Antes anônimo, atualmente esquecido, atacante convocado por Dunga em 2007 tem poucos jogos como profissional no futebol do país e procura time para mostrar serviço
Treinando no Brasil, Afonso espera jogar no futebol local e fazer fama (Foto: Reprodução)
Terminada a competição sul-americana de seleções, vencida pelo Brasil inclusive, Afonso deu mais um passo ao estrelato em outubro daquele mesmo ano. Fez sete gols na goleada por 9 a 0 de seu time sobre o Heracles Almelo, batendo recorde de Van Basten, um dos maiores jogadores holandeses de todos os tempos. A boa fase seria a senha para se firmar na Seleção, mas isso não se concretizou. Hoje, aos 33 anos e sem clube, ele acredita que lesões e a ida para o futebol do Catar, onde ficou por quatro anos, o levaram novamente ao ostracismo.
- Na conquista da Copa América, eu não joguei muito os jogos, mas foi o momento mais legal da minha passagem (pela Seleção) e ficou marcado.
Joguei poucos jogos, e aí quando o Dunga me chamou de novo, machuquei o tendão. O Luis Fabiano entrou bem e conseguiu fazer gols. Meu time não continuou uma sequência boa no Campeonato Holandês e comecei a ficar fora. Depois, fui para a Inglaterra e logo passei rápido para o Catar. Não se olha muito para o futebol do Catar, não é muito divulgado. Acho que foi por causa disso (que nunca mais voltou para a Seleção após 2007) - disse o atacante.
Afonso posa com Alex e Diego Tardelli,
com quem jogou no Al Gharafa, e curte
o Brasil em sua volta (Foto:
Editoria de Arte)
Sincero, Afonso não se faz de coitadinho e não culpa imprensa ou torcida pelo fim de suas oportunidades na Seleção. Para ele, a famosa pergunta "Quem é Afonso?" nunca o atrapalhou.
- Não tem nada a ver, a gente está vendo o Hulk. Muita gente falava dele, e ele teve boa sequência de jogos e se firmou na Seleção... Esse lance da torcida não tem nada a ver, não.
O contrato de Afonso com seu último clube, o Al Gharafa, venceu no fim do ano passado. Desde então, ele se dedicou a cuidar de uma lesão de cartilagem sofrida no joelho esquerdo. A casa escolhida para o tratamento foi o centro de treinamento do Atlético-MG, onde iniciou a carreira. Embora considere a passagem pelo futebol do Catar como fator primordial para afastá-lo da seleção brasileira, não se arrepende. A aventura valeu. E muito.
- Foi bom, sim. Ganhei três títulos, e o lado financeiro também foi bom. No começo, foi muito difícil, a cultura muito estranha e com um jogo só por semana. Mas depois fui me acostumando. Foi beleza. Tinha brasileiros no meu time, como o Rodrigo Tabata. Agora não preciso mais ir para destinos incertos - destaca Afonso, que ficou quatro anos por lá, onde defendeu Al Sadd, Al Rayyan e Al Gharafa, depois de passagem apagada pelo Middlesbrough, da Inglaterra.
Afonso: ainda adolescente no Galo (Foto: Reprodução do blog afonso9.wordpress.com)
- Eu estou treinando num clube que tem aqui perto de casa com jogadores que estão de férias. Meu sonho mesmo é jogar aqui no Brasil, quem sabe por mais uns dois, três anos. Estava querendo voltar para a Europa de novo, mas, se aparecer proposta do Brasil, talvez eu fique por aqui. Já fiquei 14 anos fora do Brasil e acho que está na hora de jogar aqui - afirmou.
A prioridade para um eventual retorno ao Brasil seria o Galo, já que começou lá e é atleticano de coração? Não. Afonso quer mesmo é jogar, independentemente do clube. E olha que ele já deixou frutos na Cidade do Galo: seu filho, Filipe Henrique, de 15 anos, é atacante das divisões de base do Atlético.
- Comecei no Atlético, mas isso não tem nada a ver, não. Qualquer clube no Brasil é válido, vamos esperar para acontecer - afirmou.
Afonso e Tardelli vibram com presentes
dados pelo xeque no Al Gharafa
(Foto: Reprodução)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2014/05/achei-afonso-alves-projeta-fama-no-brasil-meu-sonho-e-jogar-aqui.html
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