Presidente da federação chilena e ídolo Elias Figueroa demonstram otimismo em 'dar o troco' na seleção brasileira, que ficou com o título em território chileno
Apesar de a seleção chilena não figurar entre as mais cotadas para vencer a Copa, o dirigente e o ex-jogador revelaram imensa confiança na equipe atual, que passa por um momento excelente: ficou na terceira colocação nas eliminatórias sul-americanas e conquistou uma destacada vitória por 2 a 0 sobre a Inglaterra recentemente, em Wembley.
Taça da Copa chega ao Chile: ex-jogador
Figueroa (na ponta direita) é uma das
presenças (Foto: Cassius Leitão)
Com tudo isso a favor e uma geração composta por alguns craques de renome mundial, como Sánchez (Barcelona) e Vidal (Juventus), o pensamento dos chilenos é o de triunfar no Brasil, num script exatamente inverso ao que aconteceu em 1962, quando Garrincha e companhia garantiram o bicampeonato para a seleção canarinho no Chile.
- É um prazer receber a Taça da Copa do Mundo em nosso país. E, com a força que temos e a capacidade de nossos atletas, podemos pensar alto para que em julho tenhamos esta taça em nossas mãos. Temos que acreditar que podemos fazer uma história diferente - declarou Sergio Jadue, que atualmente goza de certo prestígio por ter conseguido trazer a Copa América de 2015 para ser disputada no Chile.
Figueroa durante a chegada da Taça da Copa no
Chile (Foto: Cassius Leitão)
Don Elias, como é conhecido Figueroa, tem a mesma linha de pensamento do cartola. O potencial da atual geração da seleção chilena traz uma esperança que não existia desde 1962, quando, como país anfitrião, o Chile terminou na terceira colocação. Nem o fato de estarem no mesmo grupo dos dois últimos finalistas da Copa do Mundo - Espanha e Holanda - parece deixar os chilenos temerosos. Em contrapartida, Figueroa também faz um alerta sobre a estreia contra a pouco badalada Austrália, patinho feio da chave.
- Não existe o impossível. Temos uma geração de jogadores que brilham na Europa e que vão enfrentar companheiros de clube no Mundial. Isso ajuda muito, pois já conhecemos boa parte dos nossos principais adversários. Vi como esta taça é linda e será maravilhoso que o Chile fique com a sua posse durante quatro anos. Apesar do carinho que tenho pelo Brasil, espero que esta geração traga a taça para cá. Temos uma estreia importante diante da Austrália e não podemos achar que vai ser fácil, pois todas as seleções que estão no Mundial têm o seu valor - frisou o antigo zagueiro colorado, que estava na companhia de Lionel Sánchez, artilheiro da seleção chilena na Copa de 1962.
Ricardo Trade, do COL, diz que a passagem da
Taça pelo Chile é especial (Foto: Cassius Leitão)
Diretor-executivo do Comitê Organizador da Copa do Mundo (COL), o brasileiro Ricardo Trade também esteve presente na solenidade em Santiago. O dirigente fez questão de lembrar o título conquistado no Chile em 1962 e fez questão de solicitar a vinda dos chilenos ao maior evento do futebol mundial.
Vale lembrar que na primeira fase o Chile jogará em Cuiabá, Rio de Janeiro e São Paulo. Avançando, poderá encontrar o Brasil já nas oitavas de final, em Belo Horizonte ou Fortaleza.
- É muito importante voltar ao nosso continente, a começar pelo Chile. É especial estar aqui onde o Brasil ganhou o seu segundo Mundial. O Amarildo, que estava naquela linda campanha, é representante do nosso comitê organizador. Vários chilenos moram no Brasil e esperamos que muitos outros vão. Receberemos com enorme carinho. Que aproveitem as atrações das cidades em que estiverem - declarou Ricardo Trade.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/tour-da-taca/noticia/2014/01/de-volta-america-do-sul-taca-faz-chile-sonhar-com-um-1962-avessas.html
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