Treinador manda recado para o atacante, extensivo para todo o grupo, e exige melhora de desempenho, sempre batendo na tecla de que jogadores são números
No primeiro contato que teve com os jogadores do
Atlético-MG, ainda no hotel em Porto Alegre, Levir Culpi se apresentou ao grupo
e contou uma rápida história, que segundo ele, jogadores são como números. Segundo o técnico, que costuma fazer o comparativo com os atletas da
NBA, é preciso ter bons números para se manter na equipe. Substituído durante o
empate diante do Nacional-COL, Tardelli fez cara de poucos amigos, e logo após
a partida, afirmou não ter entendido a mexida do comandante.
Diego Tardelli não escondeu a insatisfa-
ção por ter sido substituído de campo
(Foto: Denilton Dias/Agencia Estado)
Como resposta, Levir voltou na questão dos números, mas sem
titubear, cravou que Tardelli não deu um chute a gol desde que chegou ao clube,
e nem assistências. Como o jogador havia falado para os jornalistas que a
resposta estava com o técnico, ele deu seu ponto de vista.
- Ele está certo, quem tem que substituir é o treinador,
ele tem que jogar. Já falei para eles e todos sabem exatamente isso, jogador
para mim é numero e se não tiver ele sai. Nenhum gol, assistência, para
atacante é muito pouco e eles sabem disso. O Tardelli, talvez seja o melhor nas
estatísticas do Atlético, mas não comigo. Comigo não deu nenhum chute a gol.
Em seguida, o técnico aliviou com o atacante, garantiu que
ele precisa voltar a mostrar o futebol de craque que tem, e garantiu que o
recado com relação ao rendimento não é somente para o atacante, mas para todos
no grupo.
- Se chutar e se tiver sequência que tinha antes vai jogar,
porque ele é um jogador que dá para chamar de craque. Ele tem qualidade técnica
e precisa repensar e entender o recado que passei para todos, os zagueiros têm
que interceptar, o goleiro defender e só assim serão os melhores. Se não chuta
em gol e não dá assistência por que ficar no campo? E quanto tempo pode jogar
sem a plenitude e qualidade?
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