ocasionado pelo sinal irregular de internet -, fez os organizadores desistirem da obrigação. Assim, os torcedores tiveram livre acesso, podendo escolher onde sentariam - dentro de seus respectivos setores.
Instalada no Prédio Oeste, a imprensa teve dificuldades para trabalhar. Sem cabines, pontos de acesso de internet e mesmo tomadas, o jeito foi improvisar. A reportagem do GloboEsporte.com, por exemplo, se instalou dentro do camarote do ex-presidente Andrés Sanchez, principal responsável pela obra. Neste sábado, este foi o único camarote que teve funcionamento no estádio, contando com shows musicais e alimentação.
Com livre circulação dentro dos prédios - tanto o Oeste como o Leste -, os torcedores puderam se alimentar em lojas de conveniência, que vendiam água (300 ml) a R$ 4, lata de refrigerante a R$ 5, cerveja sem álcool a R$ 6, suco a R$ 5, salgadinhos a R$ 5, e combos de lanche e bebida a R$ 18. Vendedores ambulantes vendiam também pipoca, sorvete e cachorro-quente. Os banheiros, impecáveis em comparação ao Pacaembu, falhavam na falta de toalhas de papel. Funcionários, porém, fizeram a limpeza durante todo o evento, o que foi visto de forma positiva.
Após cerca de 2h de festa, o torcedor do Corinthians certamente saiu satisfeito com o que viu. Mas também preocupado. Internamente, nos prédios com livre acesso, foram vistos fios atravessados, solo desnivelado (o que causou alguns tropeços) e um claro cenário de obra ainda inacabada - no cimento. A sensação é de que ainda há muito tempo para a Copa do Mundo. Mas não há. No dia 12 de junho, o Brasil estreia diante da Croácia em jogo válido pela abertura do Mundial.
A
diretoria alvinegra gostou do teste. De acordo com Lúcio Blanco,
gerente de arrecadação do clube, nem mesmo os erros operacionais
detectados pelo departamento tiraram o brilho da grande festa
corintiana.
-
O teste foi positivo, mas muita coisa não funcionou. Nós erramos em
algumas coisas, como na parte de orientação. Por ser um estádio grande,
gerou certa insegurança nos nossos profissionais. Na parte de
alimentação também tivemos de trocar o pneu com o carro andando, mas
internamente avaliamos o evento como positivo - destacou.
Uma das principais dificuldades foi fazer o torcedor corintiano sentar no lugar marcado no voucher do ingresso. Inicialmente, os orientadores exigiam que isso fosse cumprido. Após um pequeno tumulto, porém, o clube abriu mão dessa obrigação e deixou que cada um se dirigisse para o assento que preferisse.
-
Nos jogos do Pacaembu, na Área VIP e na Numerada, estamos tentando
criar a cultura do lugar marcado. O problema é que temos famílias em que
o titular e os dependentes não têm a mesma frequência de jogos. Então o
titular compra no primeiro lote e quando o pai, o filho ou o irmão
compra no segundo. E ele não consegue se acomodar no mesmo local. Isso
cria um constrangimento. Pedimos que emitissem o voucher para que
ficassem no local marcado, mas diante do descontentamento achamos por
bem não estabelecer essa rotina neste evento. Trabalhamos com a
capacidade menor do que o setor comporta para administrar esse tipo de
problema. Ainda não é a nossa cultura, teremos de educar o torcedor e
isso vai levar tempo - admitiu.
Apesar
das 20 mil entradas disponíveis terem sido esgotadas rapidamente pelos
sócios do programa Fiel Torcedor, apenas cerca de 17 mil pessoas
compareceram ao jogo. Por conta do curto prazo de venda, cerca de 3 mil
pessoas não confirmaram o pagamento após o ato da reserva, e não houve
tempo hábil para uma nova venda.
De acordo com relatos, alguns torcedores não conseguiram entrar no estádio com a bola rolando, mesmo portanto os cartões de sócio-torcedor. Informado pela imprensa, o gerente disse que o clube irá estudar o caso.
- Vamos analisar o que aconteceu. Foi erro de leitura? Será que os ingressos em questão não foram utilizados antes? Houve problema na catraca? Isso sem falar que existe o fechamento da operação de catracas depois de um certo horário do início da partida. Enfim, vamos analisar todas as possibilidades, ver o número de torcedores que tiveram esse problema e convocá-los para conversar. Se houve erro operacional, vamos repará-los - garantiu.
Foi
como pegar a chave do novo apartamento. Aos poucos, a partir das 9h, os
torcedores foram entrando na Arena Corinthians. Empolgados e com olhar
atento, reparavam em cada detalhe do estádio, em cada placa de
instrução, em cada tufo de grama do campo, e em cada estrutura ainda
inacabada. O primeiro contato da Fiel com a nova casa foi mágico,
inesquecível. O primeiro grito de gol, pelo tento marcado por Roberto
Rivellino, histórico.
Especial para os torcedores, mas também para os ex-jogadores. E os responsáveis pela festa, alguns ídolos históricos e outros nem tanto, jogaram mais que uma brincadeira de futebol. Disputaram um privilégio. Tão seriamente que teve até ex-jogador saindo de maca para o hospital. Palhinha, que sofreu pênalti duvidoso convertido por Rivellino, teve suspeita de fratura no ombro esquerdo.
Foram muitos os que desfilaram em campo. Biro-Biro,
Emerson Leão, Vampeta, Luizão, Edilson, Marcelinho Carioca, Ronaldo
(goleiro), Rincón, Edu Gaspar, Zé Elias, Zenon, Zé Maria, Dinei...a
lista contou com mais de 100 nomes. Incluindo Elias e Jadson, fora do
clássico contra o São Paulo, domingo, em Barueri.
Nos
vários jogos de 15 minutos (medida adotada para que todos pudessem
entrar em campo), não só Rivellino comemorou gol. Teve também
comemoração de Elias, de Marcelinho Carioca (em falta, sua
especialidade), Rincón, Leto, Alcindo, Liedson, Pingo...
No telão, o clube homenageou outros tantos, como Ayrton Senna, piloto de Fórmula 1, morto há 20 anos. Andrés Sanchez, emocionado, discursou e chorou no abraço de sua filha. Mário Gobbi, vaiado por organizadas, também falou ao ao público.
Um dia que entrou para a história mais que centenária do considerado "time do povo". Fique à vontade, corintiano! A casa já está aberta!
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Os ingressos, esgotados com antecedência pelos membros do Fiel Torcedor, vinham acompanhados de um voucher de identificação de assento, que teria de ser mostrado na entrada do setor. Desacostumados com jogos com lugar marcado, muitos não portavam o comprovante. Prevendo esse problema, o clube instalou postos de impressão logo ao lado das catracas, mas uma falha no sistema - ocasionado pelo sinal irregular de internet -, fez os organizadores desistirem da obrigação. Assim, os torcedores tiveram livre acesso, podendo escolher onde sentariam - dentro de seus respectivos setores.
Rivellino comemora o primeiro gol da
Arena Corinthians, de pênalti
(Foto: Marcos Ribolli)
Instalada no Prédio Oeste, a imprensa teve dificuldades para trabalhar. Sem cabines, pontos de acesso de internet e mesmo tomadas, o jeito foi improvisar. A reportagem do GloboEsporte.com, por exemplo, se instalou dentro do camarote do ex-presidente Andrés Sanchez, principal responsável pela obra. Neste sábado, este foi o único camarote que teve funcionamento no estádio, contando com shows musicais e alimentação.
Gilmar Fubá abraça Marcelinho Carioca
após gol de falta do Pé de Anjo (
Foto: Marcos Ribolli)
Com livre circulação dentro dos prédios - tanto o Oeste como o Leste -, os torcedores puderam se alimentar em lojas de conveniência, que vendiam água (300 ml) a R$ 4, lata de refrigerante a R$ 5, cerveja sem álcool a R$ 6, suco a R$ 5, salgadinhos a R$ 5, e combos de lanche e bebida a R$ 18. Vendedores ambulantes vendiam também pipoca, sorvete e cachorro-quente. Os banheiros, impecáveis em comparação ao Pacaembu, falhavam na falta de toalhas de papel. Funcionários, porém, fizeram a limpeza durante todo o evento, o que foi visto de forma positiva.
Após cerca de 2h de festa, o torcedor do Corinthians certamente saiu satisfeito com o que viu. Mas também preocupado. Internamente, nos prédios com livre acesso, foram vistos fios atravessados, solo desnivelado (o que causou alguns tropeços) e um claro cenário de obra ainda inacabada - no cimento. A sensação é de que ainda há muito tempo para a Copa do Mundo. Mas não há. No dia 12 de junho, o Brasil estreia diante da Croácia em jogo válido pela abertura do Mundial.
teste aprovado, com ressalvas
Uma das principais dificuldades foi fazer o torcedor corintiano sentar no lugar marcado no voucher do ingresso. Inicialmente, os orientadores exigiam que isso fosse cumprido. Após um pequeno tumulto, porém, o clube abriu mão dessa obrigação e deixou que cada um se dirigisse para o assento que preferisse.
De acordo com relatos, alguns torcedores não conseguiram entrar no estádio com a bola rolando, mesmo portanto os cartões de sócio-torcedor. Informado pela imprensa, o gerente disse que o clube irá estudar o caso.
- Vamos analisar o que aconteceu. Foi erro de leitura? Será que os ingressos em questão não foram utilizados antes? Houve problema na catraca? Isso sem falar que existe o fechamento da operação de catracas depois de um certo horário do início da partida. Enfim, vamos analisar todas as possibilidades, ver o número de torcedores que tiveram esse problema e convocá-los para conversar. Se houve erro operacional, vamos repará-los - garantiu.
Mais de cem jogadores participaram
de jogo festivo na Arena Corinthians
(Foto: Marcos Ribolli/Globo
Esporte.com)
festa dos ídolos
Especial para os torcedores, mas também para os ex-jogadores. E os responsáveis pela festa, alguns ídolos históricos e outros nem tanto, jogaram mais que uma brincadeira de futebol. Disputaram um privilégio. Tão seriamente que teve até ex-jogador saindo de maca para o hospital. Palhinha, que sofreu pênalti duvidoso convertido por Rivellino, teve suspeita de fratura no ombro esquerdo.
Corinthians colocou 20 mil ingressos à
disposição do Fiel Torcedor. Vendeu
tudo (Foto: Marcos Ribolli)
No telão, o clube homenageou outros tantos, como Ayrton Senna, piloto de Fórmula 1, morto há 20 anos. Andrés Sanchez, emocionado, discursou e chorou no abraço de sua filha. Mário Gobbi, vaiado por organizadas, também falou ao ao público.
Um dia que entrou para a história mais que centenária do considerado "time do povo". Fique à vontade, corintiano! A casa já está aberta!
Torcedores tiveram algumas dificuldades
na chegada à Arena Corinthians e
também lá dentro (Foto: Marcos Ribolli)
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