segunda-feira, 21 de setembro de 2015

"Primeiro ou último da zona, tanto faz", diz Guto, após revés e queda para Z-4

Técnico cita fator psicológico para mudar situação da Chapecoense após oito jogos sem vitória; Verdão termina rodada entre os quatro piores pela primeira vez em 2015



Por
Chapecó

A Chapecoense terminou o turno com vitória sobre o Atlético-MG (vice-líder), em casa, e na nona colocação, co 28 pontos em 19 partidas. Oito jogos depois, sem mais nenhum triunfo no currículo, o Verdão entra para a zona de rebaixamento pela primeira vez no Brasileirão 2015 e com apenas três pontos conquistados dos 24 disputados no returno. 

Queda brusca de qualidade de jogo e na tabela de classificação. Após novo revés como mandante, agora para o Cruzeiro, por 2 a 0, pela 27ª rodada, o Verdão perdeu quatro posições e agora abre o Z-4. Para Guto Ferreira, à frente da equipe em apenas dois destes últimos resultados negativos, o time precisa parar de olhar para trás e focar no que está por vir. Para tal, o treinador faz uma provocação para mexer com a cabeça de seus atletas.


- É trabalhando e acreditando que podemos e vamos fazer isso. Não podemos ficar olhado para trás, para os resultados, não vai adiantar nada, temos que olhar para frente, porque não vamos conseguir reverter esses resultado que passaram, os que perdemos. Vamos conseguir reverter que virão, e assim vamos trabalhar. Só assim vamos subir. Em termos de tabela, mexendo no psicológico dos jogadores mais ainda, praticamente não há mais nada a perder. Porque ser o primeiro ou último da zona, tanto faz, temos que ganhar e trabalhar para isso - disse o treinador, em coletiva após o revés para a Raposa.

Confira os principais trechos da entrevista 

Guto Ferreira Chapecoense (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)
Guto Ferreira fala após o revés (Foto: 
Cleberson Silva/Chapecoense)

Meio campo sem armação- O Bruno e Gil podem não ter um poder de articulação muito grande, mas têm chegada e tem poder de construção, não têm facilidade de um camisa 10, mas isso, de todos os jogadores do plantel da chapecoense o Camilo está mais próximo, mas ele ainda está na sua total plenitude, não está no estágio de outrora de fazer a diferença, está chegando nesta fase. Então buscamos uma formação com dinamismo e que tenha poder de marcação, que compense situações, mas o grande problema não está nos volantes, acho que estamos errando em outras situações, precisamos de um equilíbrio maior.

Camilo e Wagner, abaixo do esperado? 
- Temos os treinos, estou conhecendo,... o Camilo conheço de ver jogar contra, volto a falar, ainda não está na totalidade, ele retornou há cinco jogos apenas. Tecer criticas duras ao Camilo é uma injustiça, porque temos que apoiar um jogador da qualidade dele, porque assim vamos fazer as pessoas crescerem. Algumas pessoas amadurecem nos momentos mais difíceis, mas muitas delas precisam de apoio essa hora. Tem quem cresce, mas ainda não sei como cada um aqui funciona. Prefiro incentivar, elogiar, deste jeito acho que vamos crescer.

Produção do Bruno Silva e cansaço
- Acho que ele foi um dos destaques. Não gosto de ficar dando desculpas, porque parece que estou buscando muletas. Estou aqui pra buscar soluções, no momento que eu não conseguir, vou falar para direção: “Procura outro porque eu não consigo”. Não estou aqui para isso, mas tem situações que influenciam diretamente no andamento da partida. O Cruzeiro jogou quarta-feira, nós jogamos quinta, tivemos uma partida extremamente cansativa (contra o São Paulo). E corremos, se for ver, até mais que eles. Dentro deste momento, de modelo de jogo, as parcerias do ano passado talvez ajudavam mais o Bruno. Ele não constrói o jogo, ele aparece nos espaços para ser lançado e na hora do desarme, ai ele é um "puro sangue", em termos de participação, de luta, esse é o jogo do Bruno. Como é muito vigoroso, ele utiliza isso para contribuir ofensivamente e defensivamente. Mas em termos de qualidade, para construir, não extremamente habilidoso, senão seria um meia e não volante.

Sul-Americana atrapalha?
- Ajudar não ajuda, e ponto. Vamos buscar uma solução. A equipe que vai entrar jogando em Recife não vai para Assunção. Estamos com uma dificuldade tremenda, não sei como vão resolver, em termos de logística, está bem difícil, mas esperamos que tudo tenha solução. Isso também influencia. Você vai até Assuncion, faz 8, 10 horas, em termos de conexão, se fosse direto seria mais ou menos uma hora, mas não é assim. Vai primeiro para não sei onde e depois... Enfim, isso complica a logística, mas vamos buscar trabalhar para dar atenção aos que vão ficar. A equipe viaja com o Celso e Alexandre, eu fico com o André, dou treinamento até quarta, o André continua com treinamento até sexta e vai para Recife com os jogadores. Eu vou para o Paraguai, de lá vou para Recife com alguns jogadores que também vão para lá, outros voltam direto para Chapecó.

Volta de Vilson e Neto?
- O Neto existe uma chance boa de jogar. Não pretendo colocar ninguém que vem jogando regularmente. Espero que o Neto, que já fez transição, amanhã treine e possa jogar quinta-feira, se acontecer, não vamos ter problemas. Se der, seguro todos que vão jogar em Recife, e o resto que viaja para Assunção com a base de jogadores que não vai iniciar em Recife. 


(OBS. DO BLOG:
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