Treinador do Joinville não se dá por vencido na luta contra o rebaixamento efaz apelo aos jogadores nos três jogos que ainda faltam no Campeonato Brasileiro
- Nem posso falar em planejar 2016 porque meu contrato está terminando.
Mas vou deixar bem claro que quando não houver mais condição de saída, eu
desistiria. Hoje a chance é reduzidíssima em função da derrota. Teríamos de
jogar pelas três vitórias e torcer por muito resultado. Pode acontecer, no futebol
é tudo possível. Eu não vou jogar a toalha, não me entrego nunca. Vamos trabalhar
dentro da realidade, que é dura. Este é um grupo que trabalha com muito empenho,
mas a situação é muito delicada – descreveu.
O discurso de motivação começou ainda antes do retorno a
Joinville. O técnico PC Gusmão pede que diante do Vasco, domingo, em casa, e
nos dois jogos seguintes, ante Cruzeiro e Grêmio, seus comandados joguem ao
menos pela dignidade, independente da situação para a próxima temporada estar
decretada ou não.
- O baque é muito duro em função do que apresentamos. Este jogo
é traumático e machuca quem trabalha e faz. Mas vamos trabalhar da mesma forma,
recuperar os atletas para estarem diante da torcida ao menos de forma digna. Acho
que esta é a palavra certa. A torcida foi e é fiel conosco. Se temos de fazer
algo, é pela torcida. Desde a minha chegada foi assim, a torcida vai apoiar independente
da situação – disse PC.
PC Gusmão reconhece que será difícil o Joinville ficar na Série A (Foto: Jamira Furlani / Avaí FC)
Veja a seguir a íntegra da entrevista coletiva.
ANÁLISE DO JOGO
A eficiência fala mais alto. Não adianta posse e finalização
se não tiver eficiência. No segundo tempo tivemos várias chances e não
conseguimos. A bola pune, todo mundo sabe. Não pode criar e perder as chances
que tivemos. Foi desta forma. Perdemos um jogo em que fomos superiores desde os
30 minutos e foi uma derrota, mais uma fora de casa.
ALGUM ÂNIMO
Os jogadores estão chateados é difícil, muito, mas não
impossível. Já vimos de tudo no futebol, mas a realidade é de ganhar e também
torcer para que muito dê certo. A dor de cabeça é grande, e vamos nos refazer
porque o tempo é curto para o próximo jogo.
MOTIVAÇÃO
Estamos dentro de um grande clube, uma grande camisa, que dá
oportunidade de trabalho para nós. Não tem como desmotivar. Tem grandes
profissionais desempregados. Se você tem emprego dentro de uma grande empresa,
que é séria como o Joinville, tem que trabalhar sem reclamar, apenas exaltar. Quem
está devendo somos nós. Tem de motivar para se apresentar a torcida e a cidade.
SEMPRE NO LIMITE
O campeonato é equilibrado, sabemos, quem está no futebol
analisa. Pelo que produzindo, vê times na frente que estão aquém do que fizemos.
Não vou entrar no mérito de qualidade e da montagem do grupo, porque todos têm sua
parcela de culpa. Peguei na metade e tenho minha culpa, não vou me eximir e nem
transferi-la. No futebol cada um tem sua responsabilidade. Precisamos de eficiência
e tranqüilidade, e a realidade é de que, em função da necessidade, o grupo
entra em todos os jogos com responsabilidade de ser 100% em todas as ações. Somos
seres humanos e vamos errar. No emocional, entram em campo pressionados. Erramos
de novo, o time durante o ano tem dificuldade grande na finalização. Tivemos dificuldade
para treinar, mas trabalhamos muito finalização. Estou chateado, porque às
vezes pode parecer que é castigo. É uma crueldade o Joinville estar nesta
situação, um clube maravilhoso de trabalhar. Por isso eu vou dar meu melhor,
até o final, mas o meu melhor não foi suficiente para sair.
RECUPERAÇÃO EMOCIONAL
Vou me recuperar, meu pós-jogo é ruim após derrota. Se ainda
perdesse jogando nada... Não tiro mérito do Avaí, quem ganha tem mérito. Fomos envolvidos
no começo e tomamos o gol na desatenção, porque torcemos para o Agenor defender
e só, o time ficou inerte após a cobrança de pênalti. Aí começamos a reagir,
chegamos na igualdade. Voltamos do intervalo diferente, com posse de bola, tivemos
chance e, infelizmente, não deu. Dói bastante, ficamos tristes por eles
(jogadores). Eles são jovens com um grande futuro, estão aprendendo na
dificuldade, e pela dor. Quando aprende com dor não quer sofrer ela de novo.
ANSELMO DE FORA
- Sentimos a falta dele, todos nós (teve problemas
intestinais antes da partida). Sabemos o quanto ele representa. Quando ele não
está, o time tem queda, pela personalidade que ele dá. Não à toa chama atenção no campeonato, é referência na nossa
equipe. Mas quem jogou deu máximo e fez o melhor. O time sentiu, eles se gostam
e têm o Anselmo como líder.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/joinville/noticia/2015/11/com-chances-sejam-reduzidissimas-pc-que-jec-jogando-por-dignidade.html
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